A Comissão de Segurança e Serviços Públicos, presidida pelo deputado Nelsinho Metalúrgico (PT), realizou, nessa sexta-feira (7), no Teatro Dante Barone, o Seminário Estadual de Segurança Pública, com o tema A importância do Gabinete de Gestão Integrada Municipal nas Políticas Públicas de Segurança.
Nelsinho encerrou o seminário, no começo da tarde, agradecendo a participação dos painelistas, autoridades federais, estaduais e municipais que se prontificaram em debater a importância dos Gabinetes de Gestão Integrada Municipal nas Políticas Públicas de Segurança. “Neste seminário nós podemos constatar que segurança pública envolve, para além da articulação das forças policiais, as ações preventivas”, sublinhou o parlamentar.
Para Nelsinho, os objetivos propostos e alcançados pelo seminário desta manhã foram a busca da construção de uma sociedade mais humana e acolhedora e, menos violenta e propiciar aos gestores e secretários municipais conhecerem as experiências exitosas dos Gabinetes de Gestão Integrada dos municípios de Canoas, Caxias do Sul e Bagé e dizer que há recursos disponíveis para a implantação dos GGIs municipais. “Como encaminhamento deixo registrada a proposta do vereador Alberto Kopittke de se estabelecer aqui no estado a Rede Estadual dos Gabinetes de Gestão Integrada para que se possa possibilitar a troca de experiências, a mútua ajuda e o debate para construirmos as idéias em direção às coisas novas que podem ser produzidas nas diversas regiões do Rio Grande do Sul”, concluiu.
GGIs: um novo modelo de segurança pública
O vereador de Porto Alegre, Alberto Kopittke, membro do Conselho Nacional de Segurança Pública, criticou a falta de um ministério específico e com orçamento definido para tratar das questões da segurança pública em âmbito federal. “Isto nos faz entender porque somos um país campeão mundial em homicídios”, referiu.
O vereador de Porto Alegre, Alberto Kopittke, membro do Conselho Nacional de Segurança Pública, criticou a falta de um ministério específico e com orçamento definido para tratar das questões da segurança pública em âmbito federal. “Isto nos faz entender porque somos um país campeão mundial em homicídios”, referiu.
Kopittke saudou a criação do Sistema Nacional de Segurança Pública (Sinasp), que possibilitou a constatação que 2009 foi o ano mais violento da história do Brasil. “O modelo antigo da segurança pública no Brasil se inspira na guerra e é reativo, com intervenções pontuais. O novo modelo que estamos propondo e realizando é integrado, proativo e tem vínculos com a comunidade. A solução para o problema da violência vem da prevenção e da integração”, sublinhou.
Segundo Kopittke, para mudarmos a cultura e a política de segurança no Brasil é necessário mudar o sistema de gestão. Para que isto ocorra é necessário integrar todos os serviços operacionais e estabelecer os GGIs municipais como centros estratégicos. “É uma falácia do antigo modelo de segurança pública que aumentando os efetivos policiais automaticamente diminuem os índices de violência”, afirmou.
Políticas e programas do Ministério da Justiça
A diretora do Departamento de Políticas Públicas, Programas e Projetos do Ministério da Justiça, Cristina Villanova, destacou a importância do debate, justamente para que os gestores municipais percebam a importância da implementação dos GGIs nas suas cidades. “O trabalho desenvolvido pelos GGIs municipais devem levar em conta as especificidades locais”, salientou.
A diretora do Departamento de Políticas Públicas, Programas e Projetos do Ministério da Justiça, Cristina Villanova, destacou a importância do debate, justamente para que os gestores municipais percebam a importância da implementação dos GGIs nas suas cidades. “O trabalho desenvolvido pelos GGIs municipais devem levar em conta as especificidades locais”, salientou.
“É necessário investir na criação de um sistema de informações que possibilitem a quantificação da violência, mas, acima de tudo, seja um instrumento que auxilie a identificar as peculiaridades locais, fazer diagnósticos e planejar ações preventivas de segurança pública”, alertou a painelista
Cristina adiantou que os três programas prioritários do Ministério da Justiça são: Crack é Possível Vencer; Enafron e Brasil Mais Seguro. “Políticas de segurança pública também envolvem um olhar especial para as pessoas que estão em situação de vulnerabilidade social”, concluiu a representante do Ministério da Justiça.
Presenças
Também participaram do seminário a deputada Maria Helena Sartori (PMDB), prefeitos, vereadores e secretários municipais, entre outras representações.
Fonte: AL/RS