Economia

Pesquisa Mensal de Comércio – Fonte IBGE – Base: Ano de 2011

Vendas no varejo variam 0,3% em dezembro e fecham 2011 em 6,7%

Em dezembro, o comércio varejista do país registrou crescimento de 0,3% no volume de vendas em relação ao mês anterior, na série com ajuste sazonal. A
receita nominal também cresceu 0,3%. Com isso, o setor completa quatro meses consecutivos de taxas positivas em volume de vendas e 38 meses seguidos em
receita nominal. Os outros índices, sem ajuste sazonal, apresentaram crescimento no volume de vendas de 6,7% sobre dezembro de 2010e de 6,7% no
acumulado do ano. Já a receita nominal obteve taxas de 10,1% com relação a dezembro de 2010 e de 11,5% no ano.

Entre as dez atividades, sete têm variação positiva

Na série com ajuste sazonal, sete das dez atividades obtiveram variações positivas em volume de vendas: Equipamentos e material para escritório,
informática e comunicação (6,9%); Móveis e eletrodomésticos (2,6%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,3%);
Tecidos vestuário e calçados (0,9%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,6%). As variações negativas ocorreram em Livros, jornais, revistas e
papelaria (-5,3%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,5%) e Combustíveis e lubrificantes (-0,5%).

Já na comparação com dezembro de 2010, apenas uma atividade apresentou resultado negativo: Livros, jornais, revistas e papelaria (-2,3%). As taxas
positivas, por ordem de importância no resultado global, foram em Móveis e eletrodomésticos (15,3%); Hipermercados, supermercados, produtos
alimentícios, bebidas e fumo (4,6%); Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (34,8%); Artigos farmacêuticos, médicos,
ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (7,0%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (3,4%); Tecidos, vestuário e calçados (0,8%) e Combustíveis e
lubrificantes (0,4%).

Com aumento de 16,6% em relação ao ano anterior, a atividade de Móveis e eletrodomésticosexerceu o maior impacto (45,6%) da taxa anual do varejo. Tal
desempenho foi decorrente da manutenção do crescimento do emprego e do rendimento, como também da redução dos preços, principalmente no que tange aos
eletrodomésticos (-5,4% no subitem aparelhos eletroeletrônicos do IPCA, comparado com a inflação média do ano de 6,5%) e da disponibilidade de acesso
ao crédito.

O segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumoregistrou expansão no volume de vendas em 2011 de 4,0% em relação ao
ano anterior, resultado que o levou a responder por 27,3% da taxa anual do varejo, sendo este o segundo principal impacto no resultado anual do varejo.
Este desempenho reflete, principalmente, o aumento do poder de compra da população decorrente do aumento da massa de salário da economia (obtida pela
melhora da renda e do emprego) e da expansão do crédito.

A atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, que registrou crescimento de 9,7%, em relação ao ano anterior, exerceu a
terceira maior contribuição à taxa anual do varejo. A estabilidade do emprego, expansão da massa de salários e disponibilidade do crédito, somado ao
caráter de uso essencial e permanente de seus produtos, são os principais fatores explicativos do desempenho positivo pelo oitavo ano consecutivo do
segmento.

Varejo ampliado acumula 6,6% em 2011

Para o comércio varejista ampliado, composto do varejo mais as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, as variações
observadas em relação ao mês de novembro de 2011, com ajustamento sazonal, foram de 1,6% para o volume e de 1,2% na receita nominal de vendas. Já para
os indicadores sem ajustamento, as variações ocorridas foram as seguintes: 4,3% na comparação com dezembro de 2010 e 6,6% no acumulado do ano para o
volume de vendas, e de 6,4% e 9,4% para a receita nominal, respectivamente.

Veículos, motos, partes e peças registrou variação no volume de vendas de -0,7% na comparação com dezembro de 2010 e 6,1% no acumulado do ano. Quanto a
Material de construção, as variações foram de 5,1% sobre dezembro do ano anterior e 9,1% no acumulado dos últimos 12 meses.

Na comparação com dezembro de 2010, 17 estados apresentaram variação positiva

Por unidades da federação, os resultados com ajuste sazonal para o volume de vendas apontam, na comparação com o mês anterior, 17 estados com variações
positivas, oito com queda e dois sem variação. Os principais acréscimos ocorreram no Acre (8,7%); Tocantins (7,2%); Amapá (1,9%) e em Goiás (1,7%). Já
as principais quedas se estabeleceram no Piauí (-7,8%); Amazonas (-1,6%) e Sergipe (-1,4%). As unidades onde não ocorreram variações foram São Paulo e
Santa Catarina. Quanto à participação na composição da taxa do comércio varejista, os destaques, pela ordem, foram: São Paulo (6,4%); Minas Gerais
(10,4%); Paraná (12,8%); Rio Grande do Sul (7,0%); Santa Catarina (10,3%) e Rio de Janeiro (2,8%)

Em relação ao varejo ampliado, as maiores taxas mensais de desempenho no volume de vendas ocorreram em Tocantins (26,9%); Roraima (13,7%); Mato Grosso
(11,2%); Paraná (10,3%) e na Paraíba (10,0%). Em termos de impacto no resultado global do setor, os destaques foram São Paulo (4,7%); Paraná (10,3%);
Minas Gerais (4,8%); Rio Grande do Sul (4,7%); Santa Catarina (4,2%) e Mato Grosso (11,2%).

Nenhum estado registrou variação negativa para o resultado acumulado do ano de 2011. Os maiores acréscimos no volume de venda do varejo ocorreram em
Tocantins (25,2%); Paraíba (14,2%); Rondônia (10,6%); Roraima (10,6%) e Minas Gerais (10,0%). Para o varejo ampliado, as maiores taxas anuais foram de
22,2% para Tocantins; 15,0% para o Espírito Santo; 10,0% para a Paraíba; 9,6% para o Maranhão e 9,5% para Roraima. A única variação negativa
apresentada foi no Amapá (-4,6%) e em Sergipe a variação foi nula.

Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.

* Ricardo Bergamini, Economista, formado em 1974 pela Faculdade Candido Mendes no Rio de Janeiro, com cursos de extensão em Engenharia Econômica pela
UFRJ, no período de 1974/1976, e MBA Executivo em Finanças pelo IBMEC/RJ, no período de1988/1989. Membro da área internacional do Lloyds Bank (Rio de
Janeiro e Citibank (Nova York e Rio de Janeiro). Exerceu diversos cargos executivos, na área financeira em empresas como Cosigua – Nuclebrás –
Multifrabril – IESA Desde de 1996 reside em Florianópolis onde atua como consultor de empresas e palestrante, assessorando empresas da região sul.. 
Site: http://paginas.terra.com.br/noticias/ricardobergamini

Como citar e referenciar este artigo:
BERGAMINI, Ricardo. Pesquisa Mensal de Comércio – Fonte IBGE – Base: Ano de 2011. Florianópolis: Portal Jurídico Investidura, 2012. Disponível em: https://investidura.com.br/artigos/economia/pesquisa-mensal-de-comercio-fonte-ibge-base-ano-de-2011/ Acesso em: 28 mar. 2024