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O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) comunicou nesta quinta-feira (10) que entrou com duas ações na Justiça contra o atual governador de Roraima, José Júnior, que o teria ofendido com palavras de baixo calão em um evento público.
Mozarildo disse que na quarta-feira (9) entrou com uma ação penal no Superior Tribunal de Justiça para que o governador seja punido na forma da lei. Ao mesmo tempo, ele também impetrou ação na Justiça de Roraima, de natureza civil, pelas mesmas ofensas, a fim de obter indenização por danos morais.
O senador relatou que na eleição de 2006 fez parte do grupo político liderado pelo então governador Otomar Pinto, do qual também fazia parte o então vice-governador José Júnior. Com a morte de Otomar, José Júnior assumiu o cargo de governador de Roraima. Na oposição e concorrendo na mesma eleição estava o grupo liderado pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR). Mozarildo disputou a reeleição ao Senado contra a esposa de Jucá, que era prefeita de Boa Vista.
Mozarildo lembrou que, na época, Jucá subiu à tribuna do Senado para chamar Otomar Pinto de bandido e acusar o seu vice José Júnior de estar sendo procurado pela polícia. O senador disse que, após a morte de Otomar em 2007, José Júnior assumiu o cargo de governador e surpreendentemente se aliou a Romero Jucá.
– Hoje, fazem uma parceria política em que ele [Jucá] pretende se re-eleger senador e o governador, que nunca foi eleito para nenhum cargo, herdou o governo – disse o senador.
Mozarildo criticou o fato de alguém, numa eleição, acusar o adversário de ladrão e, em outra, estar ao seu lado, no mesmo palanque, trocando elogios. Para o senador, bastava José Júnior ter mantido a união do grupo original e o diálogo com a oposição, “mas não precisava fazer essa amigação que está hoje feita lá”.
O parlamentar também acusou o atual governador de despreparo e apontou
Denúncias segundo as quais ele estaria gastando o dinheiro do estado em proveito próprio e “com festanças”.
Mozarildo disse que José Júnior recebeu o governo do estado com sobra de recursos e agora vai deixá-lo com dívidas. Ele acrescentou que os setores de segurança, saúde e educação estão “um caos” e que, diante desse quadro, resolveu retirar o seu apoio ao governador em novembro do ano passado. O senador assinalou que após essa decisão, o governador passou a agredi-lo com palavras de baixo calão em eventos públicos.
– Não se pode brincar com a honra de ninguém. Não é por que ele é governador que pode, mesmo em uma pequena reunião, fazer comentários depreciativos sobre quem quer que seja – afirmou.
Fonte: Senado