Faça 5 perguntas antes de tomar uma decisão
Gustavo Rocha*
Muitas vezes no processo decisório, seja de compra de materiais, seja de contratação de pessoas, seja de produtos intangíveis – como o caso de consultoria – o gestor se baseia em fatos ou quiçá achismos (algo que devemos repudiar, leia este post) e pensa estar tomando a decisão correta.
Pode ser que sim, mas pode ser que não.
Primeiramente que a decisão deve ser tomada sempre, eu disse SEMPRE, com base em fatos, números, ou outros elementos palpáveis de indicação e não em opiniões unicamente ou pior, analisando apenas o que um gerente pensa ou quer dar a entender.
Uma dica para facilitar o processo decisório é antes de tomar a decisão analisar cinco fatores: O quê, Quem, Como, Porque e Onde.
Vamos esmiuçar um a um.
O quê: Primeiramente temos que compreender sobre o quê, ou seja, assunto, valor ou relevância. Parece simples, posto que para tomarmos uma decisão precisamos ter no mínimo sobre o quê decidir, mas é fundamental que neste momento se abstraia de todo sentimento e utilize apenas a razão: afinal o quê eu estou decidindo?
Quem: Aqui se analisa os resultados e aplicações práticas da decisão. Ou seja, quem pode ser afetado por ela (pessoas ou áreas) e também quem irá ser o decisor efetivo. Este “quem” pode ser fundamental para escolhas estratégicas de pessoas e de hierarquia da organização. Pense bem antes de definir este item.
Como: Afinal, de que maneira, como iremos resolver isto? Será que faremos com demissões? Será com contratações? Será pela CLT? Será pela cooperativa? Aqui se envolve a forma da decisão, principalmente com foco na operação, ou seja, naquilo que a decisão irá influenciar diretamente.
Porque: Este tópico é complexo. Os porquês são sempre difíceis. Aqui o foco deve ser a razão, com base nos números ou dados fundamentados que podem alicerçar a decisão. Ter porques de querer, ou seja, dar vasão a emoção para um porque de decisão é, normalmente, uma decisão errada.
Onde: Este quesito é fundamental. O onde está relacionado ao lugar, mas igualmente penso que ao tempo. O onde pode ser na nova fabrica que será construída ou pode ser no segundo semestre deste ano.
Em resumo, aplique os 5 fatores acima como balizadores da decisão. Por exemplo: O gerente me pede mais um estagiário para fazer fórum. A pergunta natural é: Precisamos de mais um estagiário? Agora, aplique os 5 fatores:
Preciso de um estagiário para desempenhar quais funções (o quê);
Preciso de um estagiário ou de um advogado recém formado, que além de cargas, pode fazer audiências e/ou outras tarefas e ainda posso incentivá-lo a um crescimento dentro do meu quadro de pessoal (Quem);
Irei contratá-lo por uma organização tipo CIEE ou própria univerisdade ou se for advogado quem sabe pela CLT (com contrato de experiência por 90 dias) ou como associado (Como);
Quem desempenha esta função hoje ficará como? Terei demissão? Ou estou reaproveitando a pessoa? OU ainda são realmente necessários dois funcionários nesta mesma função frente ao volume? (Porque);
Tenho fluxo de caixa para esta contratação hoje? Este investimento tem um prazo médio de que retorno? Faz apenas parte da despesa operacional ou posso contratar alguém que fará mais tarefas e, portanto, agrego mais valor a esta contratação? (Onde);
A decisão fica recheada de vários outros elementos, não?
Experimente esta idéia de usar estas 5 perguntas no seu dia-a-dia e veja a diferença.
Muito sucesso!!!
* Advogado Pós-Graduado em Direito Empresarial com mais de 10 anos de vivência no âmbito jurídico.
Atuou como gerente de escritórios de advocacia por mais de 4 anos. Experiência nos estados do RS, SC, PR e SP.
Presta consultoria nas áreas de gestão, tecnologia e qualidade para escritórios de advocacia.
Como gestão, atua diretamente com a equipe, maximizando resultados, organizando, planejando e estruturando processos, procedimentos e o próprio escritório.
Com tecnologia, extrai do software que o escritório possuir – ou orçar no mercado um produto conforme as necessidades do escritório – o máximo de rendimento, controle e gerenciamento, tornando o escritório mais ágil, rentável e preparado para o mercado.
Com qualidade, fornece aos escritórios em parceria com a consultoria KR, certificação ISO/9001.
Possui publicação em livro pela OAB/SC no livro OAB em Movimento, OAB editora: “Reformas Advindas da Lei 10.931/2004 na busca e apreensão em alienação fiduciária”, além de diversos artigos publicados em revistas e periódicos físicos e eletrônicos. Leia as entrevistas em revistas aqui.
Acesse nossas publicações e posts diários aqui.
Atua também como palestrante e ministra treinamentos in company de gestão e tecnologia.
Compare preços de Dicionários Jurídicos, Manuais de Direito e Livros de Direito.