A Comissão de Segurança e Serviços Públicos, presidida pelo deputado Nelsinho Metalúrgico (PT), realizou audiência pública para tratar dos problemas financeiros e estruturais do IPE. O debate, realizado na manhã desta quinta-feira (28), foi solicitado pela Federação Sindical dos Servidores Públicos do Estado do Rio Grande do Sul (Fessergs). O IPE possui 1,1 milhão de segurados e dependentes no Estado e seu orçamento é de R$ 1,5 bilhão ao ano.
O presidente da Fessergs, Sérgio Arnoud, lamentou a ausência da presidência do IPE. Ele cobrou soluções para as carências na estrutura administrativa do instituto. E revelou que, mesmo com um orçamento relevante, não há auditoria nas contas pela falta de servidores.
Os recursos do IPE são complementados pelo governo do Estado que, segundo Arnoud, ainda em 2013 tem pendências que totalizam R$ 181 milhões para fechar as contas. “Não estamos pedindo suplementação”. Ele se disse preocupado com a situação do instituto para 2014, já que será um ano eleitoral. “A proposta orçamentária está corrigida em menos de 10%. A partir de julho ou agosto teremos problemas de pagamento, mesmo sem reajuste. Precisamos sensibilizar os deputados para essa situação.”
IPE beneficia 10% da população gaúcha
O diretor de Saúde do IPE, Antônio de Pádua, afirmou que o IPE tem um dos maiores planos de saúde do Brasil, beneficiando 10% da população gaúcha. Ele ressaltou a alta qualidade de serviços prestados, que pode ser comparada com a “melhor medicina” oferecida no centro do país.
O presidente da União Gaúcha em Defesa da Previdência Social Pública, Pio Giovani Dresch, chamou a atenção para o fato do IPE cobrir “um milhão de vidas”. “A saúde no estado depende do IPE”, afirmou em relação à grande cobertura. Para ele, os problemas na estrutura administrativa insuficiente não podem ser partidarizadas.
Já o diretor de Previdência do IPE, Ari Lovera, argumentou que parte dos problemas da estrutura administrativa será resolvida com o ingresso dos novos servidores concursados.
Também participaram do debate, a representante dos hospitais, Sandra Mara Weiler, que reclamou da defasagem das taxas, e o presidente do Conselho Deliberativo, Eriberto Rosa. A audiência ouviu ainda manifestações do plenário.
Fonte: AL/RS