Conselho da Justiça Federal

Especialistas debatem gerência de projetos e preservação da memória institucional em Encontro de Profissionais da Informação

No começo da tarde desta quarta-feira (20/11), a gerência de projetos e a preservação da memória institucional estiveram em debate no II Encontro dos Profissionais da Informação – evento promovido pelo Centro de Estudos Judiciários do Conselho da Justiça Federal (CEJ/CJF). O chefe da Assessoria de Planejamento da Defensoria Pública da União (DPU), Wankes Leandro Ribeiro, apresentou a experiência da instituição com a adoção de práticas formais de gerenciamento de projetos. Já a servidora da Seção Judiciária do Paraná, Mônica Lopes Simião, falou sobre a criação do Museu Virtual da Justiça Federal e a importância da preservação da memória institucional.

Em sua palestra, Wankes Leandro Ribeiro, disse que a melhor forma de administrar é por meio da estrutura projetizada, e não da funcional. “Todas as estruturas de projetos são hierarquizadas, além de orgânicas e funcionais”. Ele contou ainda que a Defensoria Pública da União, na avaliação de maturidade da instituição com relação à gerência de projetos, foi classificada como de caráter embrionário. “A DPU, no início do ano, estava com a estrutura matricial (na qual os projetos agregam vários elementos funcionais) fraca, conforme diagnóstico. Para evoluir, a primeira etapa é conscientizar os secretários”, aconselhou.

Na opinião do servidor da DPU, a instituição está nessa fase de evolução. “Para isso, é fundamental capacitar o máximo de pessoas possíveis para lidar com a gerência de projetos”, frisou. De acordo com o especialista, na fase embrionária, os coordenadores devem reconhecer a necessidade, os benefícios e as aplicações do gerenciamento de projetos. “Somente após o entendimento e aceitação, por este nível hierárquico, é que os benefícios do gerenciamento de projetos se tornaram visíveis e indispensáveis à organização. A alta administração da DPU percebe agora o gerenciamento de projetos como uma importante ferramenta de gestão”, declarou.

Memória institucional

Sobre a criação e conservação da Sala de Memória da Justiça Federal da Seção Judiciária do Paraná (JFPR), Mônica Lopes Simião iniciou a palestra narrando o histórico de surgimento da iniciativa. “A ideia surgiu em 1990, por sugestão da esposa do diretor do Foro à época, Iêda Faria Hadad Vianna, especialista em restauração de pintura e escultura”, revelou. A iniciativa teve o amplo apoio do desembargador federal Vladimir Passos de Freitas, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região. 

Mônica Simião contou que o trabalho de pesquisa começou na galeria de juízes da primeira fase da Justiça Federal do Paraná (1891 a 1937). Em seguida, foi realizado um levantamento para localizar prováveis descendentes desses magistrados. No segundo momento, foram recebidas doações de familiares de juízes, como mobiliários antigos e utensílios. “Ficou evidente a satisfação das famílias ao verem que as doações seriam restauradas e expostas na Sala da Memória”, disse.

Para a servidora da JFPR, vale a pena começar a reunir documentação, pois isso dá credibilidade e valoriza o trabalho dos profissionais que lidam com a informação e memória. “É um trabalho envolvente, interessante e gratificante”, avaliou. Ao final da sua apresentação, Mônica Simião mostrou aos participantes o sistema de “tour virtual” criado especialmente para a exposição com objetos do ministro Milton Luiz Pereira, falecido em fevereiro de 2012, e que foi coordenador-geral da Justiça Federal entre 6 de agosto de 2001 a 10 de dezembro de 2002. No mesmo período, o ministro também assumiu a presidência da Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais (TNU), inaugurada em setembro de 2001.

Fonte: CJF

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NOTÍCIAS,. Especialistas debatem gerência de projetos e preservação da memória institucional em Encontro de Profissionais da Informação. Florianópolis: Portal Jurídico Investidura, 2013. Disponível em: https://investidura.com.br/noticias/conselho-da-justica-federal/especialistas-debatem-gerencia-de-projetos-e-preservacao-da-memoria-institucional-em-encontro-de-profissionais-da-informacao-2/ Acesso em: 18 abr. 2024