O último dia da semana de homenagens às mães do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) foi aberto, na manhã da última sexta feira, com a exibição de um vídeo feito com as fotos de algumas servidoras tiradas pelos fotógrafos Marcos Costa e Juliana Galvão, integrantes da Divisão de Comunicação Social desta no início da semana. Vinte mães que participaram da sessão de fotos levaram para casa um book contendo os momentos clicados ao lado dos filhos.
Em seguida, o presidente do TRF5, desembargador federal Luiz Alberto Gurgel, parabenizou as mães presentes e falou da importância de valorizar os momentos que passamos ao lado delas. O magistrado destacou a beleza do trabalho desenvolvido pelas divisões que organizaram o evento. “Tivemos uma programação simples, mas pensada com muito carinho”, frisou.
A desembargadora federal Margarida Cantarelli também prestigiou a solenidade e, em nome de todas as mães do Tribunal, foi agraciada com um presente, entregue pelo presidente, e um ramalhete de flores, dado pela diretora geral do TRF5, Sorária Caio. A magistrada, que é mãe e avó, agradeceu a homenagem e disse que as flores seriam colocadas ao lado da foto da mãe.
Para encerrar a programação, a servidora Lúcia Cavalcanti, que tem graduação em direito e psicologia, ministrou a palestra Síndrome de Alienação Parental. “A síndrome é diagnosticada quando o pai ou a mãe faz uma lavagem cerebral no filho para afastá-lo do outro genitor, alterando a percepção da criança”, explicou a servidora. Segundo ela, o alienador costuma ser uma pessoa frágil, ciumenta, vingativa e inconformada com a separação. “Em muitos casos, ele promete as melhores programações para o final de semana, treina o filho para mentir diante do juiz e fala mal do ex-parceiro”. Esclareceu, ainda, que a maioria dos casos de alienação vem de mulheres porque normalmente a guarda é conferida às mães.
Baixa autoestima, insegurança, desconfiança, depressão, dependência de medicamentos e drogas, relacionamentos não duradouros, pessimismo e revolta contra o genitor alienador são alguns dos problemas que podem prejudicar o filho que foi vítima da síndrome. “Quando percebe o que sofreu, o jovem sente-se culpado pela injustiça e sofre muito. Intolerância e frustração são sentimentos bem comuns nesses casos”, disse Lúcia Cavalcanti.
Para reforçar as informações, foi apresentado o documentário “A morte inventada”, com depoimentos de famílias que passaram por esse problema. O nome do vídeo, inclusive, reitera a condição que o genitor vítima da alienação assume de excluído da vida da criança.
Ao final da palestra, foi servido um lanche de confraternização.
Fonte: TRF5