Economia

Previdência Social no Brasil – Fonte MPS – Base: Ano de 2009

I – PREVIDÊNCIA DO
SERVIDOR PÚBLICO (CIVIL E MILITAR) FILIADO AO RPPS

Em 2009, a quantidade
total de servidores dos Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS) atingiu
9,83 milhões, sendo 4,97 milhões servidores lotados nos Governos Estaduais,
representando 51% do total de servidores, 0,83 milhões servidores lotados nas
Capitais dos Governos Municipais, representando 8% do total, 2,02 milhões
servidores lotados nas Cidades do Interior dos Governos Municipais,
representando 21% do total, e 2,01 milhões servidores lotados no Governo
Federal, representando 20% do total. Desta análise, percebe-se que do total de
servidores, um pouco menos de 20% são servidores federais, um pouco mais de 29%
são servidores municipais e em torno de 51% são servidores estaduais. Além da
segregação por lotação nos tipos de governos, os servidores são classificados
por tipo de vínculo com a previdência. Assim, dos 9,83 milhões de servidores,
66% são servidores ativos e 34% são inativos e pensionistas.

Dentre os 2,01 milhões de
servidores federais, a maioria, 91%, é do poder executivo, e os demais 9% são
dos poderes legislativo e judiciário, demonstrando uma concentração
significativa dos servidores federais no poder executivo. Com relação à
classificação destes servidores por tipo de vínculo com a previdência, 51% são
servidores ativos e 49% são inativos e pensionistas, demonstrando uma aparente
paridade na proporcionalidade entre os servidores federais na atividade e
inatividade, proporção bem diferente encontrada quando da análise do total dos
servidores, onde 2/3 são servidores que estão na atividade e 1/3 são os que
estão na inatividade. Quando a análise é temporal, entre os anos de 2007 a
2009, percebe-se que houve redução do total dos servidores federais na ordem de
4%, passando de 2,1 milhões de servidores federais em 2007, para os atuais 2,01
milhões. Dentre os servidores federais ativos, a redução, no mesmo período em
análise, foi de 7,4%, enquanto que entre os servidores inativos aposentados,
houve um crescimento de 1%, e entre os inativos pensionistas, houve uma redução
de 10,3%.

Dos demais 7,82 milhões
de servidores estaduais e municipais em 2009, que estão distribuídos em todas
as unidades federativas do Brasil, podemos destacar diversos pontos. Quando da
análise por grandes regiões, percebe-se que a maioria destes servidores estão
lotados na região Sudeste, 49%, vindo logo em seguida a região Nordeste, com
19%, e a região Sul, com 13%. Dentre os servidores estaduais e municipais
lotados na região Sudeste, que são 3,83 milhões, 39% são da unidade federativa
de São Paulo, um pouco mais de 20% são do Estado do Rio de Janeiro e os demais
servidores dessa região estão distribuídos entre Minas Gerais e Espírito Santo.
Com relação à classificação destes servidores por tipo de vínculo com a
previdência, 69% são servidores ativos e 31% são inativos e pensionistas,
demonstrando uma proporcionalidade similar quando da análise do total dos
servidores, onde mais de 3/4 são servidores que estão na atividade e menos de
1/4 são os que estão na inatividade. Quando a análise é temporal, entre os anos
de 2007 a 2009, percebe-se que o crescimento do total dos servidores estaduais
e municipais foi de 5,8%, passando de 7,39 milhões de servidores em 2007, para
os atuais 7,82 milhões. Dentre os servidores estaduais e municipais ativos, o
crescimento, no mesmo período em análise, foi de 3,3%, enquanto que entre os
servidores inativos aposentados, o crescimento foi de 9,7%, e entre os inativos
pensionistas, o crescimento foi de 19%.

Fazendo uma análise
somente dos 4,97 milhões de servidores estaduais em 2009, que estão
distribuídos em todas as unidades federativas do Brasil, também podemos
destacar diversos pontos. Quando da análise por grandes regiões, percebe-se que
a maioria destes servidores estão lotados na região Sudeste, 53%, vindo logo em
seguida a região Nordeste, com 20%, e a região Sul, com 11%, não se alterando
muito a proporcionalidade encontrada quando da análise conjunta dos servidores
estaduais e municipais. Dentre os servidores estaduais lotados na região
Sudeste, que são 2,63 milhões, 35% são da unidade federativa de São Paulo, um
pouco menos de 17% são do Estado do Rio de Janeiro e os demais servidores dessa
região estão distribuídos entre Minas Gerais, 45%, e Espírito Santo, 2%. Com
relação à classificação destes servidores por tipo de vínculo com a
previdência, 63% são servidores ativos e 37% são inativos e pensionistas,
demonstrando uma proporcionalidade similar quando da análise do total dos
servidores, onde 3/4 são servidores que estão na atividade e 1/4 são os que
estão na inatividade. Quando a análise é temporal, entre os anos de 2007 a
2009, percebe-se um crescimento do total dos servidores estaduais de 0,8%,
passando de 4,93 milhões de servidores em 2007, para os atuais 4,97 milhões.
Dentre os servidores estaduais ativos, a redução, no mesmo período em análise,
foi de 3,8%, enquanto que entre os servidores inativos aposentados, houve
crescimento, 7,1%, e entre os inativos pensionistas, houve o maior crescimento,
19,4%.

Numa análise somente dos
0,83 milhões de servidores municipais das capitais em 2009, que estão
distribuídos em todas as unidades federativas do Brasil, também podemos
destacar diversos pontos. Quando da análise por grandes regiões, percebe-se que
a maioria destes servidores estão lotados na região Sudeste, 52%, vindo logo em
seguida a região Nordeste, com 21%, e a região Sul, com 9%, não se alterando
muito a proporcionalidade encontrada quando da análise conjunta dos servidores
estaduais e municipais. Dentre os servidores municipais das capitais lotados na
região Sudeste, que são 0,43 milhões, 52% são da unidade federativa de São
Paulo, 36% são do Estado do Rio de Janeiro e os demais servidores dessa região
estão distribuídos entre Minas Gerais e Espírito Santo. Com relação à
classificação destes servidores por tipo de vínculo com a previdência, 71% são
servidores ativos e 29% são inativos e pensionistas, demonstrando uma
proporcionalidade similar quando da análise do total dos servidores, onde mais
de 3/4 são servidores que estão na atividade e menos de 1/4 são os que estão na
inatividade. Quando a análise é temporal, entre os anos de 2007 a 2009,
percebe-se um crescimento do total dos servidores municipais das capitais de
10,7%, passando de 0,75 milhões de servidores em 2007, para os atuais 0,83
milhões. Dentre os servidores municipais das capitais ativos, o crescimento, no
mesmo período em análise, foi ainda maior, 12,6%, enquanto que entre os
servidores inativos aposentados, o crescimento foi menor, 6,9%, e entre os
inativos pensionistas, houve um crescimento de 7,1%.

Fazendo uma análise
somente dos 2,02 milhões de servidores municipais das cidades interioranas em
2009, que também estão distribuídos em todas as unidades federativas do Brasil,
podemos destacar diversos pontos. Quando da análise por grandes regiões,
percebe-se que a maioria destes servidores estão lotados na região Sudeste,
39%, vindo logo em seguida a região Sul, com 18%, e a região Nordeste, com 15%,
sendo que a proporcionalidade encontrada difere das demais análises, já que 18%
das informações foram estimadas sem identificação da unidade federativa, muito
menos da região. Dentre os servidores municipais das cidades interioranas
lotados na região Sudeste, que são 0,79 milhões, 47% são da unidade federativa
de São Paulo, 22% são do Estado do Rio de Janeiro e outros 24% são do Estado de
Minas Gerais. Com relação à classificação destes servidores por tipo de vínculo
com a previdência, 83% são servidores ativos e 17% são inativos e pensionistas,
demonstrando uma proporcionalidade bem mais concentrada dos servidores ativos.
Quando a análise é temporal, entre os anos de 2007 a 2009, percebe-se um
crescimento do total dos servidores municipais das capitais de 18,1%, passando
de 1,71 milhões de servidores em 2007, para os atuais 2,02 milhões. Dentre os
servidores municipais ativos das cidades interioranas, o crescimento, no mesmo
período em análise, foi de 16,1%, enquanto que entre os servidores inativos
aposentados, o crescimento foi maior, 28,5%, e entre os inativos pensionistas,
houve um crescimento de 27,7%.

Em 2009, a quantidade
total de entes federativos que oferecem algum tipo de regime de previdência
social para seus servidores atingiu 5590, sendo 3354 municípios que oferecem o
regime geral de previdência social – RGPS, representando 60% do total, 27
governos estaduais e 1874 municípios que
oferecem o regime próprio de previdência social – RPPS, representando 34% do
total, e 335 municípios que oferecem regime próprio de previdência social em extinção
– RPPS em Extinção, que é um regime de previdência somente para manutenção dos
participantes e assistidos que estavam nesse regime antes da extinção,
representando 6% do total. Desta análise, percebe-se que a maioria dos
municípios guarda relação com o RGPS.

Quando a análise é
temporal, entre os anos de 2007 a 2009, percebe-se que o total dos entes
federativos que oferecem regime de previdência social para seus servidores
ficou inalterado, porém houve migração de municípios do RPPS para o RPPS em Extinção,
ou seja, os municípios continuaram a oferecer previdência social, porém para
alguns houve troca do tipo de regime, os municípios com RPPS reduziu em torno
de 0,4% e os municípios com RPPS em Extinção cresceu em torno de 4%.

Quando da análise por
grandes regiões, percebe-se que a Região Sudeste mantém a proporção dos
municípios por regime de previdência análoga ao do total dos entes federativos,
ou seja, em torno de 58% para o RGPS e 32% para o RPPS. Nas Regiões Sul e
Centro-Oeste, a proporção é contrária a da análise anterior, ou seja, a maioria
dos municípios tem RPPS, em torno de 45%, e o RGPS fica com a proporção em
torno de 33%. Já as Regiões Norte e Nordeste, a proporção do RGPS é maior, em
torno de 75%, e a do RPPS é em torno de 21%.

Resultado Previdenciário
– União

Em 2009, o montante da
receita previdenciária foi de R$ 9,3 bilhões e o montante da despesa
previdenciária foi de R$ 69,5 bilhões, tendo, conseqüentemente, como resultado
previdenciário o montante negativo de R$ 60,2 bilhões.

Resultado Previdenciário
– Estados e Municípios

Em 2009, o montante da
receita previdenciária foi de R$ 43,4 bilhões e o montante da despesa
previdenciária foi de R$ 67,2 bilhões, tendo, conseqüentemente, como resultado
previdenciário o montante negativo de R$ 23,8 bilhões. Esse resultado
previdenciário, no global, é reflexo da despesa previdenciária ser em torno de
155% da receita previdenciária. Quando a análise é pelas grandes regiões,
percebe-se que a Região Sul é a que representa a maior disparidade, já que a
despesa previdenciária representa em torno de 195% da receita previdenciária,
vindo logo em seguida a Região Sudeste, onde tal proporção é em torno de 180%,
e as Regiões Nordeste e Centro-Oeste com proporções similares em torno de 128%.
A Região Norte é a única que representa uma situação do resultado
previdenciário positiva, cuja despesa previdenciária representa apenas 83% da
receita previdenciária. Quando a análise é temporal, percebe-se que em 2007, no
global, a despesa previdenciária representava em torno de 160% da receita
previdenciária, maior que a situação atual em 2009 de 155%. Isso se explica, já
que entre os anos de 2007 a 2009, a receita previdenciária cresceu 25%,
enquanto a despesa previdenciária cresceu menos, ou seja, 21%.

Fazendo uma análise do
resultado previdenciário somente entre os governos estaduais, percebe-se que em
2009, o montante da receita previdenciária foi de R$ 28,4 bilhões e o montante
da despesa previdenciária foi de R$ 54,3 bilhões, tendo, conseqüentemente, como
resultado previdenciário o montante negativo de R$ 25,9 bilhões. Esse resultado
previdenciário é reflexo da despesa previdenciária ser em torno de 191% da
receita previdenciária, proporção essa bem maior quando da análise do resultado
previdenciário no global, significando que a gestão previdenciária dos governos
estaduais, de uma forma geral, está mais deficitária do que quando se analisa a
gestão previdenciária de todos os entes federativos. Quando a análise é pelas
grandes regiões, percebe-se que as Regiões Sul e Sudeste representam as maiores
disparidades, já que as despesas previdenciárias representam em torno de 280% e
218%, respectivamente, das receitas previdenciárias, vindo logo em seguida as
Regiões Nordeste e Centro-Oeste com proporções similares em torno de 149%. A
Região Norte apresenta uma situação do resultado previdenciário quase
equilibrada, cuja despesa previdenciária representa 101% da receita
previdenciária. Quando a análise é temporal, percebe-se que em 2007, no global,
a despesa previdenciária representava em torno de 189% da receita
previdenciária, menor que a situação atual em 2009 de 191%. Isso se explica, já
que entre os anos de 2007 a 2009, a receita previdenciária cresceu 15%,
enquanto a despesa previdenciária cresceu mais, ou seja, 17%.

Quando a análise do resultado
previdenciário é entre as capitais dos governos municipais, percebe-se que em
2009, o montante da receita previdenciária foi de R$ 5,0 bilhões e o montante
da despesa previdenciária foi de R$ 7,0 bilhões, tendo, conseqüentemente, como
resultado previdenciário o montante negativo de R$ 2,0 bilhão. Esse resultado
previdenciário é reflexo da despesa previdenciária ser em torno de 140% da
receita previdenciária, proporção essa menor quando da análise do resultado
previdenciário no global, e bem menor quando da análise do resultado
previdenciário dos governos estaduais, significando que a gestão previdenciária
nas capitais dos governos municipais, de uma forma geral, está mais eficiente
do que quando se analisa a gestão previdenciária de todos os entes federativos
ou somente dos governos estaduais. Quando a análise é pelas grandes regiões,
percebe-se que a Região Sudeste representa a maior disparidade, já que as
despesas previdenciárias representam em torno de 179% da receita
previdenciária, vindo logo em seguida a Região Sul em torno de 122%. As demais
regiões, ou apresentam resultados praticamente equilibrados, ou seja, com
proporção em torno de 105%, ou abaixo disso. Quando a análise é temporal,
percebe-se que em 2007, no global, a despesa previdenciária representava em
torno de 142% da receita previdenciária, maior que a situação atual em 2009 de
140%. Isso se explica, já que entre os anos de 2007 a 2009, a receita
previdenciária cresceu 32%, enquanto a despesa previdenciária cresceu menos, ou
seja, 29%.

Por último, quando a
análise do resultado previdenciário é entre as cidades interioranas dos
governos municipais, percebe-se que em 2009, o montante da receita
previdenciária foi de R$ 10,0 bilhões e o montante da despesa previdenciária
foi de R$ 5,9 bilhões, tendo, conseqüentemente, como resultado previdenciário o
montante positivo de R$ 4,1 bilhões. Esse resultado previdenciário é reflexo da
despesa previdenciária ser em torno de 59% da receita previdenciária, proporção
essa melhor de todas já apresentado até aqui, significando que a gestão
previdenciária nas cidades interioranas dos governos municipais, de uma forma
geral, está mais eficiente do que quando se analisa a gestão previdenciária dos
demais entes federativos. Quando a análise é pelas grandes regiões, percebe-se
que a Região Sudeste representa a maior proporção, já que as despesas
previdenciárias representam em torno de 74% da receita previdenciária, vindo
logo em seguida as Regiões Sul e Nordeste em torno de 55%. As demais regiões,
ou apresentam resultados bem expressivos, ou seja, com proporção em torno de no
máximo 38%. Quando a análise é temporal, percebe-se que em 2007, no global, a
despesa previdenciária representava praticamente a mesma proporção da receita
previdenciária em 2009. Isso se explica, já que entre os anos de 2007 a 2009, a
receita previdenciária cresceu 55%, e a despesa previdenciária cresceu bem
próximo, ou seja, 56%.

Em 2009, o resultado
previdenciário total da União, Estados e Municípios foi negativo de R$ 84,0
bilhões.

Resultado Operacional –
Estados e Municípios

Em 2009, o montante da
receita operacional foi de R$ 46,0 bilhões e o montante da despesa operacional
foi de R$ 67,2 bilhões, tendo, conseqüentemente, como resultado previdenciário
o montante negativo de R$ 21,2 bilhões. Esse resultado operacional, no global,
é reflexo da despesa operacional ser em torno de 146% da receita operacional.
Quando a análise é pelas grandes regiões, percebe-se que a maioria das regiões,
Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste, representa o equilíbrio financeiro, já
que a despesa operacional representa por volta de 136% da receita operacional,
tendo apenas a região Norte com um resultado operacional mais expressivo, já
que a proporção despesa/receita operacional está em torno de 83%. Quando a
análise é temporal, percebe-se que em 2007, no global, a despesa operacional
representava em torno de 150% da receita operacional, maior que a situação
atual em 2009 de 146%. Isso se explica, já que entre os anos de 2007 a 2009, a
receita operacional cresceu 24%, enquanto a despesa operacional cresceu menos,
ou seja, 21%.

Fazendo uma análise do
resultado operacional somente entre os governos estaduais, percebe-se que em
2009, o montante da receita operacional foi de R$ 30,9 bilhões e o montante da
despesa operacional foi de R$ 54,3 bilhões, tendo, conseqüentemente, como
resultado operacional o montante negativo de R$ 23,4 bilhões. Esse resultado
previdenciário é reflexo da despesa operacional ser em torno de 176% da receita
operacional, proporção essa próxima quando da análise do resultado operacional
no global, significando que a gestão operacional dos governos estaduais, de uma
forma geral, está quase que equilibrada em relação à gestão operacional de
todos os entes federativos. Quando a análise é pelas grandes regiões,
percebe-se que a Região Sudeste representa a maior disparidade, já que as
despesas operacionais representam em torno de 218% das receitas operacionais,
vindo logo em seguida as Regiões Sul, Centro-Oeste e Nordeste com proporções
similares em torno de 161%. A Região Norte apresenta uma situação do resultado
operacional melhor que as demais, já que a despesa operacional representa
apenas em torno de 101% da receita operacional. Quando a análise é temporal,
percebe-se que em 2007, no global, a despesa operacional representava em torno
de 174% da receita operacional, menor que a situação atual em 2009 de 176%.
Isso se explica, já que entre os anos de 2007 a 2009, a receita operacional
cresceu 16%, enquanto a despesa operacional cresceu mais, ou seja, 17%.

Quando a análise do
resultado operacional é entre as capitais dos governos municipais, percebe-se
que em 2009, o montante da receita operacional foi de R$ 5,0 bilhões e o
montante da despesa operacional foi de R$ 7,0 bilhões, tendo, conseqüentemente,
como resultado operacional o montante negativo de R$ 2,0 bilhão. Esse resultado
operacional é reflexo da despesa operacional ser em torno de 140% da receita
operacional, proporção essa bem próxima quando da análise do resultado operacional
no global, significando que a gestão operacional nas capitais dos governos
municipais, de uma forma geral, está tão eficiente quanto o da gestão
operacional de todos os entes federativos. Quando a análise é pelas grandes
regiões, percebe-se que as Regiões Sudeste e Sul representam equilíbrio nas
contas operacionais, já que as despesas operacionais representam em torno de
179% das receitas operacionais, vindo logo em seguida as Regiões Nordeste e
Centro-Oeste em torno de 105%. A Região Norte apresenta o resultado
superavitário expressivo, ou seja, com proporção em torno de 35% da relação
despesa/receita operacional. Quando a análise é temporal, percebe-se que em
2007, no global, a despesa operacional representava em torno de 142% da receita operacional, maior que a situação
atual em 2009 de 140%. Isso se explica, já que entre os anos de 2007 a 2009, a
receita operacional cresceu 32%, enquanto a despesa operacional cresceu menos,
ou seja, 29%.

Por último, quando a
análise do resultado operacional é entre as cidades interioranas dos governos
municipais, percebe-se que em 2009, o montante da receita operacional foi de R$
10,0 bilhões e o montante da despesa operacional foi de R$ 5,8 bilhões, tendo,
conseqüentemente, como resultado operacional o montante positivo de R$ 4,2
bilhões. Esse resultado operacional é reflexo da despesa operacional ser em
torno de 59% da receita operacional, proporção essa melhor de todas já
apresentado até aqui, significando que a gestão operacional nas cidades
interioranas dos governos municipais, de uma forma geral, está mais eficiente
do que quando se analisa a gestão operacional dos demais entes federativos.
Quando a análise é pelas grandes regiões, percebe-se que as Regiões Sul,
Sudeste e Nordeste representam proporção similar do total, já que as despesas
operacionais representam em torno de 74% das receitas operacionais, vindo logo
em seguida as Região Centro-Oeste em torno de 33%. A Região Norte apresenta
resultado bem mais expressivo, ou seja, com proporção em torno de 14%. Quando a
análise é temporal, percebe-se que em 2007, no global, a relação despesa
operacional representava praticamente a mesma proporção da receita operacional
em 2009. Isso se explica, já que entre os anos de 2007 a 2009, a receita
operacional cresceu 55%, e a despesa operacional cresceu bem próximo, ou seja,
em torno de 56%.

Em 2009, o montante dos
investimentos dos recursos dos entes federativos atingiu R$ 42,5 bilhões. Deste
recurso, em torno de 47% está concentrado na Região Sudeste, em torno de 29% na
Região Sul, e em torno de 24% nas demais regiões. Considerando a Região
Sudeste, de maior concentração dos recursos totais, Rio de Janeiro com 51%, e
São Paulo com 35%, são os estados com a maior concentração de recursos dessa
região. Quando a análise é temporal, percebe-se que em 2007, no global, os
investimentos montavam o valor de R$ 32,14 bilhões, o que representou um
crescimento nominal em torno de 32% de 2007 a 2009, já que o montante atual é
de R$ 42,48 bilhões. Esse crescimento está atrelado ao resultado operacional
positivo do período supracitado.

Avaliando os
investimentos por tipo de segmento, percebe-se que 96% dos recursos totais
estão alocados no segmento de renda fixa, restando 4% apenas aplicado no
segmento de renda variável. Dentro do segmento de renda fixa, o tipo de
investimento de maior concentração é o Fundos Art. 3º – § 1º da Resolução-CMN
nº 3244, de 28-Out-2004, seguido de Títulos do Tesouro Nacional Pós-Fixado. O
tipo de investimento que teve o maior crescimento porcentual no período
2007/2009 foi o Fundo de Investimento em Direitos Creditórios, seguido do
Fundos de Ações.

II – PREVIDÊNCIA DAS
EMPRESAS PRIVADAS E 60,0% DOS MUNICÍPIOS FILIADOS AO RGPS (INSS)

Resultado Operacional

Em 2009, o valor total
dos recebimentos do caixa do INSS atingiu R$ 273,5 bilhões, o que correspondeu
a um aumento de 12,2% em relação ao ano de 2008. As principais rubricas foram a
arrecadação bancária e Cofins e contribuição para o plano de seguridade social
do servidor, cujas participações no total foram de 66,9% e 12,1%,
respectivamente. De 2008 para 2009, o aumento da arrecadação bancária foi de
9,2% e o Cofins e contribuição para o plano de seguridade social do servidor
cresceu em de 15,8%.

O valor dos pagamentos em
2009, atingiu R$ 272,7 bilhões, o que correspondeu a um aumento de 12,4% em
relação ao ano anterior. As rubricas mais importantes foram Benefícios – INSS,
LOAS e RMV e transferências a terceiros, cujas participações no total foram de 79,7%,
6,9% e 6,7% respectivamente.

Resultado Previdenciário

Em 2009, a relação entre
a arrecadação líquida (dada pela diferença entre recebimentos próprios menos
transferências a terceiros e restituições de arrecadação) e o PIB foi de 5,8%;
e a relação entre os pagamentos com benefícios do RGPS e o PIB foi de 7,2%. O
saldo previdenciário (diferença entre arrecadação líquida e benefícios
previdenciários) foi negativo de R$ 42,9 bilhões, o que correspondeu a um
aumento do déficit de 15,5%, quando comparado com o ano anterior. A diferença
entre o valor da arrecadação líquida e o total de benefícios foi negativa de R$
62,9 bilhões, cerca de 15,3% maior que o déficit observado em 2008.

Arquivos oficiais do
governo estão disponíveis aos leitores.

*
Ricardo Bergamini, Economista, formado em 1974 pela Faculdade Candido Mendes no
Rio de Janeiro, com cursos de extensão em Engenharia Econômica pela UFRJ, no
período de 1974/1976, e MBA Executivo em Finanças pelo IBMEC/RJ, no período
de1988/1989. Membro da área internacional do Lloyds Bank (Rio de Janeiro e
Citibank (Nova York e Rio de Janeiro). Exerceu diversos cargos executivos, na
área financeira em empresas como Cosigua – Nuclebrás – Multifrabril – IESA
Desde de 1996 reside em Florianópolis onde atua como consultor de empresas e
palestrante, assessorando empresas da região sul.. Site:
http://paginas.terra.com.br/noticias/ricardobergamini* Ricardo Bergamini,
Economista, formado em 1974 pela Faculdade Candido Mendes no Rio de Janeiro,
com cursos de extensão em Engenharia Econômica pela UFRJ, no período de
1974/1976, e MBA Executivo em Finanças pelo IBMEC/RJ, no período de1988/1989.
Membro da área internacional do Lloyds Bank (Rio de Janeiro e Citibank (Nova
York e Rio de Janeiro). Exerceu diversos cargos executivos, na área financeira
em empresas como Cosigua – Nuclebrás – Multifrabril – IESA Desde de 1996 reside
em Florianópolis onde atua como consultor de empresas e palestrante,
assessorando empresas da região sul.

(48)
4105-0832

(48)
9976-6974

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Como citar e referenciar este artigo:
BERGAMINI, Ricardo. Previdência Social no Brasil – Fonte MPS – Base: Ano de 2009. Florianópolis: Portal Jurídico Investidura, 2010. Disponível em: https://investidura.com.br/artigos/economia/previdencia-social-no-brasil-fonte-mps-base-ano-de-2009/ Acesso em: 25 abr. 2024