No dia 12 de Outubro comemoramos o famoso dia das crianças, sendo um feriado nacional por ser dia da padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida.
Ao pensarmos em uma criança, temos uma imagem bucólica, sentimental e feliz em nossas mentes. Traduzindo em palavras, podemos citar algumas: Felicidade, novidade, persistência, vida e crença, entre outras.
Vamos debater um pouco destes conceitos:
Parece que não temos esta palavra no mundo empresarial, mas justamente ela é um grande diferencial.
Ter alegria faz com que o mundo ao teu redor também tenha alegria.
Estar de bem com a vida faz com que o seu atendimento ao cliente seja uma experiência única.
Ver uma criança feliz não lhe deixa feliz? Seu cliente ao ver seu conhecimento, alegria e vontade em atendê-lo terá a mesma felicidade.
Novidade
Qual a criança que não gosta de uma novidade?
No universo empresarial deve ser o mesmo. Precisamos estar atentos ao que está mudando ao nosso redor. Os novos negócios emergem justamente destas observações.
Além disto, a tecnologia que muda a todo instante deve ser fonte de estudo e aprimoramento constante por parte do empresário. Estar preparado para a juventude é tão importante quanto o serviço/produto oferecido.
Persistência
Na maioria das vezes, as crianças não desistem fácil. Buscam o que querem com afinco, desejo e choro 😉
E você?
Tem persistência? Desiste fácil?
Deveria ter o mesmo desejo de conquista que uma criança tem: Primeiro, observe qual é o seu sonho, objetivo (um doce, por exemplo). Depois, busque atingi-lo de todas as formas que conhece tradicionalmente (peça aos pais, tente pegar). Se não funcionar, busque alternativas interessantes (chore, bata pé). Se mesmo assim não der, não se entregue, insista e seja persistente (tente argumentar que depois da salada quer o doce).
Não podemos deixar as novidades serem um problema e querer viver num mundo de passado. Precisamos viver com atualidade e com a sabedoria do passado e não pensar que a sabedoria só existe no passado.
Vida
A criança representa a continuidade da vida, não é?
E a sua empresa, representa a continuidade do quê?
Quando vimos uma pessoa, uma empresa, um conceito se forma em nossa mente. Se queremos ser reconhecidos por tecnologia, como não usar ao máximo a tecnologia? Se queremos ser reconhecidos como um escritório de advocacia empresarial, como não ser reconhecido pelas áreas que atuamos, ou seja, nossa expertise?
Para chegar neste patamar de reconhecimento, precisamos de tempo, conhecimento, dedicação, enfim, precisamos de todos os elementos que antes discorremos. Precisamos, enfim, de persistência, aliado ao bom trabalho prestado.
Quer ser a vida do seu cliente? Comece sendo a vida de você mesmo!
Crença
Pensando em ser criança, em evoluir de criança para adulto, refletindo em como esta mudança de maturidade e inteligência emocional deve ocorrer, brindo com algumas reflexões importantes que jamais sejam esquecidas.
Uma destas reflexões vem de Buda:
“Não acredite em algo simplesmente porque ouviu. Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito. Não acredite em algo simplesmente porque esta escrito em seus livros religiosos. Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade. Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração. Mas depois de muita análise e observação, se você vê que algo concorda com a razão, e que conduz ao bem e beneficio de todos, aceite-o e viva-o.”
A criança acredita em tudo que vê, escuta ou falam a ela. Ela não sabe ter filtros. Ela aceita tudo como verdadeiro. E você? Como lida com a realidade que vem da sua equipe? Com a realidade da empresa? Com a realidade do dia a dia da sua família?
Parece simples, mas não é. Despir-se das realidades acumuladas ao longo dos anos e procurar encontrar a verdade para si mesmo é um desafio que apenas a maturidade traz.
De outro lado, ter a inocência do acreditar também é importante para o desenvolvimento dos filtros que a vida adulta nos ensina.
Khalil Gibran nos ensina com maestria sobre filhos:
“Uma mulher que carregava o filho nos braços disse:
‘Fala-nos dos filhos’.
E o profeta falou:
Vossos filhos não são vossos filhos. São os filhos da vida por si mesma.
Vêm através de vós, mas não de vós. E embora vivam convosco, não vos pertencem.
Podeis outorgar-lhes vosso amor,mas não vossos pensamentos,porque eles têm seus próprios pensamentos.
Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas;pois suas almas moram na mansão do amanhã,que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho.
Podeis esforçar-vos por ser como eles, mas não procureis fazê-los como vós,
porque a vida não anda para trás e não se demora com os dias passados.
Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas.
O Arqueiro mira o alvo na senda do infinito e o estica com toda a sua forçapara que suas flechas se projetem, rápidas e para longe.
Que vosso encurvamento na mão de Arqueiro seja vossa alegria.
Pois assim como o Arqueiro ama a flecha que voa,ama também o arco que permanece estável.”
Quantas vezes vislumbramos líderes carregando subordinados como filhos? Não compreendendo que para eles crescerem e se desenvolverem precisam estar livres? Desligados, desplugados, desconectados do arco? O líder deve e pode ensinar, dar a direção do alvo, contudo a flecha deve resistir ao ensinamento, aprender com o vento, superar a gravidade e os obstáculos para atingir seus objetivos.
Tratar colegas ou subordinados como filhos é mais do que um erro, é uma forma de infantilizar a relação com eles.
Enfim,
As reflexões que posso fazer para uma criança, que seja a minha interior, é de buscar em si mesma as respostas para as dúvidas que surgem, baseadas naquilo que ela já aprendeu, com os erros dos outros e mais, tirando conclusões pelos seus próprios erros e acertos, posto que somos flecha lançadas por nossos pais para atingir nossos objetivos neste mundo.
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Artigo escrito por Gustavo Rocha
Sócio da GestãoAdvBr – Consultoria em Gestão e Tecnologia Estratégicas
Sócio da Bruke Investimentos
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* Artigo baseado noutros artigos do mesmo autor