“Referência internacional em medicina de alta complexidade e um dos hospitais mais renomados do País”. Com essas palavras, o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, deputado Dinis Pinheiro (PSDB), definiu o hospital Felício Rocho na homenagem pelos 60 anos de sua fundação. A solenidade foi realizada na noite desta quinta-feira (21/6/12) em Reunião Especial no Plenário, por solicitação do próprio presidente.
Dinis Pinheiro destacou que a ALMG tem hoje a saúde pública entre suas prioridades e convidou os presentes a participarem da campanha Assine + Saúde. “Estamos empenhados firmemente na defesa de mais recursos para a saúde, lutando para que a União invista na área pelo menos 10% de sua receita bruta, para que, junto com estados de municípios, sejamos capazes de oferecer um sistema público digno aos nossos cidadãos”, afirmou.
O presidente da ALMG mencionou também o trabalho de combate às drogas e pediu a adesão de todos à Marcha contra o Crack, programada para o próximo sábado (23/6/12), a partir das 9 horas, em Belo Horizonte. “As drogas já se tornaram uma verdadeira epidemia e estão arruinando nossa juventude e destruindo famílias”, alertou.
Após a exibição de vídeo institucional sobre o hospital, Dinis Pinheiro e o governador do Estado de Minas Gerais, Antonio Anastasia, entregaram placa alusiva à comemoração aos presidentes dos Conselhos Superior e Diretor da Fundação Felice Rosso, Maria Ângela de Faria Resende e José Rezende de Andrade, respectivamente.
Maria Ângela contou um pouco sobre a história do hospital, lembrando que a inauguração ocorreu há exatos 60 anos, no dia 21 de junho de 1952. Ela destacou o trabalho de seus fundadores, entre eles, o imigrante italiano Felice Rosso e o advogado Américo Gasparini. “Hoje, a instituição é um símbolo de tradição e modernidade. O hospital acompanha as mudanças tecnológicas e os avanços da medicina, não sem esforços”, afirmou.
José Rezende de Andrade agradeceu a homenagem e afirmou que o Felício Rocho busca sempre o atendimento humanizado e, principalmente, salvar vidas. Ele destacou ainda que o hospital conquistou a certificação nível 3 da Organização Nacional de Acreditação (ONA), de excelência em saúde.
Governador – Após apresentação do Sexteto de Sopros da Banda de Música da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais, o governador Antonio Anastasia fez seu pronunciamento. Ele elogiou a iniciativa da ALMG em promover a homenagem e contou que seu avô, Aniello Anastasia, foi um dos colaboradores na construção do hospital. Anastasia afirmou que o Felício Rocho é sinônimo de qualidade e excelência, inclusive para o Sistema Único de Saúde (SUS). E, assim como Dinis Pinheiro, destacou a necessidade “imperiosa” de revisão dos investimentos federais em saúde no Brasil.
Participaram ainda da reunião especial os deputados Délio Malheiros (PV), Doutor Viana (DEM) e Sebastião Costa (PPS); o 1º vice-presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, vereador Alexandre Gomes (PSB); a secretária de Estado da Educação, Ana Lúcia Almeida Gazzola; o secretário municipal de Saúde de Belo Horizonte, Marcelo Gouvêa Teixeira, além de outras autoridades, convidados, jornalistas e funcionários do hospital Felício Rocho.
Após o encerramento da sessão solene, Délio Malheiros entregou placa comemorativa ao médico Márcio Ibrahim de Carvalho, decano do hospital. “É um privilégio receber esta homenagem, que é para todos os que colaboraram ao longo desses 60 anos do hospital”, disse Carvalho. O deputado destacou a “generosidade da comunidade italiana” e parabenizou o Felício Rocho pelo seu 60º aniversário e a Fundação Felice Rosso, pelos 75 anos de atuação.
História – O hospital Felício Rocho é mantido pela Fundação Felice Rosso, entidade sem fins lucrativos. A criação de ambos foi financiada por Felício Rocho, imigrante italiano que veio a Belo Horizonte a convite de Bernardo Monteiro, prefeito da capital mineira entre 1899 e 1902. Rocho tornou-se empresário de sucesso nos ramos do serviço funerário e hoteleiro e decidiu partilhar parte de sua fortuna com a comunidade. Faleceu poucos meses depois do lançamento da pedra fundamental do hospital, cuja construção levou 15 anos para ser concluída.
Segundo a diretoria do Felício Rocho, o hospital conta hoje com 26 clínicas, 20 serviços auxiliares, 18 salas cirúrgicas, 40 leitos de Terapia Intensiva e um Pronto-Atendimento. Trabalham na instituição, que se consolidou como o maior centro transplantador do Estado, 450 médicos, 720 profissionais de enfermagem e 1.700 funcionários técnicos-administrativos. O hospital atende a milhares de usuários do SUS e oferece serviços gratuitos a pacientes carentes.
Fonte: AL/MG