A deputada Maria Helena Sartori (PMDB) não crê em bruxas, mas acha que tem algo muito estranho e excepcional acontecendo com o comportamento de alguns membros das comissões permanentes da Assembleia Legislativa.
“O projeto de lei nº 150/2011, de minha autoria, que institui as Comissões Internas de Prevenção de Acidentes e Violência Escolar (CIPAVEs) nas escolas da rede de ensino público estadual do Rio Grande do Sul, esta tramitando desde maio de 2011 e já sofreu 13 obstruções nas comissões temáticas da Casa. Coincidentemente, todas por deputados da base aliada do Governo Tarso”, observou a deputada.
Para Maria Helena Sartori só há uma explicação para o projeto estar tramitando a cerca de um ano e ter um número recorde de pedido de vistas: “Não há interesse do governo do Estado em aprovar um projeto que irá ajudar a combater a violência no ambiente escolar. Todos os dias, nas páginas dos jornais, lemos notícias de agressão entre estudantes e com os professores e não há uma ação concreta por parte do Executivo estadual no sentido de solucionar esta triste realidade. Aliás, este projeto já é considerado o Campeão de Pedido de Vistas do Parlamento gaúcho”, lamenta Maria Helena Sartori.
Projeto recebeu Prêmio Gestor Público
A deputada frisou, mais uma vez, que o programa das CIPAVEs tem dado certo em Caxias do Sul e já foi base para programas semelhantes em diversos outros municípios, “inclusive em alguns administrados pelo PT, como é o caso de Canoas”.
Ela lembrou, por fim, que o programa recebeu recentemente, a mais alta distinção às administrações municipais, que é o Prêmio Gestor Público (organizado pelo Sindifisco/RS e pela Afisvec).
“Um programa que está dando certo em uma cidade com quase meio milhão de habitantes, como Caxias, imaginamos que pode contribuir para reduzir a violência também nas escolas da rede estadual”, afirma Maria Helena.
Fonte: AL/RS