Recentemente escrevi sobre pagamento por aproximação e suas nuances de segurança (acesse aqui). Mas além das reflexões lá esboçadas, há mais para ampliar o debate.
De um lado temos aquelas pessoas que amam tecnologia, que querem estar na crista da onda, sempre focadas no que está acontecendo. De outra banda, temos aqueles que tem até um certo medo da tecnologia, queriam que tudo ficasse como está ou como era antigamente.
E ambos os times têm situações que podem trazer riscos e preocupações.
Para o time high technology, fundamental que ao buscar a nova tecnologia se cerque de segurança, e principalmente entenda o que a tecnologia está oferecendo.
A exemplo disto, temos pessoas que sequer sabem o que um determinado dispositivo faz, mas querem ter em casa, no bolso ou no pulso. Pagam caro pela tecnologia, mas usam efetivamente menos de 20% da mesma. E por não compreenderem a tecnologia de forma plena, acabam criando brechas de segurança no seu próprio uso.
O leitor já revisou suas configurações de privacidade no celular, nas redes sociais ou em saites que frequenta? Pois irá se apavorar com as permissões que eles tm sobre os seus dados.
E para aqueles que estão lendo e rindo dizendo que o passado era bom e que a tecnologia é o problema, o cuidado deve ser redobrado.
Você sempre pode fazer escolhas. Por exemplo, pedir ao seu banco um cartão sem sistema de aproximação. Pode usar o celular apenas para ligações e ignorar redes sociais, mensageiros e outros. É uma escolha sua.
Entretanto, lembre-se que estas preferências e opções também deixam mais distante dos benefícios da tecnologia. Ao não atualizar seus aplicativos no celular por exemplo, o usuário está mais sujeito a invasões e ataques. Por não mudar de senhas com periodicidade, tem mais risco de vazamento das mesmas. Enfim, por não dominar a tecnologia ou pelo menos o básico dela, você amplia seus riscos, tanto quanto aquele que usa a tecnologia e a desconhece.
O segredo, como diria Mario Quintana, “não é correr atrás das borboletas, mas cuidar do jardim, para que elas venham”.
Não precisamos correr atrás da tecnologia, mas cuidar do nosso conhecimento para que ao ter a mesma saber o que fazer com ela.
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