O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ligado ao Ministério Público do Paraná, denunciou na última terça-feira (10/04) uma delegada e um escrivão do 8º Distrito Policial por corrupção passiva. Também foram denunciados um policial militar e um empresário, por corrupção ativa. O Ministério Público requer à Justiça que os policiais sejam suspensos de suas funções públicas.
Segundo o coordenador estadual do Gaeco, o procurador de Justiça Leonir Batisti, o empresário, do bairro Novo Mundo, foi acusado por um casal vizinho de ter feito ameaças e disparado contra a fechadura da porta do apartamento deles. O casal entregou à polícia civil os fragmentos de um projétil da arma de fogo, alojado na fechadura da porta.
“O empresário procurou então o policial militar, que já conhecia, para ‘aliviar’ a situação no Distrito, onde tinha sido intimado a comparecer para explicar o disparo. Com a intermediação do policial militar, o empresário foi à delegacia e ofereceu de dois a três mil reais à delegada e ao escrivão”, relata o procurador.
De acordo com Batisti, a delegada e o escrivão teriam ocultado as evidências do disparo – mantendo num armário da delegacia o fragmento do projétil, as fotografias da porta danificada e as declarações das vítimas – e remetido ao Juizado o termo circunstanciado sem informação sobre o disparo, que configuraria um crime mais grave que a ameaça e o dano.
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Fonte: Site MP/PR