Referência Bibliográfica
ARISTÓFANES;
Aristófanes, nasceu muito provavelmente em torno de
A personagem central da comédia escrita por Aristófanes é Lisístrata, que cansada da ausência do marido em razão das diversas guerras que assolavam Atenas, desta feita a Guerra do Peloponeso, elabora um plano para acabar com elas definitivamente.
Chama suas amigas e companheiras, bem como as demais mulheres da região, para em assembléia, explicar-lhes em que consistia sua idéia: uma greve de sexo, seguida da tomada da Acrópole, pois era lá que estava guardado o tesouro de sustentação financeira do combate.
Uma vez aceita a idéia, as mulheres dirigem-se à Acrópole para tomá-la. Um grupo de velhos, na comédia representado pelo Coro de Velhos, tenta impedi-las e até mesmo expulsá-las do local, fazendo uso de tochas de fogo. Não logram êxito graças ao Coro de Velhas.
Soldados ajudando um comissário chegam ao local a fim de prender Lisístrata, porém foram proibidos pelas outras mulheres. Os dois iniciam um debate, ela defendendo apaixonadamente os pontos de vista contrários aos do comissário, que era no momento o representante da classe masculina.
Lisístrata resiste bravamente ao embate entabulado, pondo por terra os argumentos do comissário, o qual julgava que o lugar de mulheres seria
Apreciação da Obra
Aristófanes foi o único autor da Comédia Grega Antiga, cujas obras chegaram íntegras até a atualidade. Trata-se de uma peça divertida, leve e de leitura fácil, traduzida por uma linguagem viva e plena de diálogos pitorescos. Sem ser vulgar, Aristófanes se utiliza de todos os meios concebíveis de que podia dispor para despertar o riso, empregando exageros, ironias, caminhando da zombaria burlesca à perspicácia mais tênue. Consegue ser a um só tempo senhor de um humor fino, apurado, deixando de lado o ordinário.
Graças às mulheres, e em especial, Lisístrata, Atenas e Esparta alcançam a paz, após uma estratégia de fascinação e magia muito bem empregada pelo lado feminino da batalha. É bom lembrar que Lisístrata, em grego, significa a que dissolve, a que separa exércitos.
* Regina Maria de Paula, estudante do curso de Direito na Universidade de Ribeirão Preto – UNAERP, 8ª etapa