Revolução Francesa: causas remotas e próximas
Ricardo Bergamini*
“No Brasil a vitória será sempre do grupo que mentir mais e melhor”. (Ricardo Bergamini).
A Revolução Francesa – que abrange um período de 10 anos (1789-1799) – destruiu violentamente o antigo regime na França e, par a par com a Revolução Industrial, forçou as portas de toda a Europa às reformas políticas, sociais e econômicas do século XIX: destruição dos restos de feudalismo, nacionalismo, abolição da monarquia absoluta, democracia, ascensão da classe média (burguesia), liberalismo econômico, melhoria geral do padrão de vida.
Causas remotas
O Renascimento (séculos XV e XVI)
O individualismo e o humanismo do Renascimento enfraqueceram o feudalismo, o coletivismo medieval (corporações) e o ideal de uma comunidade universal (Império Romano, supremacia geral do Papado).
O Renascimento promoveu: a liberdade e o desenvolvimento da arte e da cultura; a liberdade da ciência (novo espírito científico); o aparecimento de um sistema econômico baseado na competição capitalista e na obtenção de lucros (que dá origem ao poderio econômico da classe burguesa); e, em parte, a eclosão da Reforma Protestante.
A Reforma Protestante (século XVI)
Além de simbolizar a liberdade religiosa – iniciou a civilização moderna, acentuando certos traços característicos: individualismo, nacionalismo e capitalismo.
As liberdades inglesas
A Magna Carta (1215); o Parlamento, com representação do povo comum (1265); a Petição dos Direitos (1625); a Revolução Gloriosa (1688-1689): vitória do princípio da soberania do povo, destruição do governo absoluto, instauração definitiva, na Inglaterra, da monarquia constitucional e parlamentar.
A Revolução Gloriosa inspirou as revoluções americana e francesa. Parte considerável da “Declaração dos Direitos” foi incorporada às dez primeiras emendas da Constituição Americana e à “Declaração dos Direitos do Homem” (França, 1789).
Causas próximas
As causas próximas podem ser divididas, para facilidade de estudo, em políticas, sociais, econômicas e intelectuais. A divisão é um tanto arbitrária: não há uma nítida linha de demarcação entre as diversas categorias. Os fatores entrecruzam-se e confundem-se. “As causas intelectuais, por exemplo, e até certo ponto também as políticas, foram, na sua origem, em grande parte econômicas”.
* Economista, formado em 1974 pela Faculdade Candido Mendes no Rio de Janeiro, com cursos de extensão em Engenharia Econômica pela UFRJ, no período de 1974/1976, e MBA Executivo em Finanças pelo IBMEC/RJ, no período de1988/1989. Membro da área internacional do Lloyds Bank (Rio de Janeiro e Citibank (Nova York e Rio de Janeiro). Exerceu diversos cargos executivos, na área financeira em empresas como Cosigua – Nuclebrás – Multifrabril – IESA Desde de 1996 reside em Florianópolis onde atua como consultor de empresas e palestrante, assessorando empresas da região sul.. Site: http://paginas.terra.com.br/noticias/ricardobergamini
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