Pesquisa Mensal de Emprego – Maio de 2009
Ricardo Bergamini*
Em maio, taxa de desocupação foi de 8,8%.
Houve estabilidade em relação a abril (8,9%) e alta de 0,9 ponto percentual em relação a maio do ano passado (7,9%). A população desocupada (2,0 milhões) não se alterou em ralação a abril e cresceu 13,0% em relação a maio de
Em maio de
PESSOAS DESOCUPADAS (PD)1
Na comparação com abril de 2009, houve estabilidade no contingente de desocupados no total das seis regiões pesquisadas. Em relação a maio de 2008, houve alta de 13,0%. No âmbito regional, não foi observada variação em relação a abril. Na comparação com maio de 2008, ocorreram aumentos em Recife (29,9%) e São Paulo (20,5%).
PESSOAS OCUPADAS (PO)
O contingente de ocupados (21,0 milhões) em maio de 2009 nas seis regiões metropolitanas investigadas não apresentou variação nas comparações com abril ou maio de 2008.
Regionalmente, houve alta de 1,5% em Belo Horizonte, na comparação mensal. Em relação a maio de 2008, ocorreu alta de 5,8% em Recife e queda (-2,7%) em Porto Alegre.
Resultados com relação aos principais grupamentos de atividade:
Indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (16,2% da PO) Sem variação na comparação com abril e recuou (-6,0%) no confronto com maio do ano passado.
No enfoque regional, na comparação mensal, houve queda em Porto Alegre (-5,3%). Em relação a maio de 2008, quedas em Belo Horizonte (-8,7%), São Paulo (-6,9%) e Porto Alegre (-12,3%).
Construção (7,3% da PO) Estabilidade em ambos os períodos de comparação. No âmbito regional, sem variação em relação a abril e alta de 12,9% no confronto com maio de 2008.
Comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis (19,4% da PO) Estabilidade em ambas as comparações e também no âmbito regional.
Serviços prestados a empresas, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira (15,5% da PO) Estabilidade em ambas as comparações e também no âmbito regional.
Educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (16,3% da PO) No total das seis regiões, estabilidade na comparação com abril e alta de 4,4% no confronto com maio de 2008. No enfoque regional, sem movimentação na comparação mensal e alta de 9,4% em São Paulo.
Serviços domésticos (7,8% da PO) Estabilidade em ambos os períodos e também no enfoque regional.
Outros serviços (alojamento e alimentação, transporte, armazenagem e comunicações, limpeza urbana, atividades associativas, recreativas, culturais e desportivas, serviços pessoais) (17,0% da PO) Estabilidade tanto na comparação mensal quanto na anual. Regionalmente, estabilidade em relação a abril, No confronto com maio de 2008, alta de 10,4% em Recife.
Análise da forma de inserção do trabalhador no mercado de trabalho:
Empregados COM carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos, militares, funcionários públicos estatutários e outros) (44,9% da PO) Estabilidade na comparação mensal e alta de 2,1% em relação a maio de 2008. Na análise regional, no mês, estabilidade. Em relação a maio de 2008, altas em Recife (8,4%) e Salvador (8,0%).
Empregados SEM carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos, militares, funcionários públicos e outros) (12,6% da PO) Estabilidade nas comparações mensal e anual.
No contorno regional, estabilidade em relação a abril. Na comparação anual, queda em Porto Alegre (-13,4%).
Militares ou funcionários públicos estatutários (7,5% da PO) Estabilidade nos dois períodos e regionalmente.
Trabalhadores por conta própria (18,6% da PO). Estabilidade em ambos os períodos. Na esfera regional, estabilidade na comparação mensal e alta de 14,9% em Recife, em relação a maio de 2008.
RENDIMENTO MÉDIO REAL2
Em maio de 2009, para o agregado das seis regiões metropolitanas investigadas, o rendimento médio real habitualmente recebido pelos trabalhadores (R$ 1.311,70) apresentou declínio (-1,1%) em relação a abril. Na comparação com maio de 2008, houve alta de 3,0%.
Regionalmente, em relação a abril, altas em Salvador (1,7%) e Belo Horizonte (4,3%), e recuos em Recife (-3,9%), Rio de Janeiro (-3,6%), São Paulo (-0,7%) e Porto Alegre (-2,2%). No ano, altas em Salvador (4,8%), Belo Horizonte (6,2%), Rio de Janeiro (2,1%), São Paulo (3,2%) e Porto Alegre (4,0%), e queda (-3,3%) em Recife.
Rendimento das categorias de posição na ocupação na comparação MENSAL:
Empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (R$ 1.260,10) Estabilidade.
Altas em Salvador (4,8%), Belo Horizonte (3,1%) e São Paulo (1,0%), e quedas no Rio de Janeiro (-4,9%) e Porto Alegre (-2,0%). Recife apresentou estabilidade.
Empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado (R$ 883,90) Alta de 5,5%. Nas Regiões Metropolitanas, altas em Salvador (3,8%), Belo Horizonte (4,2%), Rio de Janeiro (2,9%), São Paulo (7,8%) e Porto Alegre (2,5%). Houve declínio em Recife (-7,3%).
Militares ou funcionários públicos estatutários (R$ 2.245,70) Retração (-2,8%). Alta em Belo Horizonte (2,2%), e recuos em Recife (-3,5%), Salvador (-0,9%), Rio de Janeiro (-2,6%), São Paulo (-4,4%) e Porto Alegre (-6,4%).
Trabalhadores por conta própria (R$ 1.094,40) Estabilidade. Altas em Salvador (3,6%), Belo Horizonte (5,7%) e Rio de Janeiro (2,5%), e quedas em São Paulo (-1,7%) e Porto Alegre (-2,7%). Ocorreu estabilidade em Recife.
Rendimento das categorias de posição na ocupação na comparação ANUAL:
Empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado Recuperação de 3,4%. Altas em nas seis regiões metropolitanas investigadas: Recife (8,5%), Salvador (2,6%), Belo Horizonte (2,8%), Rio de Janeiro (6,8%), São Paulo (1,8%) e Porto Alegre (4,5%) ocorreram avanços no rendimento.
Empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado. Recuperação de 8,5%.
Altas em Belo Horizonte (13,7%), Rio de Janeiro (8,8%), São Paulo (9,0%) e Porto Alegre (1,9%), e queda em Salvador (-0,4%). Estabilidade em Recife.
Militares ou funcionários públicos estatutários, Alta de 3,8%. Altas em Belo Horizonte (6,4%), Rio de Janeiro (11,3%), São Paulo (2,3%) e Porto Alegre (1,2%). Recuos em Recife (-9,9%) e Salvador (-6,4%).
Trabalhadores por conta própria Elevação de 0,7%. Quedas em Recife (-13,1%) e Rio de Janeiro (-8,6%). Altas em Salvador (13,7%), Belo Horizonte (4,2%), São Paulo (7,3%) e Porto Alegre (8,7%).
RENDIMENTO MÉDIO REAL DOMICILIAR PER CAPITA3
Em maio de 2009, nas seis regiões metropolitanas investigadas, o rendimento médio real domiciliar per capita (R$ 854,69) teve queda (-1,2%) na comparação com abril e alta de 3,4% em relação a maio do ano passado.
Regionalmente, em relação a abril, quedas em Recife (-1,7%), Rio de Janeiro (-2,4%), São Paulo (-1,7%) e Porto Alegre (-1,9%), e altas em Salvador (1,2%) e Belo Horizonte (3,8%). Em relação a maio de 2008, altas em Recife (2,9%), Salvador (5,0%), Belo Horizonte (6,2%), São Paulo (4,7%) e Porto Alegre (4,2%), e estabilidade no Rio.
MASSA DE RENDIMENTO REAL EFETIVO DA POPULAÇÃO OCUPADA4
A massa de rendimento real efetivo da população ocupada (R$ 27,6 bilhões) com base na PME de maio de 2009 (mês de referência abril de 2009) para o total das seis Regiões Metropolitanas recuou (-0,5%) em relação a março e teve alta de 2,9% em relação a abril de 2008.
Em relação a março, houve em Recife (-0,9%), Rio de Janeiro (-3,4%), São Paulo (-0,4%) e Porto Alegre (-2,7%), e altas em Salvador (3,3%) e Belo Horizonte (5,8%). Em relação a abril de 2008, altas em Recife (0,6%), Salvador (8,4%), Belo Horizonte (6,9%), São Paulo (3,4%) e Porto Alegre (0,6%), e estabilidade no Rio de Janeiro.
Notas:
1 Pessoas que não estavam trabalhando, estavam disponíveis para trabalhar na semana de referência e tomaram alguma providência efetiva para conseguir trabalho nos trinta dias anteriores à semana em que responderam à pesquisa.
2 Rendimento habitualmente recebido. Para o cálculo do rendimento real, o deflator utilizado para cada área é o Índice de Preços ao Consumidor – INPC da respectiva região metropolitana. Para o rendimento do conjunto das seis regiões metropolitanas, o deflator é a média ponderada dos respectivos índices de preços. A variável de ponderação é a população residente na área urbana da região metropolitana.
3 Divisão do rendimento mensal domiciliar proveniente do trabalho, pelo número de componentes da unidade domiciliar, exclusive daqueles cuja condição na unidade domiciliar fosse pensionista, empregado doméstico ou parente do empregado doméstico.
4 Soma dos rendimentos efetivamente recebidos em todos os trabalhos no mês de referência (mês anterior ao que está sendo divulgado).
Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.
Fonte: IBGE. Base: maio de 2009
* Economista, formado em 1974 pela Faculdade Candido Mendes no Rio de Janeiro, com cursos de extensão em Engenharia Econômica pela UFRJ, no período de 1974/1976, e MBA Executivo em Finanças pelo IBMEC/RJ, no período de1988/1989. Membro da área internacional do Lloyds Bank (Rio de Janeiro e Citibank (Nova York e Rio de Janeiro). Exerceu diversos cargos executivos, na área financeira em empresas como Cosigua – Nuclebrás – Multifrabril – IESA Desde de 1996 reside em Florianópolis onde atua como consultor de empresas e palestrante, assessorando empresas da região sul.. Site: http://paginas.terra.com.br/noticias/ricardobergamini