O Ministério Público Federal em Uberaba (MG) firmou um inédito termo de cooperação com a Polícia Federal, a Central Elétrica de Minas Gerais (Cemig e as Faculdades Associadas de Minas Gerais (Fazu), para a obtenção, plantio e manutenção de 500 mudas de espécies florestais nativas. Serão plantadas espécies como jequitibá, paineira, cedro, sapucaia e farinha seca.
O plantio das mudas, que foram doadas pela Cemig, teve início nesta quinta-feira, 12 de novembro, em área de mata ciliar localizada no campus da faculdade, às margens do Rio Uberaba. A área não foi escolhida ao acaso: o rio Uberaba, afluente do Rio Grande, sofre intenso processo de assoreamento resultante da desocupação desordenada em suas margens.
A coordenação e operação do plantio ficarão sob responsabilidade da Fazu, que deverá fornecer também os meios e insumos necessários até o completo desenvolvimento das mudas.
Para o MPF, a iniciativa, que se insere no Projeto Carbono Neutro da Polícia Federal, deveria servir de exemplo para outras instituições. “A Polícia Federal realizou um balanço da quantidade de gás carbônico que é emitido a cada vez que seu pessoal sai às ruas para cumprir suas funções, bem como os mandados judiciais e requisições do Ministério Público. Ou seja, indiretamente também somos responsáveis pela poluição causada por eles. Por isso, faz-se importante a integração das duas instituições na viabilização da iniciativa que é, sem dúvida, muito bem vinda”.
O projeto Carbono Neutro foi criado para ajudar empresas de diversos setores a neutralizarem suas emissões de Carbono. Ao andar de carro, tomar um avião ou consumir energia com o uso de aparelhos eletro-eletrônicos, por exemplo, empresas e indivíduos produzem o CO², um dos seis gases que provocam o efeito estufa. Ser "neutro em carbono", portanto, significa compensar a participação humana no aquecimento do planeta por meio do plantio de árvores (que absorvem o CO² na fotossíntese). Segundo os ambientalistas, cada tonelada de carbono equivale a cinco árvores.
Várias empresas brasileiras, na maioria privadas, já aderiram ao projeto.
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Fonte: MPF