Em pronunciamento nesta quarta-feira (30), o senador Armando Monteiro (PTB-PE) disse que a agenda política pública na área social está restrita à falta de visão e generosidade do setor público em proporcionar saúde, segurança, educação, previdência social e uma política de renda de boa qualidade à população.
Embora tenha ressaltado que cada um desses setores possui característica própria e exige foco específico, Armando Monteiro disse que é inquietante o ponto que os une: a contradição entre a demanda crescente da população e as limitações legais e financeiras do setor público.
Na avaliação de Armando Monteiro, a obra recente ‘Brasil, a nova agenda social‘, dos economistas Edmar Bacha e Simon Schwartzman, serve para comprovar que os enfoques simplistas são insuficientes na busca de soluções para uma moderna agenda social.
Armando Monteiro disse ainda que merece análise cuidadosa o resultado do Censo de 2010, que, segundo ele, reproduz de forma minuciosa o novo perfil da sociedade brasileira. Para o senador, o avanço social havido nos últimos anos levaram a um aumento do consumo, mas não necessariamente à melhoria da qualidade de vida da população.
– Basta avaliar o resultado pela ótica da infraestrutura, saneamento, educação e saúde à disposição das pessoas – afirmou.
O senador observou ainda que o Brasil envelhece, processo que traz no seu bojo a elevação dos custos de assistência, enquanto se reduz a participação da população no mercado de trabalho.
– Há um passivo de séculos de falta de instrução e civilidade. Temos aí uma ótima oportunidade para as lideranças do Senado acolherem de forma produtiva esse debate. Oposição e governo devem trabalhar de forma isenta de paixões – afirmou o senador, observando que a presente crise financeira internacional também impõe riscos ao crescimento do país.
Fonte: Senado
