17 | 08 | 2012
Conferência fortalece o movimento em defesa dos direitos humanos no Espírito Santo
A realização da V Conferência Internacional de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) na capital capixaba conferiu um novo fôlego aos militantes de diretos humanos do Espírito Santo. A expectativa é que os debates ampliem a visão de que a defesa dos direitos humanos se restringe apenas à situação carcerária.
Padre Xavier – membro da Pastoral do Menor da Arquidiocese de Vitória – “Estou feliz pela escolha de Vitória. O movimento de direitos humanos daqui se sente isolado, conta com os mesmos parceiros e a OAB-ES é um grande parceiro. Infelizmente, vivemos um processo de criminalização, um processo de perseguição e de isolamento. O fato é que essa Conferência, organizada pela Ordem dos Advogados, acontecendo aqui em Vitória, para nós do movimento, soa um pouco como o fortalecimento do nosso trabalho, o fortalecimento da nossa luta. A gente quase que pega um pouco de ânimo para continuar a nossa batalha, levando em consideração que, infelizmente, o Espírito Santo nesses últimos anos foi palco de várias denúncias de violação aos direitos humanos, bem como no sistema penitenciário e no sistema sócio educativo.”
Cássio Rebouças de Moraes – Advogado e membro Comissão de Direitos Humanos da OAB-ES – “O Espírito Santo já tem uma longa história de violação a direitos humanos, direitos e garantias fundamentais. Fazer um evento desse porte aqui no Estado, que é réu na Corte Interamericana de Direitos Humanos, tem uma simbologia muito grande, em especial porque foi dado à OAB-ES um papel fundamental no evento, ajudando na organização e na escolha dos palestrantes.”
Gilvan Vitorino – advogado e membro do movimento Coletivo Fazendo Direito – “O Espírito Santo é, reconhecidamente, um Estado violador de direitos humanos e fazer essa Conferência aqui é um sinal de que a OAB Nacional reconhece o seu papel de fiscalizadora, de uma entidade que tem uma preocupação enorme com os direitos humanos. Fazer esse evento aqui no Estado é um sinal de que a OAB não está de ouvidos tapados e de olhos fechados para esta questão.”
Margarita Mateos – coordenadora do Programa de Atendimento às Vítimas de Violência Sexual (PAVIVIS) – “A Conferência é, acima de tudo, um espaço de militância. Eu acho que uma Conferência desse porte tem uma importância muito grande e eu vou aproveitar para fazer algumas denúncias, expor situações que deveriam estar funcionando adequadamente e não estão.”
Nara Borgo, vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-ES – “Infelizmente, o Espírito Santo é reconhecido internacionalmente por graves violações de direitos humanos. Acredito que o fato de ampliarmos a discussão já é um grande passo para que mais pessoas se interessem pelo estudo de direitos humanos e, quem sabe, se tornem também militantes. A Conferência é uma excelente oportunidade para mostrar, para aqueles que não conhecem, que direitos humanos abrangem não só questões relacionadas com o sistema prisional, mas também abrange os direitos das pessoas com deficiência, meio ambiente, políticas compensatórias, entre outras.”
Fonte: OAB/ES
