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Ninguém cresce sozinho

Ninguém cresce sozinho

 

 

Gustavo Rocha *

 

 

Quando alguns vêem escritórios bem-sucedidos logo pensam: O sócio-presidente foi um ícone, o único ser pensante e decisor do escritório. Se não fosse por ele, nada teria acontecido.

 

Em fato, a garra, determinação, iniciativa e sobretudo coragem, são e foram fatores decisivos para o sucesso do escritório.

 

Contudo, lembre-se: NINGUÉM CRESCE SOZINHO!

 

Um exemplo clássico: Um advogado teve a ideia de abrir um escritório. No início foi difícil, poucas ações, pouca verba… Com o tempo, profissionalismo e ideiais o advogado começou a crescer. Qual foi a sua primeira atitude? Contratar uma secretária. Sem muito critério – na maioria das vezes – contrata uma pessoa apresentável e “boazinha”. Pronto, já tem o primeiro funcionário.

 

Mais um tempo passa e a necessidade de demanda cresce, então o advogado resolve contratar um estagiário. Já são dois funcionários…

 

Agora vamos a parte prática: Antes, quando alguém ligava para o escritório, era atendido pelo advogado, que com todo seu interesse, conhecimento e vontade, dava tudo de si para resolver os problemas dos clientes. Agora, quem atende é a sua secretária. Será que ela age da mesma forma?

 

E os processos? Antes, desde uma petição de andamento até o recurso especial, tudo era com o advogado. Agora, algumas petições e análises são feitas pelo estagiário. E a qualidade? Será que a visão do processo é a mesma?

 

Em momento algum se questiona a necessidade da contratação.

 

Mas, devemos pensar na forma de contratar. O auxílio de um psicólogo pode ser fundamental nestes casos. Análise de perfil, conduta, conhecimento… São informações preciosas na contratação.

 

Mesmo com auxílio profissional, outro item fundamental é o monitoramento. Não deixe o seu escritório nas mãos das pessoas. Contrate, delegue o poder, mas sempre centralize a informação!

 

O advogado não precisa atender, fazer uma petição de juntada e ir ao fórum sempre, mas precisa saber se quem faz estas tarefas faz de maneira condizente a sua conduta.

 

Como monitorar?

 

Uma forma simples, direta e objetiva: criar indicadores. Afinal, o que são indicadores?

 

São mecanismos criados para transformar números em informação.

 

Por exemplo: Uma lista de todos os clientes que foram antendidos novos no espaço de um mês. Quantos ficaram? Quantos precisaram voltar para trazer documentos? Quantos não ficaram?

 

Depois de 30 dias, 60 dias, 90 dias, basta pegar estes números e analisar: estamos com crescimento de clientes? Nossos clientes tem ficado no escritório ou não?

 

Este tipo de indicador pode ser feito via sistema de controle de processos (cada sistema tem uma forma variada de fazer isto) e/ou via planilha excel…

 

Sempre podemos criar indicadores nas mais variadas formas e processos internos do escritório. Isto fará com que o advogado possa analisar o que realmente está acontecendo no seu escritório em crescimento.

 

Lembre-se: Ninguém cresce sozinho, mas monitorar e saber intimamente do seu negócio é parte do sucesso!!!

 

* Diretor da Gestão.Adv.br

 

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Como citar e referenciar este artigo:
, Gustavo Rocha. Ninguém cresce sozinho. Florianópolis: Portal Jurídico Investidura, 2009. Disponível em: https://investidura.com.br/colunas/gestao-tecnologia-e-qualidade-para-o-direito/ninguem-cresce-sozinho/ Acesso em: 20 abr. 2025