Economia

Pesquisa Mensal de Comércio – Fonte IBGE – Base: Outubro de 2011

Vendas no varejo tiveram variação nula em outubro

O comércio varejista não apresentou variação em outubro na comparação com o mês anterior, na série com ajuste sazonal, tanto para o volume de vendas
quanto para a receita nominal (0%). Isso interrompe uma seqüência de 20 meses de resultados positivos da série da receita nominal. Nas demais
comparações, obtidas das séries sem ajuste sazonal, o varejo registrou, em termos de volume de vendas, acréscimos de 4,3% sobre outubro de 2010, de
6,7% no acumulado dos dez primeiros meses do ano e de 7,3% no acumulado em 12 meses. Para os mesmos indicadores, a receita nominal variou 8,8%, 11,8% e
de 12,4%, respectivamente.

Entre as atividades, seis têm variação negativa

Para o volume de vendas com ajuste sazonal, quatro atividades tiveram variações positivas e seis variaram negativamente: equipamentos e material para
escritório, informática e comunicação (3,6%); livros, jornais, revistas e papelaria (2,7%); móveis e eletrodomésticos (1,1%); combustíveis e
lubrificantes (0,6%); material de construção (-0,1%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,2%); hipermercados, supermercados, produtos
alimentícios, bebidas e fumo (-0,2%); tecidos, vestuário e calçados (-1,0%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos
(-1,8%); e veículos e motos, partes e peças (-2,8%).

Já na relação outubro11/outubro10 (série sem ajuste), seis das oito atividades do varejo obtiveram aumentos no volume de vendas: 13,3% para móveis e
eletrodomésticos; 2,3% para hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; 28,8% para equipamentos e materiais para escritório,
informática e comunicação; 8,0% para artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria; 4,7% em livros, jornais, revistas e papelaria; 0,4%
em outros artigos de uso pessoal e doméstico; -0,8% em combustíveis e lubrificantes e –2,2% em tecidos, vestuário e calçados.

Móveis e eletrodomésticos, com aumento de 13,3% no volume de vendas em relação a outubro do ano passado, proporcionou o maior impacto na formação da
taxa do varejo (54%). Esse resultado é atribuído à manutenção do crédito, à redução de preços dos eletroeletrônicos (-5,2% no subgrupo aparelhos
eletroeletrônicos do IPCA), e à trajetória positiva da massa de rendimentos real habitual dos assalariados. Em termos acumulados, o segmento assinala
expansão de 17,3% para os dez primeiros meses do ano, sobre igual período de 2010, e de 17,7% para os últimos 12 meses.

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo,com variação de 2,3% no volume de vendas, em outubro, sobre igual mês do ano
anterior, foi responsável pela segunda maior contribuição à taxa global do varejo (25%). Esse resultado se justifica pelo aumento do poder de compra da
população, decorrente do crescimento da massa de rendimento. Os resultados da atividade em termos de acumulados nos dez primeiros meses do ano e nos
últimos 12 meses foram de 3,8% e 4,1%, respectivamente.

Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, responsável pela terceira maior contribuição na formação da taxa global, obteve
acréscimo no volume de vendas, em outubro, da ordem de 28,8% sobre igual mês do ano anterior, e taxas acumuladas no ano de 16,4% e, nos últimos 12
meses, de 18,0%. A queda dos preços dos produtos do setor, como os microcomputadores e aparelhos telefônicos (-13,5% e –11,2% nos últimos 12 meses,
respectivamente – segundo o IPCA), aliada às condições favoráveis de crédito e renda, explica tal desempenho.

Varejo ampliado cai -0,4% em outubro

O comércio varejista ampliado registrou variações em relação ao mês anterior de –0,4% para o volume de vendas e de –0,6% para a receita nominal, ambas
as taxas com ajustamento sazonal. Comparado com o mesmo mês do ano anterior (sem ajuste sazonal), as variações foram de 1,6% para o volume de vendas e
de 4,6% para a receita nominal. No acumulado do ano e dos últimos 12 meses, o setor apresentou taxa de variação de 7,3% e 8,8%, respectivamente, para o
volume de vendas. Para a receita nominal, as variações foram de 10,3% e 11,8%, respectivamente.

No que tange ao volume de vendas, a atividade de veículos, motos, partes e peças registrou queda de –4,0% em relação a outubro de 2010. Esta variação
negativa expressa a redução do ritmo da atividade econômica, bem como as medidas específicas voltadas para o setor, como por exemplo o aumento do IPI
para os veículos importados. No acumulando do ano e dos últimos doze meses variações foram da ordem de 8,0% e 11,1%, respectivamente.

Quanto a material de construção, as variações foram de 6,8% na relação outubro11/outubro10, de 9,9% no acumulado do ano e de 10,9% nos últimos 12
meses. Vale observar que o financiamento para aquisição e construção de moradias vem se mantendo como a modalidade de crédito de crescimento mais
intenso, segundo o Banco Central do Brasil (46,9% em 12 meses).

24 estados registraram crescimento na comparação com outubro de 2010

Na comparação com outubro de 2010, 24 unidades da federação tiveram resultados positivos, sendo as taxas mais significativas observadas em Tocantins
(15,7%); Paraíba (10,3%); Ceará (8,2%); Minas Gerais (7,2%) e Pará (6,8%). Quanto às variações negativas, as taxas foram de: -2,5 no Acre; -2,3% em
Sergipe e -0,9% em Mato Grosso. Quanto à participação na composição da taxa do comércio varejista, destacaram-se São Paulo (4,7%), Minas Gerais (7,2%),
Paraná (6,0%), Rio de Janeiro (2,7%) e Rio Grande do Sul (2,4%).

Em relação ao varejo ampliado, as maiores taxas de desempenho no volume de vendas ocorreram em Roraima (8,9%), Maranhão (5,8%), Tocantins (5,6%),
Rondônia (5,2%), Ceará (5,1%) e Pará (4,6%). Em termos de impacto no resultado global do setor, os destaques foram os estados de São Paulo (1,8%),
Minas Gerais (4,2%), Santa Catarina (3,0%), Ceará (5,1%) e Rio Grande do Sul (1,3%).

Ainda por unidades da federação, os resultados com ajuste sazonal para o volume de vendas apontam 14 dos 27 estados com variação positiva, na
comparação mês/mês anterior, sendo os destaques: Mato Grosso do sul (3,7%), Distrito Federal (1,6%) e Minas Gerais (0,9%). Dos negativos, as maiores
quedas ocorreram em Roraima (-5,4%), Acre (-4,8%), Alagoas (-1,6%) e Rio de Janeiro (-1,2%).

Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.

* Ricardo Bergamini, Economista, formado em 1974 pela Faculdade Candido Mendes no Rio de Janeiro, com cursos de extensão em Engenharia Econômica pela
UFRJ, no período de 1974/1976, e MBA Executivo em Finanças pelo IBMEC/RJ, no período de1988/1989. Membro da área internacional do Lloyds Bank (Rio de
Janeiro e Citibank (Nova York e Rio de Janeiro). Exerceu diversos cargos executivos, na área financeira em empresas como Cosigua – Nuclebrás –
Multifrabril – IESA Desde de 1996 reside em Florianópolis onde atua como consultor de empresas e palestrante, assessorando empresas da região sul..
Site: http://paginas.terra.com.br/noticias/ricardobergamini* Ricardo Bergamini, Economista, formado em 1974 pela Faculdade Candido Mendes no Rio de
Janeiro, com cursos de extensão em Engenharia Econômica pela UFRJ, no período de 1974/1976, e MBA Executivo em Finanças pelo IBMEC/RJ, no período
de1988/1989. Membro da área internacional do Lloyds Bank (Rio de Janeiro e Citibank (Nova York e Rio de Janeiro). Exerceu diversos cargos executivos,
na área financeira em empresas como Cosigua – Nuclebrás – Multifrabril – IESA Desde de 1996 reside em Florianópolis onde atua como consultor de
empresas e palestrante, assessorando empresas da região sul.

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Como citar e referenciar este artigo:
BERGAMINI, Ricardo. Pesquisa Mensal de Comércio – Fonte IBGE – Base: Outubro de 2011. Florianópolis: Portal Jurídico Investidura, 2012. Disponível em: https://investidura.com.br/artigos/economia/pesquisa-mensal-de-comercio-fonte-ibge-base-outubro-de-2011/ Acesso em: 22 nov. 2024