Gestão, Tecnologia e Qualidade para o Direito

Sempre foi assim, não é mesmo?

Quantas e quantas vezes ouvimos alguém dizer: “Eu faço isto porque sempre fiz assim, me ensinaram quando entrei na empresa e até hoje continuo fazendo o mesmo”.

Literalmente estão afirmando em alto e bom tom: A única coisa que faço na vida é reproduzir aquilo que me ensinaram, não sou capaz de pensar a respeito.

Com perdão dos animais, mas seres humanos agindo como animais irracionais (embora muitos animais valham mais a pena que alguns seres humanos) é um absurdo, principalmente no universo corporativo, afinal, se querem ser imbecis, que sejam em suas famílias e residências!

Devemos combater a ignorância do ambiente corporativo e a principal ignorância/burrice/idiotice e outros adjetivos é aquela que bloqueia o conhecimento e o raciocínio: A tese do eu sei tudo, ninguém precisa mudar nada, como está, fica.

Aliás, lembram daquela brincadeira de estátua: Como está, fica? Muitos adultos ainda brincam no universo corporativo da mesma forma.

Ao meu ver, certo está o Chico Buarque de Holanda quando diz: “As pessoas tem medo de mudança. Eu tenho medo que nada mude”.

Cada vez mais precisamos de inovação, de criatividade e principalmente do pensar.

Chega de ver profissionais recorta e cola.

Profissionais recorta e cola que não passam de repllicantes da situação atual. Deixa os replicantes para a música e para o cinema!

Vamos exercitar o pensar, a busca pelo conhecimento e não apenas por informações ou dados.

Se assim procedermos, temos grande chance de sucesso, não apenas profissional, mas também pessoal.

Agora, ao vivermos fazendo réplicas do que outros acham bom, divulgaremos teses sem ter a menor noção do que estamos falando, como no exemplo abaixo:

Os Cinco Macacos

(autor desconhecido)

Um grupo de cientistas colocou cinco macacos em uma jaula. No meio da jaula, uma escada, e, sobre ela, um cacho de bananas. Quando um macaco subia na escada para pegar as bananas, um jato de água fria era acionado em cima dos que estavam no chão.

Depois de um certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros pegavam-no e enchiam-no de pancada. Com mais algum tempo, mais nenhum macaco subia a escada, apesar da tentação das bananas.

Então, os cientistas substituíram um dos macacos por um novo. A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sendo retirado pelos outros, que o surraram. Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo já não mais subia a escada.

Um segundo macaco, veterano, foi substituído, e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro substituto participado, com entusiasmo, na surra ao novato. Um terceiro foi trocado e o mesmo ocorreu. Um quarto e, afinal, o último dos veteranos, foram substituídos.

Os cientistas, então, ficaram com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam batendo naquele que tentasse pegar as bananas. Se possível fosse perguntar a algum deles por que batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria:

“Não sei… Mas as coisas sempre foram assim por aqui…”

Devemos pensar no que estamos fazendo o tempo todo, seja no lançamento de uma informação em um sistema, seja numa ligação telefônica que atendemos, pois, por sermos do jurídico, a cada momento que somos consultados é como se déssemos um parecer.

E que parecer você está emitindo todos os dias?

De que pensa no que faz e faz bem feito?

Que simplesmente age como se tudo fosse perfeito e não muda nada?

Mudar por mudar igualmente é burrice. Agora, não estar aberto para pensar diferente é debilidade, penso eu.

E você, o que pensa da mudança?

#Ficaareflexão

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Artigo escrito por Gustavo Rocha

Sócio da GestãoAdvBr – Consultoria em Gestão e Tecnologia Estratégicas

Sócio da Bruke Investimentos

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Como citar e referenciar este artigo:
ROCHA, Gustavo. Sempre foi assim, não é mesmo?. Florianópolis: Portal Jurídico Investidura, 2013. Disponível em: https://investidura.com.br/colunas/gestao-tecnologia-e-qualidade-para-o-direito/sempre-foi-assim-nao-e-mesmo/ Acesso em: 22 dez. 2024