Economia

Pesquisa Anual de Serviços – Fonte IBGE – Ano base – 2007

 

 

Setor de serviços mostra crescimento nas ocupações com baixa remuneração

 

De 2003 para 2007, o número de trabalhadores no setor de serviços não financeiros aumentou de 6,4 milhões para 8,7 milhões e a massa salarial de R$ 61,0 bilhões para R$ 106,8 bilhões. Já o salário médio do trabalhador caiu de 3,2 para 2,5 salários mínimos mensais, e o total de gastos com pessoal1 passou de 51,8% para 47,4% do valor adicionado nas atividades do setor. Nesses quatro anos, os serviços de limpeza, serviços de alimentação e transporte rodoviário destacaram-se no crescimento de postos de trabalho. O número de trabalhadores nos serviços de limpeza foi o que mais cresceu no total do setor, de 983.111 (15,4% do total) para 1,475. 083 (16,9%), e a massa salarial passou de R$ 6,3 bilhões (10,4%) para R$ 12,4 bilhões (11,7%). Em contrapartida, nessa atividade com intensiva mão-de-obra de baixa qualificação a média dos salários pagos ficou abaixo da média do setor (2,2 salários mínimos, em 2003, e 1,7 salários mínimos em 2007). No mesmo período, os Serviços de alimentação passaram de 14,9% do total das pessoas ocupadas (948 856) para 13,8% (1 204 380), com o salário médio mais baixo do setor (1,5 salários mínimos, em 2003, e 1, 4, em 2007). O número de trabalhadores no Transporte rodoviário cresceu de 944 mil pessoas (14,8%) para 1,2 milhões (14,4%) e a massa salarial subiu de R$ 9,1 bilhões (14,8%) para R$ 14,9 bilhões (14,0%).

 

As informações são da Pesquisa Anual de Serviços (PAS) do IBGE, que representa a principal fonte de dados sobre a estrutura dos serviços empresariais não financeiros no país, com detalhamento por unidade da federação, fornecendo informações sobre número de empresas, pessoal ocupado, salários, valor adicionado e receita operacional líquida. A PAS 2007 traz, também, uma análise específica sobre as emprego e salários nas empresas dos serviços para o total do Brasil, desagregando para cada atividade do setor, Grandes Regiões, agregando por agrupamentos de atividades, e Unidades da Federação, por total dos serviços. Os serviços e produtos de informação, que abrangem atividades relacionadas às novas tecnologias de comunicação e informação, foram destaque na pesquisa gerando cerca de R$ 150,5 bilhões, o que equivale a 56,3% da receita operacional líquida do total das atividades que integram o Suplemento Produtos e Serviços da PAS. Em 2006, esse setor representou 56,5% da receita operacional líquida do total das atividades pesquisadas.

 

Dentre as atividades dos serviços, os maiores salários médios foram encontrados nos setores com baixa participação no total de ocupados. Em 2003, o topo salarial estava na atividade de agências de notícias e serviços de jornalismo (15,4 salários mínimos), que também era a atividade com menor participação na massa salarial dos serviços. Já em 2007, o maior salário médio mensal ficou com Transporte aquaviário (9,0 salários mínimos). Os serviços de telecomunicações também se destacaram em relação ao salário médio, figurando em segundo lugar nos dois anos analisados (14,3 salários mínimos, em 2003, e 8, 7, em 2007). As menores remunerações médias, em ambos os anos, foram encontradas nos serviços de alimentação (1,5 salário mínimo, em 2003, e 1, 4, em 2007); os serviços de manutenção e reparação de objetos pessoais (1, 6, em 2003, e 1, 4, em 2007) e de veículos (1, 6, em 2003, e 1, 5, em 2007).

 

De 2003 para 20072, todas as atividades dos serviços, com exceção para os Serviços auxiliares da agricultura que possui média salarial baixa e cujo salário médio cresceu de 1,6 para 1,9 salários mínimos, registraram queda no salário médio. Os reajustes salariais nas atividades dos serviços foram, em média, inferiores aos efetuados no salário mínimo e a queda foi mais significativa nas atividades com remunerações mais altas, como nos casos das telecomunicações e das agências de notícias. A maior queda na remuneração média (15,4 salários mínimos, em 2003 e 7, 6, em 2007) ocorreu nas Agências de notícias e serviços de jornalismo, uma atividade com poucas empresas atuantes no mercado.

 

São Paulo absorve a maior parcela (36,5%) de trabalhadores dos serviços no país

 

Segundo a pesquisa do IBGE, a Região Sudeste continua sendo a responsável pela maior parcela dos salários, retiradas e outras remunerações e da população ocupada nos serviços. Esta Região ampliou a proporção que detinha da massa salarial, de 66,3%, em 2003 para 66,9%, em 2007. Em 2003, esta Região absorvia 59,2% do número de pessoas ocupadas nos serviços, aumentando para 61,0%, em 2007. As Regiões Sul e Nordeste, que juntas representavam 30,7% das pessoas ocupadas, em 2003 (1.960.023), reduziram sua participação para 29,3%, em 2007 (2.552.713). Em 2003, estas Regiões pagavam 24,6% dos salários (R$ 15,1 bilhões) deste segmento, passando para 24%, em 2007 (R$ 25,7 bilhões).

 

De 2003 a 2007, São Paulo absorveu a maior parcela do pessoal ocupado dos serviços no País (33,1% e 36,5%, respectivamente) e foi responsável pela maior parte dos salários, retiradas e outras remunerações (41,3% em 2003 e 42,6%, em 2007). Também em São Paulo foi observada a maior remuneração média em 2003, 4,0 salários mínimos ante uma média nacional de 3,2 salários mínimos e, em 2007, foi pago em média 3,0 salários mínimos frente à média do país de 2,5. O Distrito Federal, que chegou a média salarial de 3,8 salários mínimos, em 2003, também apresentou 3,0 salários mínimos, em 2007. Outros destaques ficaram por conta do com do Rio de Janeiro, que ocupou, nos dois anos, a segunda posição em relação ao pessoal ocupado (13,9%, em 2003, e 12,6%, em 2007) e à massa salarial (16,2%, em 2003, e 14,8%, em 2007) e ainda apresentou um dos maiores salários médios do setor, 3,8 salários mínimos, em 2003, e 3,0 em 2007. Minas Gerais ficou em terceiro lugar no tocante a participação no total de pessoal ocupado (10,3%, em 2003, e 9,8% em 2007) e no total de salários (7,5%, em 2003, e 8,0%, em 2007), embora sua média salarial (2,3 salários mínimos, em 2003, e 2, 1, em 2007) fosse inferior à média nacional dos serviços.

 

No outro extremo, os estados que responderam pela menor absorção de mão-de-obra e pela menor parcela dos salários, retiradas e outras remunerações dos serviços, em 2003 e 2007, pertencem à Região Norte (Acre, Roraima, Amapá e Tocantins). O Piauí, na Região Nordeste, registrou o menor salário médio dos serviços em 2003 (2,0 salários mínimos); em 2007, o menor valor ficou com Roraima (1,5 salário mínimo).

 

Serviços prestados às empresas foram responsáveis pelo maior número de trabalhadores em 2007

 

A Pesquisa Anual de Serviços3 traz também informações das empresas que atuam em sete segmentos: serviços prestados às famílias; serviços de informação; serviços prestados às empresas; transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio; atividades imobiliárias e de aluguel de bens móveis e imóveis; serviços de manutenção e reparação e outras atividades de serviços. Em 2007, atuavam no setor de serviços não-financeiros 1.001.922 empresas, que geraram R$ 580,6 bilhões de receita operacional líquida e R$ 326,2 bilhões de valor adicionado, empregaram 8,7 milhões pessoas, cujos salários, retiradas e outras remunerações totalizaram R$106,8 bilhões. No mesmo ano, os Serviços prestados às empresas foram responsáveis pela maior parcela dos salários e do pessoal ocupado, com uma soma de R$ 35 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações (32,5% do total) e um contingente de 3 191 mil trabalhadores (36,7%). Em seguida, o setor de Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio contribuíram com 27,1% da massa salarial (R$ 29,0 bilhões) e 21,9% das ocupações (1,  9 milhões).

 

Ainda segundo a pesquisa do IBGE, os Serviços prestados às famílias (Serviços de alojamento; Serviços de alimentação; Atividades recreativas e culturais; Serviços pessoais; e Atividades de ensino continuado) apresentaram o maior número de empresas: 327.107, que representa 32,6% do total. A participação do segmento dos Serviços prestados às empresas também merece destaque com 22,9% do total das empresas de serviços (228 958). O segmento de Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio obteve a maior parcela da receita operacional líquida do setor, R$ 165,6 bilhões (28,5%). Também destacaram-se os Serviços de informação, 27,9% (R$ 162,2 bilhões) e os Serviços prestados às empresas, 23,1% (R$ 133,7 bilhões). A receita destes três segmentos representou quase 80,0% da receita operacional líquida do setor de serviços em 2007.

 

As atividades dos Serviços prestados às empresas também obtiveram a maior participação no valor adicionado4, 30,0% do total (R$ 98,0 bilhões), o que mostra que geraram um valor bruto de produção elevado (R$ 133,9 bilhões) frente ao consumo intermediário (R$ 36,0 bilhões). Os Serviços de informação (24,3% do total ou R$ 79,3 bilhões) e os Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (23,5% do total ou R$ 76,6 bilhões) também se destacaram na adição de valor.

 

Em 2007, serviços prestados às famílias ocupavam, em média, 6 pessoas por empresa

 

 Nos Serviços prestados às famílias, predominaram empresas de pequeno e médio porte, que atuam em atividades destinadas ao consumidor final. Os Serviços de alimentação foram responsáveis pela maior parcela da receita, salários, pessoal ocupado e número de empresas. Em 2007, as 227 428 empresas desta atividade (69,5% do total) geraram R$ 34,5 bilhões em receita operacional líquida (64,0%), ocuparam 1,2 milhões de pessoas (64,2%) e pagaram R$ 8,2 bilhões (60,2%) em salários, retiradas e outras remunerações. No mesmo ano, os Serviços prestados às famílias ocupavam, em média, 6 pessoas por empresa. As empresas de alojamento apresentaram a maior média do segmento, 11 pessoas ocupadas por empresa.

 

Para os indicadores de salário médio mensal e produtividade, as atividades recreativas e culturais apresentaram resultados acima da média. Enquanto o salário médio mensal do segmento foi 1,5 salário mínimo, esta atividade pagou salário médio mensal de 1,8 salários mínimos e cada trabalhador adicionou R$ 27,5 mil, ante uma produtividade de R$ 15,2 mil para o total dos serviços prestados às famílias.

 

Em 2007, atividade de Telecomunicações é destaque nos Serviços de informação

 

 Nos Serviços de informação (Telecomunicações; Atividades de informática; Serviços audiovisuais; e Agências de notícias e serviços de jornalismo), a atividade de Telecomunicações, caracterizada por conter empresas de grande porte e intensivas em capital, foi responsável pela maior parcela da receita operacional líquida, R$ 100,8 bilhões (62,2%). Em relação ao total do segmento, a atividade de Telecomunicações apresentou indicadores mais elevados: em 2007, a média de pessoas ocupadas nos Serviços de informação, foi de 8 pessoas ocupadas por empresa; já na atividade de telecomunicações essa média subiu para 40. Cada trabalhador do segmento adicionou R$ 134,9 mil de valor, enquanto os trabalhadores das empresas de telecomunicações apresentaram produtividade média de R$ 423,8 mil. Os Serviços de Informação pagaram um salário médio mensal de 5,9 salários mínimos, ante uma remuneração média de 8,7 salários mínimos para a atividade de telecomunicações.

 

A Atividade de informática também se destacou com a maior proporção do número de empresas, pessoal ocupado e salários, retiradas e outras remunerações. Em 2007, esta atividade totalizou 82,5% (58 627) das empresas dos Serviços de informação, 62,5% do pessoal ocupado (367 619) e pagou 55,1% (R$ 9,2 bilhões) dos salários, retiradas e outras remunerações. As empresas de informática geraram, em 2007, R$ 38,5 bilhões de receita operacional líquida (23,8% do total).

 

 No período de 2006 e 2007, os Serviços de informação representaram 56,3% e 56,5%, respectivamente, da receita operacional líquida do total das atividades que integram o Suplemento Produtos e Serviços da PAS. Em 2007, esses serviços e produtos geraram R$ 150,5 bilhões de receita operacional líquida. Dentro desse grupo, em 2007, as telecomunicações geraram R$ 99,5 bilhões de receita líquida, a maior do setor de Serviços como um todo (17,4%) e do Serviço de informações que fazem parte dos Suplementos da PAS5 (66,1%). Em 2006, a atividade de telecomunicações representou 65,6% dos Serviços de informação.

 

 No ranking das atividades de informação do Suplemento de produtos da PAS, em 2007, 12 dos 20 produtos com maiores participações na receita fazem parte da atividade de telecomunicações. Em primeiro na lista estão os Serviços de interconexão de telefonia móvel-celular com cerca de R$ 13,5 bilhões (9,0%) e os Serviços de telefonia fixo-fixo (chamadas locais, interurbanas, internacionais e de telefones públicos) com R$ 13,5 bilhões (9,0%). A telefonia celular ganhou importância saindo da terceira posição no ranking de maiores receitas dos Serviços de informação em 2006 para a primeira em 2007, tirando a liderança dos serviços fixo-fixo. Também subiram de posição os serviços de telefonia celular pós-pagos, pulando do quarto para o terceiro lugar.

 

 Em 2007, atividade de Transporte rodoviário obteve maior participação no grupo

 

 Em 2007, a atividade de Transporte rodoviário, que envolve tanto o transporte de passageiros (intra urbano e interurbano) como o transporte de cargas, obteve a maior participação na receita operacional líquida, na massa salarial, no emprego e no número de empresas no grupo de transportes em geral. As 94 717 empresas desta atividade (71,4%) geraram R$ 88,0 bilhões de receita operacional líquida (51,8%), pagaram R$ 15,0 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações (51,8%) e ocuparam 1 255 mil pessoas (65,8%).

 

 Na atividade de Transporte rodoviário, o transporte de cargas deteve, em 2007, a maior parte do número de empresas (66 519) e da receita operacional líquida (R$ 56,3 bilhões). O transporte de passageiros foi responsável pela maior parcela do pessoal ocupado (645 176) e dos salários, retiradas e outras remunerações (R$ 7,8 bilhões).

 

 As atividades de Transportes ferroviário e metroviário e Transporte aquaviário, compostas por um pequeno número de empresas, destacaram-se por apresentar indicadores de produtividade, salário médio e média de pessoal ocupado por empresa elevados em relação à média do segmento. Em 2007, os Transportes ferroviário e metroviário apresentaram produtividade de R$ 122,9 mil e uma média de 1 949 pessoas ocupadas por empresa, enquanto o segmento obteve produtividade média de R$ 40,2 mil e média de 14 pessoas ocupadas por empresa. As empresas do Transporte aquaviário pagaram os maiores salários médios mensais, 9,0 salários mínimos, seguidas das empresas do Transporte aéreo (8,1 salários mínimos). A média salarial do segmento foi de 3,1 salários mínimos.

 

 Em 2007, as empresas de transportes geraram R$ 17 bilhões de receita a mais que em 2006, passando de R$ 148,7 bilhões para R$ 165,7 bilhões. Já as empresas de transportes ferroviário/metroviário, aquaviário e aéreo perderam participação na receita total do setor de 2006 para 2007. De acordo com o Suplemento da PAS 2007, o transporte ferroviário e metroviário representou 7,7% da receita do setor de transporte (contra 8,0%, em 2006) e os serviços de transporte aquaviário responderam por 8,6% da receita do setor de transportes (contra 8,9%, em 2006). Os serviços de transporte aéreo, analisados nos Suplementos, apresentaram uma queda maior na participação da receita total, gerando 14,9% da receita do setor de transporte, em 2007, ante 17,2% em 2006. O principal serviço deste segmento foi o transporte de passageiros em linhas regulares domésticas nacionais, que representou 49,7% da receita, em 2007.

 

Serviços de investigação, segurança, vigilância e transporte de valores ocuparam, em média, 130 pessoas por empresa

 

Em 2007, no segmento de Serviços prestados às empresas, os Serviços técnicos profissionais (consultorias, agências de publicidade, escritórios de advocacia e contabilidade, serviços de engenharia e arquitetura) representaram 55,5% (127 044) das empresas, responderam por 51,8% (R$ 69,1 bilhões) da receita operacional líquida e por 34,0% (R$ 11,8 bilhões) dos salários, retiradas e outras remunerações. Esta atividade, que tem como característica as empresas de pequeno porte e a mão-de-obra qualificada, apresentou a menor média de pessoal ocupado por empresa (5 pessoas, ante uma média do segmento de 14) e destacou-se em relação à produtividade e o salário médio. Cada pessoa ocupada nessa atividade adicionou, em média, R$ 76,8 mil, contra uma média do segmento de R$ 30,7 mil. Este serviço pagou um salário médio mensal de 3,8 salários mínimos, frente a uma média geral de 2,2 salários mínimos.

 

A maior parte do pessoal ocupado e da massa salarial dos serviços prestados às empresas, em 2007, estava na atividade de limpeza em prédios e domicílios. Esta ocupou 1 475 mil pessoas (46,2%), pagou R$ 12,4 bilhões (35,9%) em salários, retiradas e outras remunerações e gerou R$ 41,4 bilhões de receita operacional líquida (30,9%).

 

Quanto à média de pessoal ocupado por empresa, duas atividades destacaram-se em 2007: os Serviços de investigação, segurança, vigilância e transporte de valores, que ocuparam, em média, 130 pessoas por empresa, e os Serviços de seleção, agenciamento e locação de mão-de-obra temporária, com média de 121 pessoas ocupadas por empresa.

 

Serviços auxiliares financeiros se destacam no segmento Outras Atividades

 

O segmento Outras Atividades de Serviços agrupa as atividades de Serviços auxiliares à agricultura, Agentes de comércio e representação comercial, Serviços auxiliares financeiros, dos seguros e previdência complementar e Limpeza urbana e esgoto. Em 2007, a atividade de Agentes de comércio e representação comercial abrangeu o maior número de empresas do segmento, 67,5% do total (63 528) e foi responsável por 26,1% da receita (R$ 8,5 bilhões).

 

A maior parcela da receita operacional líquida e da massa salarial foi gerada nos Serviços auxiliares financeiros, R$ 15,1 bilhões (46,2%) e R$ 2,9 bilhões (44,6%), respectivamente. A atividade de Limpeza urbana e esgoto absorveu a maior parte do pessoal ocupado, 32,9%, 157 825 pessoas.

 

Em 2007, o segmento das Outras atividades de serviço ocupou, em média, 5 pessoas por empresa, pagando um salário médio mensal de 2,8 salários mínimos e alcançando uma produtividade média de R$ 48,9 mil. As empresas de Limpeza urbana e esgoto destacaram-se com a maior média de pessoal ocupado (71 pessoas por empresa). Os maiores indicadores de salário médio mensal (5,2 salários mínimos) e de produtividade (R$ 93,5 mil) foram encontrados nos Serviços auxiliares financeiros, dos seguros e da previdência complementar.

 

 

 

 Notas

 

1 Os gastos com pessoal são compostos por salários, retiradas e outras remunerações, contribuições para a Previdência Social, FGTS, contribuições à previdência privada, indenizações por dispensa e benefícios concedidos aos empregados.

 

2 Isso não significa que houve rebaixamento de salários. A PAS mostra que, entre 2003 e 2007, os salários nominais médios cresceram em praticamente todas as atividades dos serviços. O indicador de salário médio em salários mínimos caiu, entretanto, porque os salários do setor não alcançaram a mesma recomposição dada ao salário mínimo.

 

3 O estrato certo reuniu 43 745 empresas (4,4% do total) responsáveis por 76,1% da receita operacional líquida (R$ 442,0 bilhões), 70,8% do valor adicionado, 72,8% da massa salarial e 60,6% das ocupações.

 

4 O valor adicionado corresponde à diferença entre o valor bruto da produção e o consumo intermediário (gastos da produção).

 

5 Os Suplementos da PAS são aplicados nas empresas com 20 ou mais pessoas ocupadas.

 

 

* Ricardo Bergamini, economista, formado em 1974 pela Faculdade Candido Mendes no Rio de Janeiro, com cursos de extensão em Engenharia Econômica pela UFRJ, no período de 1974/1976, e MBA Executivo em Finanças pelo IBMEC/RJ, no período de1988/1989. Membro da área internacional do Lloyds Bank (Rio de Janeiro e Citibank (Nova York e Rio de Janeiro). Exerceu diversos cargos executivos, na área financeira em empresas como Cosigua – Nuclebrás – Multifrabril – IESA Desde de 1996 reside em Florianópolis onde atua como consultor de empresas e palestrante, assessorando empresas da região sul..  Site: http://paginas.terra.com.br/noticias/ricardobergamini.

Como citar e referenciar este artigo:
BERGAMINI, Ricardo. Pesquisa Anual de Serviços – Fonte IBGE – Ano base – 2007. Florianópolis: Portal Jurídico Investidura, 2009. Disponível em: https://investidura.com.br/artigos/economia/pesquisa-anual-de-servicos-fonte-ibge-ano-base-2007/ Acesso em: 26 dez. 2024