Vindos em caminhada desde o QG da Brigada Militar até a Assembleia Legislativa, os mais de um mil policiais que vieram de várias regiões do Estado conheceram o anteprojeto para instituir uma carreira única na Brigada Militar. O texto foi sendo construído ao longo das seis audiências públicas da subcomissão para tratar do plano de carreira ocorridas desde março. Ao final do encontro, uma representação foi recebida pela Casa Civil.
Criada em março para ser o canal dos policiais militares e o governo do Estado, a subcomissão para tratar do plano de carreira da Brigada Militar promoveu audiências em Ijuí, Santa Maria, Passo Fundo, Erechim, Caxias do Sul e, nesta sexta-feira, 5, no Dante Barone da Assembleia Legislativa em Porto Alegre. A subcomissão é composta pelos deputados petistas Nelsinho Metalúrgico, Jeferson Fernandes e Altemir Tortelli e o petebista Ronaldo Santini. À medida que os cenários regionais foram sendo conhecidos, um anteprojeto foi sendo construído, a fim de criar uma proposta de plano de carreira única de nível superior para a corporação. A intenção da subcomissão é solicitar que o governo estadual crie um grupo de trabalho com a participação das entidades representativas da polícia militar.
O presidente da Associação dos Bombeiros do Rio Grande do Sul, Ubirajara Pereira Ramos, apresentou o esboço do anteprojeto de lei. “A proposta está em construção, mas nossos propósitos são firmes: queremos que a Brigada seja única, não mais dividida em duas corporações, uma dos policiais de nível médio e outra dos de nível superior”, reafirmou Ubirajara. A proposta tem dois pilares centrais: a carreira de nível superior com qualquer formação e não exclusivamente de Direito – como é atualmente – e a entrada única na corporação como soldado.
Presidente da Comissão de Segurança e Serviços Públicos, Nelsinho Metalúrgico defende um novo plano, que permita ao jovem soldado planejar sua ascensão na carreira dentro da corporação. O parlamentar alertou que para isso, é necessário alteração na legislação. “Além da legislação, precisamos alterar o curso de formação, o tempo das promoções, entre outros. Caso contrário, não haverá evolução da carreira como se pretende”, destacou, lembrando que estas alterações resultarão em uma corporação mais qualificada, mais motivada e com maior autoestima.
Ao final da audiência pública, os deputados e representantes de todas as entidades de classe foram recebidos na Casa Civil, onde entregaram ao governo o relatório dos trabalhos dos últimos quatro meses, das reuniões semanais e das seis audiências públicas e a solicitação da criação de grupo de trabalho que inclua as entidades de classe. A audiência reuniu representantes de todas as categorias da corporação.
Fonte: AL/RS