—————————————————————-
00007 APELAÇÃO CÍVEL Nº 2004.70.00.039746-1/PR
RELATOR : Juiz Federal ALEXANDRE ROSSATO DA SILVA ÁVILA
APELANTE : STANDART LOGISTICA E DISTRIBUICAO LTDA/
ADVOGADO : Michelle Pinterich e outro
APELANTE : UNIÃO FEDERAL
ADVOGADO : Luis Antonio Alcoba de Freitas
APELANTE : AGENCIA NACIONAL DE ENERGIA ELETRICA – ANEEL
ADVOGADO : Vitor Pinto Chaves e outro
APELADO : (Os mesmos)
APELADO : COPEL DISTRIBUICAO S/A
ADVOGADO : Paulo Sergio Sena e outros
REMETENTE : JUÍZO FEDERAL DA 03A VF DE CURITIBA
INTERESSADO : UNIÃO FEDERAL
PROCURADOR : Luis Antonio Alcoba de Freitas
EMENTA
TRIBUTÁRIO. LEI N.º 10.438/2002. “SEGURO-APAGÃO”. LEGITIMIDADE PASSIVA DA UNIÃO. ANEEL.
ILEGITIMIDADE. ENCARGOS FINANCEIROS SOBRE A TARIFA DE ENERGIA ELÉTRICA. NATUREZA JURÍDICA.
TARIFA.
1. Reconhecida a legitimidade passiva da União, em face da extinção da CBEE, empresa pública da qual é sucessora legal, nos
termos do art. 23 da L. 8.029/90.
2. O resultado da demanda não altera a esfera jurídica da ANEEL, pois a autarquia apenas regulamenta a matéria de que dispõe a Lei
n° 10.438/2002, não possuindo legitimidade para atuar no processo como parte.
3. A distribuição de energia elétrica é serviço público não-compulsório, remunerado através de preço público. Assim, o encargo de
capacidade emergencial constitui sobretarifa de natureza acessória. Precedentes desta Corte e do STJ reconhecendo a natureza
tarifária do “seguro-apagão”.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a Egrégia 2ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª
Região, por unanimidade, extinguir o feito, sem julgamento do mérito, em relação à ANEEL, e dar provimento ao apelo da União e
à remessa oficial, julgando prejudicado o recurso do autor, nos termos do relatório, votos e notas taquigráficas que ficam fazendo
parte integrante do presente julgado.
Porto Alegre, 23 de outubro de 2007.