Em fevereiro, desocupação foi de 5,7%
A taxa de desocupação foi estimada em 5,7%, a menor para o mês de fevereiro desde o início da série (março de 2002), e não variando em relação ao
resultado apurado em janeiro (5,5%). Em comparação a fevereiro de 2011 (6,4%), recuou 0,7 ponto percentual. A população desocupada (1,4 milhão de
pessoas) foi considerada estável no confronto com janeiro. Quando comparada com fevereiro do ano passado, recuou 8,6% (menos 130 mil pessoas). A
população ocupada (22,6 milhões) não variou frente ao mês de janeiro. No confronto com fevereiro de 2011, verificou-se aumento de 1,9%, o que
representou elevação de 428 mil ocupados no intervalo de 12 meses. O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado (11,2 milhões) não
registrou variação na comparação com janeiro. Na comparação anual, houve uma elevação de 5,4%, o que representou um adicional de 578 mil postos de
trabalho com carteira assinada em um ano.
O rendimento médio real habitual dos ocupados (R$ 1.699,70, o valor mais alto desde o início da série, em março de 2002) subiu 1,2% em comparação com
janeiro. Frente a fevereiro do ano passado, o poder de compra dos ocupados cresceu 4,4%. A massa de rendimento real habitual dos ocupados (R$ 38,7
bilhões) aumentou 1,6% em relação a janeiro. Em comparação com fevereiro de 2011, a massa cresceu 5,8%. A massa de rendimento real efetivo dos ocupados
(R$ 47,1 bilhões), estimada em janeiro de 2012, caiu 0,7% no mês e subiu 29,6% no período de um ano.
A Pesquisa Mensal de Emprego é realizada nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.
Taxa de desocupação registra declínio em três regiões em relação a janeiro
Regionalmente, na análise mensal, a taxa de desocupação (proporção de pessoas desocupadas em relação à população economicamente ativa, que é formada
pelos contingentes de ocupados e desocupados) registrou variação significativa somente em São Paulo, onde passou de 5,5% para 6,1%. Frente a fevereiro
do ano passado, a taxa registrou declínio em Recife, Salvador e Belo Horizonte (2,7, 2,5 e 1,6 pontos percentuais, respectivamente). No Rio de Janeiro,
subiu 0,8 ponto percentual (passou de 4,9% para 5,7%) e manteve-se estável em São Paulo e em Porto Alegre.
O contingente de desocupados (pessoas sem trabalho que estão tentando se inserir no mercado) foi estimado em 1,4 milhão de pessoas no agregado das seis
regiões investigadas, resultado considerado estável em relação a janeiro último. Quando comparado com fevereiro de 2011, esta estimativa recuou 8,6%
(menos 130 mil).
A análise regional mostrou que, em relação ao mês de janeiro, o contingente de desocupados cresceu 12,5% em São Paulo e ficou estável nas demais
regiões pesquisadas. No confronto com fevereiro do ano passado, verificou-se queda expressiva no número de desocupados em Recife (32,1%), Salvador
(25,2%) e Belo Horizonte (24,4%). Foi observada elevação de 18,0% nessa estimativa no Rio de Janeiro e estabilidade em São Paulo e Porto Alegre.
Nível da ocupação fica em 53,6%
O nível da ocupação (proporção de pessoas ocupadas em relação às pessoas em idade ativa), estimado em fevereiro de 2012, em 53,6%, para o total das
seis regiões, não assinalou variação significativa nas comparações com janeiro último e frente a fevereiro de 2011. Regionalmente, na comparação
mensal, todas as regiões mantiveram-se estáveis. Frente a fevereiro do ano passado, Recife e Belo Horizonte apresentaram alta, (2,6 e 1,2 ponto
percentual, nesta ordem).
Analisando-se o contingente de ocupados, segundo os grupamentos de atividade econômica, de janeiro para fevereiro de 2012, não foi observada variação
significativa em nenhum dos grupamentos. No confronto com fevereiro de 2011, ocorreram variações positivas nos Serviços prestados a empresas, aluguéis,
atividades imobiliárias e intermediação financeira, alta de 4,6% (163 mil pessoas) e na Educação, saúde e administração pública, alta de 3,7% (129 mil
pessoas).
Na comparação anual, rendimento médio aumenta em cinco das seis regiões
Na análise regional, o rendimento médio real habitual dos trabalhadores em relação a janeiro caiu em Recife (5,5%), Salvador (2,4%), Belo Horizonte
(1,7%) e Porto Alegre (2,4%). Cresceu no Rio de Janeiro (3,7%) e em São Paulo (2,6%). Na comparação com fevereiro de 2011, o rendimento subiu em Recife
(6,7%), Salvador (18,6%), Belo Horizonte (7,0%), Rio de Janeiro (0,4%) e São Paulo (5,4%). Apresentou declínio em Porto Alegre (2,4%).
Na classificação por grupamentos de atividade, foram verificadas variações positivas, na comparação com janeiro, em todos os grupos (exceto na
Educação, que permaneceu estável), destacando-se a Indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água, com 2,2% de
crescimento. Na comparação anual, apenas os Serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira tiveram queda,
de 1,6%.
Já na classificação por categorias de posição na ocupação, houve redução no rendimento médio real habitualmente recebido, em comparação com janeiro,
para os Militares e funcionários públicos (-3,6%):
Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.
* Ricardo Bergamini, Economista, formado em 1974 pela Faculdade Candido Mendes no Rio de Janeiro, com cursos de extensão em Engenharia Econômica pela
UFRJ, no período de 1974/1976, e MBA Executivo em Finanças pelo IBMEC/RJ, no período de1988/1989. Membro da área internacional do Lloyds Bank (Rio de
Janeiro e Citibank (Nova York e Rio de Janeiro). Exerceu diversos cargos executivos, na área financeira em empresas como Cosigua – Nuclebrás –
Multifrabril – IESA Desde de 1996 reside em Florianópolis onde atua como consultor de empresas e palestrante, assessorando empresas da região sul..
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