A rua Heitor Bittencourt é curtinha. Três quadras que levam ao mar de Canasvieiras, na Ilha da Magia (Florianópolis, SC).
Belo, exuberante, convidativo!
Além de gente, essa ruazinha também leva à praia veículos que transportam caiaques e barcos, os produtos de venda nas barracas e bares da praia…
Deveria ser melhor cuidada; mas não é…
A COMCAP – Companhia Melhoramentos da Capital – empresa que é regiamente paga para recolher o lixo da Ilha da Magia – elegeu a esquina da Heitor
Bittencourt (com o mar) como depósito temporário de parte do lixo recolhido na praia. Sobre a calçada do Edifício Costa Nativa. Ou seja, transformou
a esquina numa estação de transbordo improvisada.
E o que ocorre? Sacos com o lixo recolhido na areia da praia ficam ali, gerando mau cheiro e chorume – aquele líquido preto com alto teor poluente.
E este chorume escorre para a areia e o mar.
Com a ausência de coleta no feriadão da Páscoa, a ‘estação de transbordo’ ficou cheia, como podem observar nas imagens feitas hoje pela manhã
(09/04/2012).
A equipe da COMCAP que efetua a coleta na praia é eficiente. Trabalhadores simpáticos, atenciosos e que cumprem o seu dever. Conversei com eles e me
disseram que recebem ordens de empilhar o lixo naquela esquina. Além disso, é a única rua desse canto da praia que permite a passagem do veículo por
eles utilizado.
Acostumados com essa situação, os demais usuários – moradores e turistas – da rua vão deixando seu lixo por ali, num terreno baldio que ali existe…
Ou seja, estão ampliando a ‘estação de transbordo’.
Sei que não adianta falar de crime ambiental num lugar com Fiscalização Zero; numa cidade cujo patrimônio natural está sendo destruído a cada ano.
Mas isso é mais um dos tantos crimes ambientais praticados por aqui e que envolve questões de higiene e de saúde pública…
Até quando seremos coniventes com isso?