A partir do conceito de duas exposições distintas, o Espaço Cultural Marcantonio Vilaça cede lugar em novembro às obras de dois artistas contemporâneos, que por meio de elementos naturais e desnaturalizados da geografia captam e retratam seus olhares. A pele do mundo e (a)notações-paisagem buscam expressar sobretudo, e respectivamente, a composição de uma paisagem a partir de ideias presentes em outros territórios e da imersão nas sensações humanas por meio de um campo celeste – o céu.
Sob a curadoria de Karina Dias, (a)notações-paisagem reúne uma série de trabalhos do brasiliense Matias Monteiro e explora os trajetos possíveis para uma geografia percebida, que se apresenta por meio das noções e apropriações de espaço do artista. Com nuvens de espuma sintética, folhas de tecido e desenhos em papel vegetal, a exposição propõe ao visitante que conheça um mundo lúdico, rico em detalhes, porém, composto de elementos de natureza precária e pertencentes, originalmente, a outros ambientes.
Nesta mostra, o principal elemento de interação proposto é o olhar, que se torna uma ferramenta de compreensão e uma exigência para que a paisagem apresentada perdure ao longo das identificações e especulações de cada obra.
Assim, os cenários criados por instalações e esculturas acabam gerando espaços extraordinários, compostos por lembranças pertencentes à infância e retratados em uma espécie de fábula que, sem nuances românticas ou dóceis, dá lugar às angústias e incômodos do ambiente natural.
A pele do mundo por sua vez apresenta uma instalação que, por meio do conceito de diálogo entre céu e terra, busca interagir com as concepções de espaço e tempo da arte contemporânea, e romper com os limites espaciais da galeria. Estruturada em uma série de mil fotografias, agulhas de acupuntura e fragmentos textuais a grafite, a obra de Carlos Lin, sob a curadoria de Walter Menon, procura seguir um percurso poético apaixonado, que usa a temática do amor para propor metáforas com relacionamentos afetivos e as variadas sensações que os acompanham. As agulhas, que aparecem afixadas junto às imagens nas paredes, recebem ainda o ofício de elemento curativo, pelo qual o artista consegue propor um antídoto aos sentimentos de intolerância, como desafeto e desamor. Em uma espécie de narrativa não linear, o artista acaba oferecendo ao espectador uma manipulação poética, pela qual sugere um novo olhar sobre a fotografia de céu, sobre a memória a que a obra se relaciona e à persistência da linguagem.
(a)notações-paisagem e A pele do mundo contam ainda com o Programa Educativo do Espaço Cultural Marcantonio Vilaça que atende escolas públicas e privadas do Distrito Federal com monitoria e distribuição de material didático, além de oferecer visitas orientadas à galeria. As exposições ficarão abertas para visitação de 11 de novembro a 23 de dezembro de 2011, com classificação indicativa livre, e acesso gratuito.
Serviço:
(a)notações-paisagem e A pele do mundo
Abertura: 10 de novembro de 2011, às 19 horas
Visitação: de 11 de novembro a 23 de dezembro de 2011. De segunda a sexta-feira das 10h às 19h. Aos sábados, das 14h às 18h.
Visitas orientadas: durante todo o período da exposição, podendo ser agendadas pelo telefone (61) 3316-5221
Local: Espaço Cultural Marcantonio Vilaça – Ed. Sede do Tribunal de Contas da União (SAF Sul Quadra 4 lote 1)
http://www.tcu.gov.br/espacocultural
Para reclamações sobre uso irregular de recursos públicos federais, entre em contato com a Ouvidoria do TCU, clique aqui ou ligue para 0800-6441500.
Fonte: TCU