Morena PinheiroSão Paulo (SP) – O V Encontro Nacional de Juízes da Infância e da Juventude discutiu, no período da tarde, a adoção internacional e sistema de informação e gerência da adoção e do acolhimento do estado do Espírito Santo.O primeiro palestrante o Juiz Élio Braz Mendes, da 2ª Vara da Infância e Juventude da Capital do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), apresentou o trabalho desenvolvido no estado na adoção de crianças brasileiras por casais estrangeiros onde foi desenvolvida uma articulação entre o Judiciário, o Ministério Público e o Poder Executivo no sentido de proteger as crianças que estão nos abrigos. “A legislação já manda fazer isso há vários anos, mas infelizmente a interlocução do Poder Judiciário com o município e o terceiro setor ainda é muito fragilizada. É preciso fortalecer essa interlocução para que o Magistrado faça apenas a parte dele e que a rede funcione, cada um executando o seu papel”, enfatizou.A experiência exitosa do Espírito Santo também foi apresentada. A Coordenadora da Comissão Estadual Judiciária de Adoção (CEJA –ES), Maria Inês Valinho de Moraes, e o psicólogo Helerson Elias Silva falaram sobre o Sistema de Informação e Gerência da Adoção e Acolhimento (Siga). A mesa foi presidida pelo Diretor-Adjunto de Infância e Juventude da AMB, Leandro Cunha Bernardes. O Magistrado, que atua na Vara da Infância e Juventude no Espírito Santo, fez uma breve avaliação sobre a proposta do Encontro. “Está sendo uma discussão, sobretudo de ordem prática, no dia a dia dos trabalhos da Jurisdição de Infância e Juventude surgem problemas que às vezes com o contato de outros colegas, com a troca de experiências bem sucedidas de outros estados, faz com que a gente tenha soluções muito mais rapidamente”, explicou. O exemplo apresentado pela Coordenadora da CEJA –ES foi implantado em 2008 e contém dados de todas as crianças e adolescentes abrigados, dos interessados em adotar, dos abrigos. O sistema permite o acompanhamento e desburocratização da situação do processo de adoção. “Foi preciso mudar a maneira de encarar a adoção, não era só mudar um sistema, era uma mudança e postura. As crianças nos abrigos não eram conhecidas, hoje nós temos informações mais detalhadas e temos um meio de acompanhar cada processo”, esclareceu Maria Inês Valinho de Moraes.
Fonte: AMB