Aprovado projeto de Sperotto que incentiva doação de sangue do cordão umbilical

 

O Projeto de Lei que incentiva a doação de sangue do cordão umbilical e placentário, proposto pelo deputado José Sperotto (PTB), foi aprovado nesta terça-feira (9), por unanimidade. A medida beneficiará os pacientes que necessitam de transplante de medula óssea e normatizará a doação do cordão umbilical em maternidades e estabelecimentos hospitalares do Estado, bem como nos organismos de saúde que recebem recursos estaduais.

 

Segundo Sperotto, o projeto implica ainda na criação de condições técnicas que viabilizem a adequada coleta do sangue do cordão umbilical e placentário, bem como capacitação de recursos humanos, por meio de convênios com os centros profissionalizantes, universidades, centros de pesquisa e instituições de saúde, com o objetivo de fomentar novas tecnologias e desenvolver as existentes. Para aplicar a medida, poderão, setor público e organismos não governamentais, desenvolver campanhas de esclarecimento sobre a necessidade da doação e procedimentos necessários para sua realização, bem como disponibilizar treinamento de recursos humanos para os procedimentos.

 

O parlamentar comemorou a aprovação da proposta. “O procedimento é uma conquista extraordinária da Medicina, mas que ainda depende da colaboração dos cidadãos para salvar vidas: basta que aumente o número de doadores do cordão umbilical de recém- nascidos, para serem aplicados em pacientes que necessitam de transplante de medula óssea, procedimentos para quem tem leucemia, o tipo mais frequente de câncer em jovens, e vários outros tipos de tumores”, disse Sperotto.

 

 

A célula-tronco injetada pelo sangue do cordão umbilical, desde que haja compatibilidade entre doador e o beneficiário, pode ajudar no tratamento de vários tipos de tumores e ainda da leucemia. O procedimento se aplica apenas aos recém-nascidos cujo parto tenha ocorrido entre a trigésima e a quadragésima segunda semana de gravidez. “Anualmente, milhares de crianças no Brasil são vítimas de câncer e somente 70% conseguem alcançar a cura ou uma sobrevida através de quimioterapia. Muitas estão condenadas à morte por falta de doador compatível. Assim, as parturientes ficarão felizes ao saberem que a doação poderá salvar a vida de outra criança, a partir do aproveitamento dos cordões umbilicais ”, complementa Sperotto.

 

Competirá à parturiente autorizar a doação e será garantido o sigilo do doador. A medida se dirige exclusivamente aos hospitais públicos estaduais ou aos estabelecimentos que recebem recursos do Estado. “Já é tempo de enfrentarmos tão delicado tema, estabelecendo regras claras que estimulem a doação dos cordões umbilicais e que, ao mesmo tempo, garantam a intimidade da parturiente. A intenção do projeto é sensibilizar os cidadãos da importância que tem o cordão umbilical para o combate a vários tipos de tumores e, principalmente, para salvar vidas”, concluiu o deputado.