Em reunião extraordinária na tarde desta quarta-feira (10), os integrantes da Comissão de Ética Parlamentar da Assembleia Legislativa fizeram os primeiros preparativos para a realização de um seminário que discutirá a ética no Parlamento. O evento deverá ocorrer no mês de setembro ou outubro. Conforme o presidente do órgão técnico, deputado Adolfo Brito (PP), o momento é propício para a discussão. “As pessoas têm ido às ruas e buscado uma integração maior com o Legislativo e o Executivo”, disse. “Temos que abrir as portas para as manifestações do Estado”.
Cassiá Carpes (PTB) elogiou a iniciativa e sugeriu a confecção de uma cartilha sobre o tema para ser distribuída no evento. Aldacir Oliboni (PT) refletiu sobre o papel da Comissão de Ética e a necessidade de revisão do regimento interno da Casa. Já o deputado Adilson Troca (PSDB) sugeriu que o nome do seminário incluísse não apenas os parlamentos municipais, como constava na ideia inicial, mas também o parlamento estadual.
A intenção dos parlamentares é reunir no evento vereadores de todos os municípios.
Valorização da atividade parlamentar
Marlon Santos (PDT) defendeu que fossem chamados a palestrar no evento nomes de relevo com passagem pelo Parlamento, e não somente pessoas “de fora, que venham pregar moral, sem experiência parlamentar”. Miki Breier (PSB) apoiou o colega, mas avaliou que também seria importante ouvir promotores e professores com formação teórica na área. Entre os nomes com experiência parlamentar, sugeriu os de Paulo Brossard e José Paulo Bisol.
Jeferson Fernandes (PT) considerou o tema muito adequado para o momento, “inclusive para desmistificar a ideia da opinião pública sobre como funciona o parlamento”. Disse que seria importante trabalhar no seminário com exemplos práticos do que é ético e do que não o é. Nelsinho Metalúrgico (PT) citou situações no Congresso Nacional que, segundo ele, acabariam passando à população a ideia de que todos os parlamentares compactuam com os erros. Para o deputado, não se pode deixar de olhar para as próprias falhas e mazelas.
Vinicius Ribeiro (PDT) observou que, embora a Comissão de Ética seja mais lembrada em momentos de crise e de dissenso, sua função também é de mostrar e reforçar as condutas corretas. Disse que, a seu ver, existe uma confusão a respeito daquilo que é ético no setor público e no setor privado e que é preciso humanizar os relacionamentos com a comunidade. “A sociedade espera de nós mais sentimento, mais paixão, mais aproximação e reciprocidade”, refletiu. Como possíveis palestrantes do evento, ele sugeriu o professor Sérgio Borja e o ex-deputado Aldo Pinto.
Foram sugeridos ainda como palestrantes os nomes de João Gilberto Lucas Coelho, pelo deputado Troca; Flávio Koutzii, pelo deputado Jeferson Fernandes; e Jarbas Lima, pelo deputado Brito.
Fonte: AL/RS