A Comissão Especial para tratar da Escola de Tempo Integral, que tem como presidente a deputada Juliana Brizola (PDT), realizou, na manhã desta segunda-feira (2), a primeira audiência pública sobre o tema, na sala Alberto Pasqualini, no Parlamento Gaúcho. Conforme Juliana, o órgão técnico deve realizar ainda outras cinco audiências públicas sobre o assunto.
No encontro, que tratou do PL 302 2013, foram ouvidos relatos de representantes de escolas que adotam o sistema. Atualmente, a educação de tempo integral funciona em 29 escolas do Rio Grande do Sul que exigem a carga horária igual ou superior a sete horas diárias.
A diretora-adjunta do Departamento Pedagógico da Secretaria da Educação do Rio Grande do Sul (Seduc), Rosa Mosna, destacou a importância da discussão: “A escola de tempo integral é o grande debate que irá pautar a educação nos próximos anos. Nossa organização curricular precisa ser discutida para termos resultados na educação. O aluno tem de ter desejo de estar na escola”. Ela lembrou que as escolas que adotam o sistema contam com crianças e adolescentes em situação de maior vulnerabilidade social.
A diretora da Escola Estadual João Goulart , de Palmeira das Missões – que está desde 2004 no projeto de tempo integral -, Patrícia Prado Bonesso, defendeu o projeto que está proporcionando diversas atividades para os alunos daquela escola: “Nosso centro é o único que funciona em tempo integral no município. Lá o aluno é estimulado como um todo, desde a alfabetização até trabalhos manuais, natação e aulas de violão, que valem como atividades complementares”, disse Patrícia.
Dificuldades como falta de apoio da comunidade, burocracias para liberação de verbas e a capacitação do professor para trabalhar em tempo integral foram problemas debatidos pelos participantes.
A deputada Juliana Brizola afirmou que educação é o que a move na política. “Chegou a hora de dar o salto na questão educacional no estado. Ampliar a mobilização para o tempo integral é importante, mas é necessário antes ter os recursos para isto”, afirmou a deputada. “Defendo o modelo de escola integral dos Centros Integrados de Educação Pública (CIEPs)”. Ela garantiu ainda, que a comissão irá visitar as escolas com o projeto, para que respondam um questionário identificando os principais ajustes a serem feitos.
Programa “Mais Educação”
A presidente da Comissão Especial alertou para o projeto Escola de Tempo Integral não ser confundido com o programa federal “Mais Educação”, das quais a maioria das escolas com representantes presentes no debate também participam. O programa da União, criado pela Portaria Interministerial nº 17/2007, aumenta a oferta educativa nas escolas públicas, por meio de atividades optativas que permitem melhorar o ambiente escolar e dispõe do serviço voluntário de estudantes do ensino superior e médio.
A presidente da Comissão Especial alertou para o projeto Escola de Tempo Integral não ser confundido com o programa federal “Mais Educação”, das quais a maioria das escolas com representantes presentes no debate também participam. O programa da União, criado pela Portaria Interministerial nº 17/2007, aumenta a oferta educativa nas escolas públicas, por meio de atividades optativas que permitem melhorar o ambiente escolar e dispõe do serviço voluntário de estudantes do ensino superior e médio.
Presenças
Além dos já citados, estiveram presentes na audiência o deputado Frederico Antunes (PP), o diretor da Escola Estadual São Caetano, Vanderlei Cardoso, o diretor do CIEP de Montenegro, Samuel da Silva Borges, a secretária de Educação de Santa Rosa, Ivete Corrêa, a representante do Conselho Estadual de Educação, Inês Wunch, e Karin Uchoa, do CIEP de Palmeiras das Missões.
* Com informações de Nathalia Kurtz
Fonte: AL/RS