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Eugênio Bucci opina sobre as manifestações e seus equívocos são os de toda a mídia bem pensante. Bucci começa errando, ao dizer que há elementos não políticos determinando as manifestações. Isso é apenas mentira. A centelha que acendeu as manifestações foi o Movimento Passe Livre, comandado por grupelho de esquerda abrigado na USP. É evidente que há luta de classe, ao contrário do que disse Bucci. Mas aquela movida pelos extremistas supostamente em nome dos trabalhadores. Bucci: “O black bloc é uma fantasia em ação”. Que despropósito! Esses caras não passam de agentes do banditismo político. Bucci exalta a adesão da juventude às maifestações, se esquecendo que grande parte por agentes contratados, como aquele que matou o cinegrafista. Se há uma estética nas manifestações, e há, é a da técnica de mobilização desenvolvida em escala mundial pelas esquerdas. A mesma sempre, em toda parte. É a estética da revolução a que está nas manifestações, estética do estardalhaço da ação direta, da desordem, do caos. Que mata. Mesmo pedindo desculpas, Eugênio Bucci faz elogio àquilo que é o horror, a negação da liberdade, explosão de violência. Com as manifestações o povo, na rua, apenas viu a impossibilidade de ir para casa, a ameaça física da multidão, o arbítrio de grupelhos.
Vejam o artigo de Eugênio Bucci no Estadão: