03 de janeiro de 2010
Os leitores haverão de recordar do
meu artigo sobre a “apresentação” da candidatíssima Marina Silva ao público da
revista TPM, destinadas a mulheres ricas e chiques. Ela continua seu esforço de
se mostrar para os membros das classes superiores, agora tendo como veículo o
último número da revista dos banqueiros esquerdistas, a Piauí, cujo público é a
esquerda sofisticada como seus próprios donos. Candidata a que mesmo? A dar
crédito a Diogo Mainardi, em Veja, a vice de José Serra (A chapa cabocla).
Talvez isso explique o grande esforço publicitário e dinheiro abundante para
isso. Ou à própria Presidência da República, ela que é o Plano “B” das
esquerdas radicais no caso de Dilma fracassar pelo PT. O fato é que a sucessão
passará pelo nome da ex-seringueira e senadora pelo Acre, de um jeito ou de
outro.
Eu li, como sempre, a excelente
matéria da revista, assinada por Daniela Pinheiro e perguntei-me: quem é Marina
Silva? Qual o seu conteúdo intrínseco? O que a torna um nome presidenciável? Li
e reli. Deparei-me com um conjunto vazio, uma mulher de história banal cujas
qualidades são falsas qualidades: ter sido militante esquerdista a vida toda,
ter se ligado ao esquerdista Chico Mendes, ao PT, ser militante ecológica
xiita. A única coisa de mais concreto que possui é o mandato de senadora, que a
alçou ao ministério do Meio Ambiente de Lula, onde atrasou todas as licenças
para construção de hidrelétricas, no período crítico em que o país estava sob
ameaça de escassez de energia. E mandou prender 700 pessoas por supostos crimes
ambientais. E uma conversão a uma igreja neopentecostal, reduto da mentalidade
evangélica mais boçal.
Marina Silva é um conjunto vazio que
pleiteia a Presidência da República. Depois do apedeuta Lula seria uma
apoteose, o caminho para o desastre, vê-la no Palácio do Planalto. Por detrás
das saias da senadora estão os radicais esquerdistas do Psol e todos os
radicais ecologistas das ongs, que imaginam a perfeição do mundo como a
implantação das imagens do filme Avatar, tornando o Brasil uma grande floresta
e seu povo uma tribo de silvícolas aborígenes. O Brasil teria, em um governo
seu, saudades dos delírios e dos palavrões de Lula.
Tentei pinçar alguma coisa de
substantivo da longa narrativa de Daniela Pinheiro. Não tem, porque a
personagem é um conjunto vazio. Sua vida agora está ornada pela rotina
burocrática de candidata, mas continua sendo um conjunto vazio, um nada
portador de um mandato. Valha-nos Deus! Se ela vier a compor a chapa de José
Serra, como informou Mainardi, é porque está tudo dominado mesmo. O Brasil
caminhará para a entropia inapelável.
* José Nivaldo Cordeiro, Executivo, nascido no Ceará. Reside
atualmente em São Paulo. Declaradamente liberal, é um respeitado crítico das
idéias coletivistas. É um dos mais relevantes articulistas nacionais do
momento, escrevendo artigos diários para diversos jornais e sites nacionais. É
Diretor da ANL – Associação Nacional de Livrarias.