Citando entrevista do secretário de Gestão do Trabalho e Educação do Ministério da Saúde, Francisco Campos, à Rádio CBN, o senador Augusto Botelho (PT-RR) protestou nesta quarta-feira (4) contra a baixa remuneração dos médicos. Ele citou a afirmação do secretário de que esse problema é tão antigo quanto preocupante e que, em qualquer país, a remuneração dos médicos é o item mais significativo no custo da saúde pública.
Na avaliação de Augusto Botelho, o Brasil, historicamente, investe na saúde pública muito menos do que seria necessário, menos de 4% do Produto Interno Bruto (PIB), quando o desejável seria algo na faixa dos 7%. Ele disse que, enquanto os Estados Unidos chegam a investir anualmente US$ 10 mil por pessoa, no Brasil esse investimento fica entre US$ 500 e US$ 600 por pessoa.
– Mas alguém poderia dizer que a comparação não é cabível, que os investimentos do Brasil deveriam ser comprados aos de países em condições análogas de desenvolvimento econômico e social. Façamos um paralelo então com dois de nossos vizinhos. Investimos em saúde, por pessoa, pouco mais da metade do que investem Chile e Argentina – comparou.
Para Augusto Botelho, para que a saúde no Brasil saia da “letargia histórica”, é preciso oferecer aos profissionais do setor condições dignas de trabalho, com instalações, equipamento e materiais que lhes permitam desenvolver adequadamente suas atividades e oferecer-lhes uma remuneração à altura das suas responsabilidades.
Em apartes, os senadores Paulo Duque (PMDB-RJ) e Osvaldo Sobrinho (PTB-MT) manifestaram seu apoio a Augusto Botelho.
Fonte: Senado