O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, participou ontem, 4 de dezembro, da solenidade de posse de oito dos dez candidatos aprovados no 28º Concurso para Promotor de Justiça Adjunto. A solenidade foi presidida pelo procurador-geral de Justiça do Distrito Federal e Territórios, Leonardo Azeredo Bandarra.
“É evidente o entusiasmo, a alegria, a satisfação dos novos colegas por, a partir de hoje, serem Ministério Público”, afirmou Roberto Gurgel ao abrir o seu discurso. O procurador-geral ressaltou que essa alegria é fundamental para a vida da instituição, que está em permanente construção. “O Ministério Público é como uma corrida de revezamento, em que o bastão vai passando de colega a colega, de geração para geração. E é por isso que essa instituição tem se mantido tão viva e tem podido corresponder aos anseios da sociedade brasileira”.
O procurador-geral também lembrou alguns dos atributos fundamentais a um membro do Ministério Público, tendo por base uma mensagem proferida durante outra solenidade de posse pelo então procurador-geral da República Aristides Junqueira Alvarenga: “É evidente que ao membro do Ministério Público não basta o domínio da ciência do direito. Outros atributos lhe são exigidos. Ser prudente sem ser omisso, ser humilde sem ser vassalo, ser afável no trato até na discordância. No Ministério Público, não há lugar para os tíbios, para os vaidosos, para os egoístas, para os desprovidos de senso de responsabilidade, para os que não querem ter sempre presente que ser Ministério Público é missão sublime de prestação constante de serviço à comunidade”.
Ao falar em nome de todos os empossados, Jaqueline Moraes Martins ressaltou o esforço e a dedicação necessários à aprovação em um concurso para o Ministério Público e destacou o dilema do promotor de Justiça: “Agir com a combatividade de um defensor, mas sem perder a desapaixonada objetividade do magistrado”.
O presidente da Associação dos Servidores do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, Carlos Alberto Cantarutti, aconselhou os novos promotores de Justiça a levar consigo, em seus trabalhos diários, a certeza de que ninguém se transforma de repente em um promotor de Justiça: “Inúmeras dúvidas e angústias surgirão no exercício de suas funções ministeriais. Assim, não deixem jamais de consultar os colegas mais antigos e, acima de tudo, não se permitam acreditar que são donos absolutos da verdade”.
Em seu discurso, o procurador-geral de Justiça do Distrito Federal e Territórios, Leonardo Azeredo Bandarra, afirmou que, ao lado do verdadeiro e justo sentimento de vitória, há também, em cada empossado, um profundo sentimento de inquietação e da vontade de, o quanto antes, dar início aos trabalhos ministeriais. “Essa inquietação é parte fundamental para a formação de um espírito de Ministério Público, incorporado nesse momento e que será lapidado em todos os dias de trabalho que se seguirão”.
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Fonte: MPF