Porto Alegre (RS) – O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, ao discursar hoje (11) na solenidade comemorativa aos 80 anos da OAB do Rio Grande do Sul, afirmou que “a crise moral que se abateu em nosso país se deve à ausência de conteúdo social de nossa democracia”. Ele ressaltou no pronunciamento “a grande responsabilidade da OAB, como instituição, para a consolidação do Estado democrático de Direito, essa grande obra que parece inacabada”. Ophir estava acompanhado do secretário-geral da OAB Nacional, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, e foi recebido pelo presidente da OAB-RS, Claudio Lamachia, demais diretores e conselheiros federais da entidade.
Ao saudar o Rio Grande do Sul como “berço de uma advocacia combativa e matriz de uma nova geração de lideranças”, Ophir destacou que a OAB gaúcha sempre manteve uma postura altiva no cenário da sociedade civil brasileira. “Essa entidade jamais fraquejou em momento algum, especialmente em momentos mais importantes da vida nacional, assumindo missão preponderante na identificação dos problemas, na crítica e na denúncia sobre as calamidades sociais, o arbítrio, a ditadura, as pressões dos poderosos e a corrupção”, disse.
Para o presidente nacional da OAB, diante da crise moral vivida pelo País, a entidade “tem o dever de apontar os caminhos das mudanças, na crença de que o Brasil não pode postergá-las, sob pena de perder o fluxo e o ritmo de seu tempo”. Ele voltou a enfatizar que quando a OAB levanta sua voz tem a consciência de que não reverbera apenas a classe dos advogados. “A Ordem traz consigo o clamor das ruas, em virtude de sua legítima e incontestável participação nos momentos mais agudos de transformação do País”.
Para uma plateia composta de advogados, autoridades e representantes dos três poderes e da sociedade civil que lotou a OAB-RS, Ophir observou que se sentia muito feliz pela oportunidade de tratar desses temas perante os advogados gaúchos, “cuja tradição de lutas os tornam gigantes aos olhos dos demais colegas espalhados pelo nosso território”.
Fonte: OAB