O presidente do Legislativo gaúcho, Pedro Westplahen (PP), foi o mediador do Encontro de Lideranças da Saúde, realizado no Hotel Sheraton, na capital, organizado pela Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde no Rio Grande do Sul (FEHOSUL), que ocorreu na manhã dessa sexta- feira (29). Cláudio Allgayer, presidente da FEHOSUL, recebeu os presentes e manifestou a sua satisfação em terminar o ano com um evento que oportuniza à categoria o conhecimento dos exemplos bem-sucedidos de gestão, parceria público-privada e representatividade política. “Estamos aqui para debater as inovações e tendências da saúde no Brasil”, disse.
Sérgio Côrtez, secretário de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, abriu o evento com a palestra Novos modelos de Gestão em Saúde. Em sua fala, trouxe exemplos que demonstraram a renovação do sistema de saúde do Rio de Janeiro através das parcerias público-privadas. “No Rio Grande do Sul, em São Paulo, com essa quantidade de entidades filantrópicas, as parcerias seriam inúmeras. Temos que buscar o que é possível e fazer parceria. Só muda para o prestador quem é o pagador. Não pode o Estado achar que pode remunerar hospitais, de qualidade, com a tabela do SUS. Para o paciente, o atendimento continua público, pois quem paga a conta não é ele. O bom tratamento fica do resultado das parcerias”, observou o secretário.
Na seqüência, o diretor de Assuntos Institucionais da AMIL – Assistência Médica Internacional, Antônio Jorge Krops, dissertou sobre o tema Dilemas, desafios e paradoxos da Saúde suplementar. Em sua fala, trouxe números mostrando um quadro conhecido de quem faz saúde: pouco investimento e desperdício de energia: “Só nos exames de ressonância magnética se gasta, no Brasil, três vezes mais do que nos países europeus. Isso é um excesso que não se traduz em resultados para a saúde. 3,8 % do nosso PIB é direcionado para o setor, enquanto em países desenvolvidos a média ideal seria de 7%”, argumentou.
Westphalen conduziu os painéis e destacou que o problema da saúde é prioridade da população em todas as pesquisas. “Somente com uma união entre gestão, investimento e políticas públicas que atendam as necessidades do setor vamos conseguir uma saúde de qualidade, precisamos de um equilíbrio”, concluiu.
Também estiveram presentes no evento representantes de entidades, hospitais, clínicas, laboratórios e médicos e profissionais ligados à saúde.
Fonte: AL/RS