“Controle o seu destino ou alguém o controlará“. (Jack Welch)
As idéias sobre a inserção da certificação em uma empresa surgem num marco de uma nova diáspora, onde as atenções encontram-se voltadas para a sobrevivência e solidez tanto no mercado nacional, quanto no mercado internacional. O registro das mudanças e transformações advém de uma visão estratégica, assumindo forças na sua concepção em uma dimensão midiática.
Vale lembrar que a certificação da qualidade nada mais é do que o reconhecimento realizado por uma entidade acreditadora externa, que verificará de forma séria e transparente a conformidade do sistema da qualidade da empresa, observando em detalhes todo o referencial normativo para tal certificação.
Ademais, é notório perceber que a empresa que preza pela certificação, preza também pela qualidade em seus processos, produtos e/ou serviços prestados; por conseguinte, atua no mercado fazendo o diferencial e se destacando com certa credibilidade. Sendo assim, se torna mais competitiva e ganha mais e mais “fatias” no mercado.
Desta feita, pode-se dizer que a certificação é sinônima de reconhecimento e de qualidade. A implantação dos programas de qualidade em uma empresa, demonstra de forma transparente a real preocupação com a melhoria contínua, eficiência, eficácia e qualidade.
Como é sabido, para alcançar a certificação, a empresa é submetida a uma auditoria interna, que faz uma avaliação em todo seu processo interno de trabalho, sendo esta de grande valia para o gestor. Através desta auditoria poderão ser detectadas algumas e/ou inúmeras distorções, que uma vez corrigidas, trarão inúmeros benefícios à empresa, tais como: agregação de valor à marca, maximização da produtividade, minimização de custo e tempo, melhoria da imagem da empresa perante o mercado, satisfação dos clientes internos e externos, maior confiança dos clientes internos e externos, melhoria da gestão e processos internos, melhoria da competitividade e de todo desempenho operacional, além de criar e manter uma cultura voltada para a qualidade, vindo consolidar a imagem e a presença da marca no mercado, facilitando o comércio interno e no exterior, possibilitando então o incremento das exportações.
Destarte, cabe ressaltar que o reconhecimento, advindo de uma equipe externa de auditores à empresa, reconhece que o produto e/ou serviço teve, tem e continuará tendo qualidade, garantindo vantagens competitivas, corroborando para que a empresa se destaque no mercado.
Neste diapasão, é importante perceber que em todo o processo a empresa é vista e concebida como um ser vivo, onde todos os departamentos deverão trabalhar de forma interligada, interagida e inter-relacionada, e através da dedicação, envolvimento e comprometimento, somar forças, conhecimentos, habilidades e talentos, em prol da qualidade , para assim informar, proteger e atender a satisfação e necessidades dos clientes, buscando de forma contínua a melhoria da qualidade, propiciando assim, uma justa concorrência.
Vê-se, pois, que através da visão estratégica, a empresa conseguirá assegurar não somente a completa satisfação do cliente, mas garantirá a continuidade de seus produtos e/ou serviços, pois, ainda que haja alguns entraves em meio a um mercado de difícil sobrevivência, conseguirá cada vez mais expandir os seus negócios através da responsabilidade, ética, transparência e dedicação.
Cumpre registrar que a certificação assegurará que a empresa certificada dispõe e pratica um sistema de garantia da qualidade, endossando que produtos e/ou serviços desta empresa estão sempre em conformidade com as normas técnicas e regulamentos pré-estabelecidos; assim, propicia um adequado grau de confiança, uma vez que o produto/serviço é devidamente acompanhado e avaliado por uma equipe de auditores.
Somados a isso, torna-se de suma importância o gestor perceber que, através do ciclo do PDCA- (Plan– Planejar, Do-Fazer, Check-Verificar e Act- Agir), ou Ciclo de Shewhart, a empresa irá planejar, definindo indicadores, metas e métodos para alcançar a certificação. Igualmente executará todo o seu trabalho em conformidade com as normas técnicas pré-estabelecidas, checando, monitorando e verificando todo o desempenho dos processos. Tem essa estratégia em função dos resultados alcançados, fazendo girar novamente o ciclo do PDCA realizando um novo planejamento, com o intuito de realizar a adequação da política da qualidade, preocupando-se com a prática da gestão em prol das oportunidades para melhoria do desempenho e para o alcance e manutenção da certificação.
Neste contexto é importante todo gestor enxergar que através de uma visão sistêmica, a gestão irá desenvolver todo o seu trabalho mantendo o foco no cliente. Além disso, deverá se preocupar com o processo, e de maneira sempre atenta no que tange a avaliação, fazendo medição, análise de registros da qualidade e monitoramento de indicadores, atuando de forma preventiva e corretiva, prezando sempre pela melhoria contínua da qualidade de seus produtos e/ou serviços.
Por fim, é de grande valia enxergar que, no tocante a certificação, é inegável o valor desse “título” para que a empresa permaneça não somente sólida no mercado, mas galgue altos “vôos”; assim, conclui-se que as certificações não são mais diferenciais e sim pré-requisitos para a solidez e crescimento da empresa.
18/10/2008
Marizete Furbino, com formação em Pedagogia e Administração pela UNILESTE-MG, especialização em Empreendedorismo, Marketing e Finanças pelo UNILESTE-MG. É Administradora, Consultora de Empresa e Professora Universitária no Vale do Aço/MG.
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