Os compromissos da Procuradoria Regional Eleitoral no Rio Grande do Sul (PRE/RS) começaram ainda na manhã de sábado, 4 de outubro, quando o procurador eleitoral auxiliar Claudio Dutra Fontella acompanhou, no plenário do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RS), o sorteio das urnas eletrônicas a serem auditadas na votação paralela. O procedimento, realizado desde 2002, é um mecanismo de auditoria utilizado pela Justiça Eleitoral para comprovar a segurança do voto eletrônico. Na manhã do dia seguinte, Fontella esteve no antigo Palácio da Justiça, em Porto Alegre, desta vez para acompanhar o início da votação paralela.
Também na manhã do domingo, 5 de outubro, o procurador regional eleitoral no Rio Grande do Sul, Marcelo Beckhausen, e o procurador eleitoral auxiliar Paulo Gilberto Cogo Leivas visitaram as seções de votação localizadas no Centro de Atendimento Socioeducativo Regional de Porto Alegre I (Case POA I), na Vila Cruzeiro, e no Presídio Central de Porto Alegre.
No Case POA I, os procuradores foram recebidos pela presidente da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase), Joelza Mesquita Andrade Pires, e pelo diretor socioeducativo da entidade, Carlos André Severo Da Silva. No local, que conta com 145 internos, haviam cerca de cem aptos a votar – 65 efetivamente iriam à urna. Entre eles, um ex-interno, Fernando Silveira (foto), 18 anos, que deixou a instituição em 2011, mas ainda tinha o título de eleitoral cadastrado na zona localizada no Case POA I. Joelza e Carlos André explicaram que, apesar de Fase contar com unidades no interior do estado (cerca de 1,1 mil internos), a votação era realizada apenas em quatro lugares de Porto Alegre: Case POA 1, Case POA 2, Comunidade Socioeducativa e Centro de Atendimento Socioeducativo Feminino – cerca de 280 jovens estavam aptos a votar nestes locais.
Depois, os procuradores seguiram para o Presídio Central. Segundo o capitão Daniel Marobin, chefe de segurança do presídio, a votação foi tranquila e se encerrou cedo, às 10h10min. Quarenta e oito presos provisórios votaram – os únicos que podiam fazê-lo.
Antes do meio-dia, Beckhausen concedeu entrevista coletiva à imprensa no Plenário do TRE. Sanou dúvidas dos jornalistas e aproveitou para fazer um balanço da atuação do Ministério Público nesta eleições.
No início da tarde, o procurador regional eleitoral substituto, Maurício Gerum, esteve no Foro Central de Porto Alegre, onde funcionou o plantão eleitoral, local para o qual eram encaminhados os casos de prisão em flagrante. Na sequência, foi até a Pontifícia Universidade Católica (PUCRS), maior local de votação do Estado, para verificar a regularidade dos trabalhos em algumas das seções.
No final da tarde, Beckhausen e Gerum foram ao TRE/RS para acompanhar a apuração do pleito com o presidente do Tribunal, o desembargador Marco Aurélio Heinz, os demais integrantes da corte e outros membros do MP Eleitoral.
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Fonte: MPF