Mutação patrimonial e do ambiente natural
Werno Herckert*
Há movimento constante na riqueza aziendal e, igualmente, transformação no entorno ecológico. Todos os elementos que constituem o patrimônio tendem ao movimento e influenciam o ambiente natural, gerando fenômenos ambientais. Assim como o movimento patrimonial modifica o ambiente natural esse também modifica o patrimônio gerando fenômenos patrimoniais. Isto é axiomático.
Sobre essa matéria diz Lopes de Sá (1999): parece-me axiomático que: ¨O entorno ecológico transforma-se com o transformar da riqueza das células sociais e a riqueza das células sociais se transforma com o transformar do entorno ecológico¨. Ou seja: ¨há uma inequívoca interação transformadora entre o ambiente natural e o patrimônio das células sociais¨. Ou ainda, quer o patrimônio, quer o ambiente natural, sujeita-se às leis supremas da ¨transformação¨ e às de um regime de ¨interação¨ Ver Contabilidade ambiental: uma responsabilidade social em www.crcmg.org.br.
Nessa interação constante deve-se buscar a eficácia do fenômeno patrimonial e do fenômeno do meio ambiente natural.
O contador é o profissional capaz de criar modelo contábil para essa eficácia. Faz-se necessário à eficácia entre o fenômeno contábil e o fenômeno ecológico para se conseguir o desenvolvimento econômico sustentável e este é um novo desafio à contabilidade e à ciência da administração.
Como em trabalhos anteriores afirmei, o gestor da organização deve dar atenção à necessidade do patrimônio e à necessidade do ambiente natural. Há um limite da necessidade da célula social como há um limite da necessidade do meio ambiental natural.
Há célula social que depende da natureza, mas há um limite de utilização da natureza, para se perpetuar na temporalidade, tal como ocorre com as espécies na biologia.
A indústria que utiliza a água, há um limite nessa utilização, deve aplicar recurso (fenômeno patrimonial) em açudes de decantação, onde a água poluída pela transformação patrimonial é despoluída (fenômeno ambiental) e devolvida pura à natureza.
A indústria de papel que utiliza celulose deve preocupar-se com o plantio de árvores, para cada árvore cortada deve plantar outra árvore.
Com a poluição da natureza pela atividade econômica da célula social gerou a necessidade da harmonização entre a mutação patrimonial e do meio ambiente natural e para que isso ocorra é fundamental a conscientização ecológica do empresário e da comunidade a nível mundial.
O Neopatrimonialismo contábil prega, exatamente, o princípio de fortalecimento do agente ambiental, quer humano, quer material, quer natural, como fonte de motivação para a obtenção da eficácia.
* Membro da Academia Brasileira de Ciências Contábeis. Membro da Associação Científica Internacional do Neopatrimonialismo.
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