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Relatório final será votado dia 23


Integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito do Arroz realizam nesta segunda-feira (7) a última sessão para ouvir e debater os problemas da cadeia produtiva do arroz, objeto da investigação. Ao totalizar 12 reuniões, foram ouvidos representantes da Federação das Cooperativas de Arroz do Rio Grande do Sul; do Sindicato da Indústria de Arroz de Pelotas e do Sindicato da Indústria do Arroz no Estado do Rio Grande do Sul.


Auxílio do governo não basta


O primeiro a depor foi o presidente da Fearroz, André Barbosa Barretto, que discorreu sobre as dificuldades que o produtor vem encontrando, apesar das medidas recentes adotadas pelo governo para auxiliar os arrozeiros e as cooperativas. Segundo Barretto, o principal problema do setor reside na parte fundiária, já que 65% dos produtores gaúchos trabalham em terras de terceiros e mais de 50% desses dispõem de uma área de 50 hectares. O consumo em queda e a produção em alta têm contribuído para agravar a crise no setor, destaca o dirigente, mesmo com as cooperativas vendendo tudo o que recebem, em especial para os supermercados.


ICMS e tarifas portuárias são as vilãs


O segundo depoimento foi do presidente do Sindicato da Industria de Arroz de Pelotas, Jairton Russo, creditando às tarifas portuárias e ao ICMS os problemas da classe orizícola. Como exemplo citou o fato de que cada saca de arroz enviada pelo Uruguai tem um custo de $ 18, para a Argentina de $ 24 e para o Brasil chega ao absurdo de $ 80 a $ 100.


Competitividade


Elton Doeler, presidente do Sindicato da Industria do Arroz do Rio Grande do Sul, foi o último a depor, por volta de 19h. Lembrou Doeler que o estado é responsável por cerca de 65% da produção nacional de arroz com eficiência e muita qualidade industrial. Respondendo a questionamentos do deputado Marlon Santos, relator da CPI, disse que não acredita que exista cartel no setor e defende uma reforma tributária igualitária em relação à alíquota de ICMS para todos os estados. Ressaltou que Bahia, Paraná e Minas Gerais a alíquota é zero. “Precisamos é de competitividade”, concluiu Doeler.


Reta final


Conforme Marlon, o relatório final será entregue no próximo dia 18 e votação marcada para o dia 23, mas antes, dia 16, haverá uma reunião para auxílio ao relatório com a participação dos deputados membros da CPI. Para o relator, deputado Marlon Santos (PDT), que percorreu várias regiões do Estado em busca de informações junto aos produtores rurais e dirigentes do setor, das muitas denúncias recebidas, nenhuma foi oficializada.
 


* Colaboração de Ari Santos Filho

Fonte: AL/RS

Como citar e referenciar este artigo:
NOTÍCIAS,. Relatório final será votado dia 23. Florianópolis: Portal Jurídico Investidura, 2012. Disponível em: https://investidura.com.br/noticias/alrs/relatorio-final-sera-votado-dia-23/ Acesso em: 14 jun. 2025