A Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC) em Minas Gerais, órgão do Ministério Público Federal, irá participar neste sábado, 17 de outubro, do projeto sociocultural "Do Morro ao Asfalto".
Destinado a revitalizar as rodas de samba nas vilas e favelas da capital mineira, o projeto realizará, simultaneamente com as atividades culturais, um mutirão da cidadania: os moradores dos bairros escolhidos terão a oportunidade de receber orientação jurídica e esclarecimentos sobre seus direitos junto a diversas instituições. Participam do projeto, além do MPF, os Ministérios Públicos do Trabalho e Estadual, as Defensorias Públicas da União e do Estado e os voluntários do Programa Pólos de Cidadania, da Universidade Federal de Minas Gerais.
O bairro a ser atendido será o Morro das Pedras, na região oeste de Belo Horizonte. O atendimento jurídico terá início às 13h, terminando às 16h, quando começa a apresentação da roda de samba. Nos sábados seguintes, o projeto será levado aos bairros Alto Vera Cruz (dia 24), Aglomerado da Serra (dia 31) e Aglomerado Santa Lúcia (dia 7 de novembro).
De acordo com o idealizador do projeto, o advogado e coordenador do Fórum Mineiro dos Direitos Humanos, o sambista Dudu Nicácio, “em seus dois anos de existência, o projeto orgulha-se de ter contribuído para a revitalização de algumas rodas nas favelas da cidade, como a da Escola Israel Pinheiro no Alto Vera Cruz, sempre valorizando os personagens musicais de cada região e defendendo o samba como patrimônio da cidade e do estado de Minas Gerais”.
Para a procuradora regional dos Direitos do Cidadão Silmara Cristina Goulart, “essa será uma excelente oportunidade de levar o MPF até o cidadão, saindo da clausura e formalismo dos gabinetes. Na verdade, estamos com um projeto de realizar um mutirão amplo de cidadania com a participação de outros órgãos como INSS, Receita Federal e Juizados Especiais. Por isso, o convite feito pelos organizadores do projeto Do Morro ao Asfalto veio na hora certa. Esperamos que seja uma espécie de embrião do que pretendemos realizar no futuro”.
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Fonte: MPF