A obra “O Olhar do Cidadão”, da dupla João Ricardo Crepaldi de Oliveira Nellis, o Jota, e Léo Vitor Alves Redondo, foi premiada, nesta sexta-feira, 24 de outubro, pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, como a vencedora do concurso “Arte do Grafite”. A obra ficará exposta na sede da Procuradoria Geral da República, na sala de reuniões do procurador-geral, e será incorporada ao acervo permanente do Ministério Público Federal (MPF).
Com a iniciativa, a PGR busca incentivar a atividade cultural e fortalecer a imagem do Ministério Público junto à sociedade. “A escolha da arte popular foi feita para que não percamos a conexão com a sociedade brasileira, que fez o Ministério Público como ele é hoje”, afirmou Rodrigo Janot ao entregar o prêmio aos vencedores. O procurador-geral destacou, ainda, a importância da mobilização dos movimentos sociais para a construção da instituição e para a proteção de sua atuação.
“O grande motor do meu trabalho é a questão social”, afirmou Jota, ao falar da sua atuação como grafiteiro e professor de grafite na Fundação Casa de Bauru, desenvolvido em parceria com a ONG Ação Comunitária São Francisco de Assis. O autor acredita que investimentos em arte e cultura são fundamentais para mudar a realidade enfrentada por menores infratores. “Espero que com essa obra as pessoas reflitam sobre a situação de nosso país”, complementou.
O trabalho desenvolvido por Jota na Fundação Casa também ganhou destaque durante a premiação, quando Rodrigo Janot falou sobre a coincidência de ter sido escolhida uma obra cujo autor esteja envolvido com a melhoria do sistema prisional no Brasil, um dos focos da atuação da Procuradoria Geral da República. O PGR falou do Programa Segurança Sem Violência, que busca desenvolver projetos integrados e articular políticas nacionais para a promoção de melhorias no sistema prisional brasileiro. “Devemos ter a consciência de que cada um deve fazer a sua parte para melhorarmos o sistema penitenciário.”
Significados – O coautor da obra, Léo Redondo, explica que a obra está aberta à interpretação do público: “Os diversos símbolos dessa obra a deixam aberta para a interpretação das pessoas. Tentamos fazer uma obra com vários significados, para que cada um nela se enxergue.” Para os autores, o trabalho foi o vencedor por representar um momento de mudança no país, "que se dá na forma como as pessoas enxergam e lidam com questões sociais". Jota ainda reforça o que espera passar ao público com a obra “O olhar do cidadão”: “Busco em todas as minhas obras fazer as pessoas pensarem, refletirem. Acredito que esse seja o papel de todo artista.”
“Esse prêmio nacional vai abrir muitas portas, já que a nossa obra ficará exposta na sala de reuniões do procurador-geral, onde chefes de Estado e pessoas de grande importância se encontram”, comemorou e complementou: “O céu é o limite”.
Concurso – O Concurso contou com a participação de 54 artistas plásticos, profissionais ou amadores, que foram avaliados por uma Comissão de Julgamento, composta por quatro profissionais de reconhecido mérito e notório saber no campo e pelo procurador-geral da República. Foram observadas, por exemplo, questões como composição artística, originalidade, criatividade, domínio da técnica e relação da obra com o tema proposto – representatividade da missão institucional em uma ou mais áreas de atuação do MPF.
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Fonte: MPF