Agilidade em licenciamentos ambientais, retomada de leilões de trigo para ração e liberação de recursos da consulta popular são fundamentais para amenizar efeitos da estiagem, segundo o parlamentar do PP.
Após os dados divulgados pela EMATER em relação aos prejuízos da estiagem que assola o RS, que podem significar perdas de no mínimo R$ 2 bilhões de reais, devido às quebras da produção de soja, milho, arroz, Reunião de Trabalho da Assembleia gaúcha, colegiado formado por 10 parlamentares, mais o presidente do Parlamento, esteve reunida nesta sexta-feira (20) para tratar das consequências da seca no Estado. O encontro foi solicitado pelo presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo, deputado Ernani Polo (PP).
Isenção de ICMS para aquisição de equipamentos para irrigação, leilões de trigo e milho, aplicação de recursos no Seguro Agrícola, ampliação da estrutura da FEPAM para dar maior agilidade nas outorgas de água para atender às demandas foram os encaminhamentos do encontro, que contou com a presença de 11 deputados e 15 entidades representativas do setor primário que apresentaram sugestões que possam se transformar em ações imediatas e de médio e longo prazo para enfrentar os prejuízos causados pelas recorrentes estiagens no RS.
O deputado Ernani Polo salientou que mais da metade dos insumos, fertilizantes e máquinas usados na implantação das lavouras são oriundos de cerealistas e revendas, mas não foram contemplados nos anúncios do governo federal. “Devemos gestionar junto ao governo, uma linha de crédito para que o produtor possa refinanciar suas dívidas com essas empresas”, ressaltou o parlamentar.
De acordo com Polo, demandas emergenciais dos produtores gaúchos ainda precisam ser contemplados com urgência: “Os dados divulgados pelo levantamento da EMATER são alarmantes. Portanto, é de extrema importância que medidas como a agilização dos licenciamentos ambientais para implantação de açudes seja efetivada, bem como a liberação de recursos da consulta popular para o sistema produtivo leiteiro e a retomada de leilões de trigo para ração animal se concretizem”, avalia o presidente da Comissão de Agricultura.
Relato
O prefeito de Joia, Jânio Andreata, relatou a situação do município, que é um dos mais afetados pela seca no Estado “nossa condição é muito grave, hoje completam 60 dias sem chover, temos problemas de animais com fome e sede, e a própria população já não tem mais água para beber”, contou o prefeito.
Fonte: AL/RS