As dificuldades que os segurados do IPE-Saúde enfrentam na grande maioria das cidades do interior, com falta de médicos especialistas e limitações nos serviços de exames e internação hospitalar, somente será revertida, na avaliação da deputada Maria Helena Sartori (PMDB), com uma ação mais objetiva em termos de credenciamento de novos profissionais. “É preciso ir a campo em busca dos médicos, de hospitais e clínicas. Para prestar um bom atendimento ao servidor público, os gestores do plano de saúde não podem ficar aguardando passivos”, apontou a deputada, durante reunião da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, na manhã desta quarta-feira (28).
São antigas as cobranças da parlamentar por conta das carências em termos de especialidades médicas nas diversas regiões do RS, que culminaram no final do ano na interrupção do atendimento pediátrico de urgência por parte do Hospital Fátima, que além de Caxias do Sul é referência para toda a região da Serra. “O IPE não pode deixar que permaneça esta situação de obrigar o segurado a se deslocar até Porto Alegre sempre que precisar cuidar da sua saúde”, criticou Maria Helena.
Como resposta à falta de médicos credenciados, a deputada recebeu um comunicado lacônico do IPE-Saúde dizendo que os interessados deveriam procurar o cadastro no site da instituição. “Ora, o interesse maior em suprir esta necessidade deve ser do gestor, que cobra religiosamente a contribuição do funcionário público”, acrescentou ela.
Maria Helena renovou a reivindicação das medidas que foram anunciadas pela própria direção do IPE durante audiência pública realizada ainda no início de outubro do ano passado, na presença de integrantes do Ministério Público e dos sindicatos médicos. Na oportunidade, a direção do Instituto se comprometeu, até o final de 2011, a colocar em funcionamento uma central eletrônica de marcação de consultas e para internação hospitalar, o que permitiria ao usuário ter acesso ao número de horários e leitos disponíveis entre os serviços conveniados. “Agora, lançam a responsabilidade para a Procergs, como se esta também nem integrasse o mesmo governo”, comentou a deputada.
Fonte: AL/RS