Morena Pinheiro – Enviada especialCostão do Santinho (SC) – O Coordenador Nacional do Programa “Cidadania e Justiça também se aprendem na escola”, Desembargador Roberto Bacellar, a Desembargadora Marilsen Andrade Addario, do Tribunal de Justiça do Mato Grosso (TJMT),e o Vice-Presidente de Assuntos Culturais da AMB, Rosalvo Augusto Vieira da Silva, participaram nesta quarta-feira (23), do lançamento do projeto na Escola Básica Municipal Intendente Aricomedes da Silva, em Florianópolis, onde estudam crianças da primeira a oitava série.O lançamento faz parte da programação do V Encontro Nacional de Juízes Estaduais. Os Magistrados foram recebidos pela Secretária-Adjunta de Educação, Maria José Brandão, pela Diretora da escola, Marizilda Alves, professores e mais de cinquenta alunos.Antes do lançamento, os Magistrados conheceram o bosque construído dentro da escola. A direção aproveitou uma área que era alagada para criar um espaço onde os alunos aprendem sobre a natureza e discutem a relação do homem com o meio ambiente. “Santa Catarina já era uma meta nossa para aplicação do programa e fomos muito bem recebidos pela Prefeitura e pela Secretaria de Educação. Acho que essa escola tem todas as condições para ser um modelo, uma referência para o Brasil”, afirmou Roberto Bacellar.Durante o lançamento, os alunos que tiveram a oportunidade de conhecer um pouco mais do trabalho dos Juízes e Desembargadores e os princípios de direitos e deveres de cada cidadão.De acordo com o Diretor-Presidente da ENM, “foi muito interessante porque as perguntas começaram a partir de uma história e, em seguida, os valores e princípios constitucionais começaram a serem indagados. O melhor foi ver que as crianças foram despertando para a cidadania falando um pouco sobre os deveres e direitos”.Para a Desembargadora do Mato Grosso, Marilsen Addario, que falou aos estudantes sobre a importância da honestidade, a receptividade dos alunos foi excelente. “As crianças fizeram ótimas perguntas participaram e deu para perceber que adoraram. Nós também gostamos muito de estar aqui, de responder e apreender com as crianças e saber qual a impressão que elas têm da Justiça”.O Juiz Rosalvo Augusto Vieira, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), também elogiou a participação das crianças. “Essa é uma iniciativa vitoriosa da AMB, é um projeto desenvolvido pelo colega Bacellar há bastante tempo, e que mais uma vez a gente pode ver que os alunos são muito participativos. Areceptividade foi muito boa e o grau de envolvimento dos alunos também”.A Diretora da escola aprovou o projeto e avisou que a expectativa é iniciar a aplicação com as crianças o quanto antes. “A escola gosta de acolher projetos diferenciados e novos. Esse é muito bom, ele tem uma fala bem apropriada para as crianças, trazendo um nível de conhecimento muito alto, porém com uma fala bem próxima do linguajar da criança”, ressaltou Marizilda Alves.A Secretaria-Adjunta de Educação de Florianópolis falou sobre a importância de aproximar a escola do Judiciário. “O primeiro ponto positivo foi o fato dos Desembargadores e do Juiz terem vindo de camiseta, a ideia que as nossas crianças tinham era de que o Juiz está sempre bem formal, no mínimo um terno. Isso faz com que eles também enxerguem que quem faz acusa, quem defende, quem julga, são pessoas como nós, como eles. O doutor Roberto foi magnífico, eles começaram fazendo perguntas relacionadas à história que ele contou e depois com perguntas pertinentes como sobre a condenação de um jovem menor de 18 anos”.Além de ouvir sobre o trabalho dos Juízes, as crianças conheceram o “Brasilzinho”, um boneco que representa um dos personagens das cartilhas do programa. O desenho foi desenvolvido pelo cartunista Marcos Vaz que também esteve presente no lançamento. “A gente já percorreu o Brasil inteiro com esse projeto e a receptividade das crianças é sempre muito boa. Hoje fiquei surpreso, achei as crianças bastante politizadas. Com o gibi, a gente pode pegar um assunto pesado e traduzir para uma linguagem popular”.Leia a opinião das crianças sobre o Programa“Eu achei muito importante, principalmente, porque muita gente não sabe o que os Juízes fazem e eles mostraram que o trabalho deles é muito importante. Eu achei bem legal porque eu não sabia como era ser Juiz”Aymé Cristina Evanger – 11 anos“Eu achei bom para esclarecer o que todo mundo fala, geralmente falam que a gente não deve ser advogado, porque advogado protege os bandidos. É bom eles virem na escola para esclarecer e para a gente saber o que é verdade e o que não é. Eu acho importante porque todo mundo fala que demora, que o Juiz enrola, mas não é isso, na verdade sem o Juiz a gente não pode ter uma Justiça no país, então, eles são a parte mais importante”Júlia Gomes – 11 anos
Fonte: AMB