Visão Liberal

Dez Anos Depois

11/09/2011

Há muitas maneiras de se analisar os acontecidos em 11 setembro de 2001. Para mim, a ferocidade islâmica que desabou sobre Nova York é aparentada
daquela que se abateu sobre os judeus sob o regime nazista. Lembremos que os fatos foram precedidos por atentados a símbolos judaicos em diversos
países, como a embaixada de Israel em Bueno Ayres e a sinagogas em Paris. Os inimigos do povo judeu novamente em ação.

A data também é ela mesma um simbolismo, pois os atacantes celebravam uma de suas derrotas históricas para o Ocidente. Foi em 12 de setembro de 1683
que forças militares do Império Otomano foram rechadas, depois de meses de cerco à cidade de Viena. Este acontecimento histórico, junto com a derrota
em Lepanto (batalha da qual o glorioso Miguel de Cervantes participou como soldado), representou o fim de qualquer veleidade de domínio islâmico sobre
a Europa cristã.

Os radicais islâmicos odeiam os cristãos ainda mais que os judeus. Vêem os EUA como uma Nova Roma e sempre suas ações procuram ter essas ressonâncias
históricas seculares. É claro que isso é uma alucinação, que o Ocidente não é uma unidade, nem mesmo religiosa, e que apenas a cegueira ideológica mais
funesta pode mobilizar os islamitas nessa falsa causa. A loucura está combinada aqui com a ferocidade desprovida de meios. Já disseram que os islamitas
são maus soldados, mas excelentes assassinos. Os acontecidos em 11 de setembro comprovaram novamente a tese.

O Mal se levantou naquela data. A serpente islâmica se moveu. Não sou daqueles que separam os “bons” muçulmanos dos “maus”: vejo aí apenas a face
duplicada da mesma entidade. Um gera o outro. O islamismo nasceu como seita cristã herética e assim permanece, dando voz ao Negador. E meios letais. O
esmagamento da cabeça da serpente representado pela morte oportuna de Osama Bin Laden é também motivo para celebração. Este momento não seria completo
se aquele satanás ainda vivesse.

O ponto essencial a notar é a continuidade do Mal e os seus alvos: judeus e cristãos. Eles são os inimigos jurados de morte. Azar dos elementos hostis
que há sempre a mão providencial de Deus: eles fazem vítimas, mas são incapazes de vencer, porque o Mal não poderá jamais vencer o Bem.

* José Nivaldo Cordeiro, Executivo, nascido no Ceará. Reside atualmente em São Paulo. Declaradamente liberal, é um respeitado crítico das idéias
coletivistas. É um dos mais relevantes articulistas nacionais do momento, escrevendo artigos diários para diversos jornais e sites nacionais. É Diretor
da ANL – Associação Nacional de Livrarias.

Como citar e referenciar este artigo:
CORDEIRO, José Nivaldo. Dez Anos Depois. Florianópolis: Portal Jurídico Investidura, 2011. Disponível em: https://investidura.com.br/colunas/visao-liberal/dez-anos-depois/ Acesso em: 10 mar. 2025