01 de Junho de 2012
Quase cinquenta anos de intoxicação causada pelo pesticida DDT. É isso que os funcionários da extinta Superintendência de Combate à Malária (Sucan) denunciam ter enfrentado quando trabalhavam para a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e o Ministério da Saúde. Para apurar tais denúncias, a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Minas Gerais realiza, na próxima quarta-feira (6/6/12), às 9h30, uma audiência pública no Plenarinho IV. O requerimento é do deputado Paulo Guedes (PT).
De acordo com informações do gabinete do deputado, trabalhadores da extinta Sucan de diversas partes do país estão morrendo ou ficando doentes, em decorrência da intoxicação. As denúncias foram feitas junto à Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal. O diretor do Departamento Administrativo da Funasa, Marcos Roberto Muffareg, teria relatado que o pesticida DDT foi usado pelos trabalhadores da Sucan de 1950 a 1997.
A audiência pública também abordará, ainda segundo informações do gabinete do deputado, dois Projetos de Lei (PL) que tramitam na Câmara dos Deputados: o PL 4.485/07, que cria pensão especial de R$ 2.075 para os antigos servidores da Sucan, e o PL 4.873/09, que estabelece indenização aos doentes e às famílias.
Convidados – Para participar da reunião, foram convidados o ministro da Saúde, Alexandre Rocha Santos Padilha; o presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal, senador Paulo Renato Paim; o secretário de Estado de Saúde, Antônio Jorge de Souza Marques; o gestor do Ministério da Saúde em Minas Gerais, Alencar Tadeu Winter; a diretora da Confederação Nacional dos Servidores Públicos Federais, Jussara Griffo; os diretores do Sindicato dos Trabalhadores Ativos Aposentados e Pensionistas do Serviço Público Federal no Estado de Minas Gerais, Carlos Henrique de Melo e Edilson Alves Coutinho; o guarda de endemias Vando Euripes da Silva; e a coordenadora do Ambulatório de Toxicologia Clínica Ambiental e Ocupacional do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (UFRJ), Heloisa Pacheco Ferreira.
Fonte: AL/MG