Sociedade

As sequelas da COVID-19

As sequelas da COVID-19

The sequels of COVID-19

Las secuelas de COVID-19

Benigno Núñez NOVO[1]

RESUMO

O presente artigo tem como objetivo um breve estudo sobre as sequelas da COVID-19. A recuperação e os cuidados que devem ser seguidos. Uma dieta para fortalecer o sistema imunológico e evitar coisas que causam danos ao corpo.

Palavras-chave: Sequelas, COVID-19, Recuperação.

ABSTRACT

This article aims at a brief study on the sequels of COVID-19. The recovery and the care that must be followed. A diet to strengthen the immune system and avoid things that cause damage to the body.

Keywords: Sequelae, COVID-19, Recovery.

RESUMEN

Este artículo tiene como objetivo un breve estudio sobre las secuelas de COVID-19. La recuperación y los cuidados que se deben seguir. Una dieta para fortalecer el sistema inmunológico y evitar cosas que causen daños al cuerpo.

Palabras clave: Secuelas, COVID-19, Recuperación.

1 INTRODUÇÃO

É possível que o cidadão que esteja infectado pelo vírus da Covid-19, apresente os seguintes sintomas: febre, tosse seca, perda do olfato, perda do paladar, falta de ar, dificuldade para respirar e dor ou pressão do peito.

Diferentemente do que ocorre em outras doenças virais, a Covid-19 pode demandar um longo período de internação, a depender da gravidade dos sintomas. A maioria consegue se livrar do novo coronavírus de 10 a 15 dias depois da infecção. Pessoas do grupo de risco, porém, costumam permanecer internadas por até 30 dias e há exceções que superam esse tempo.

O novo coronavírus pode provocar sintomas leves, formas graves e sequelas a longo prazo meses após a contaminação. A falta de ar, a perda do olfato e do paladar e o cansaço atingem com frequência os pacientes logo após o contágio, mas muitas pessoas continuam doentes, como se a infecção tivesse se tornado crônica. Recuperar-se da Covid-19 ainda está longe de ser um passaporte para se ver livre da doença. Segundo um estudo feito na Itália e publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA), pouco mais de 87% dos 143 pacientes avaliados relataram que pelo menos um sintoma do novo coronavírus persistiu depois de dois meses após as altas.

2 DESENVOLVIMENTO

A COVID-19 é uma doença causada pelo coronavírus, denominado SARS-CoV-2, que apresenta um espectro clínico variando de infecções assintomáticas a quadros graves. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a maioria (cerca de 80%) dos pacientes com COVID-19 podem ser assintomáticos ou oligossintomáticos (poucos sintomas), e aproximadamente 20% dos casos detectados requer atendimento hospitalar por apresentarem dificuldade respiratória, dos quais aproximadamente 5% podem necessitar de suporte ventilatório.

Os pacientes com imunidade baixa ou que estão no grupo de risco podem evoluir para um quadro mais grave, no qual há a necessidade de internação e, possivelmente, de suporte de oxigênio. O período médio é de 10 a 15 dias no hospital até receber alta. Depois disso, são mais 5 ou 10 dias até estarem recuperados.

Um número menor de pacientes não melhora com o uso da máscara de oxigênio e precisa ser entubado. Eles necessitam de internação em UTIs (unidades de terapia intensiva). Em média, eles ficam até 20 dias na UTI. Caso o tratamento seja efetivo, eles permanecem mais 10 dias em acompanhamento na enfermaria, até receber alta. Nesta fase, porém, há chance de complicações, que podem obrigar o esticamento do prazo de recuperação.

Entre os pacientes que foram internados por Covid-19, 76% apresentaram sintomas e sequelas da doença seis meses após a alta. A informação é de um estudo chinês que foi na revista científica The Lancet.

O estudo, desenvolvido por uma equipe de pesquisadores chineses analisa os efeitos a longo prazo da doença em pacientes internados no Hospital Jin Yin-tan, em Wuhan, a cidade chinesa onde surgiu o primeiro surto de coronavírus, no final de 2019. Os resultados mostram que 76% de 1.733 pacientes que receberam alta do hospital entre janeiro e maio de 2020, ainda tiveram algum efeito da Covid-19 meio ano depois, entre junho e setembro. O sintoma mais frequente foi fadiga ou fraqueza muscular, detectada em 63% dos pacientes, seguido por dificuldades para dormir (26%), ansiedade ou depressão (23%), de acordo com os dados.

A pesquisa também revelou que aqueles pacientes hospitalizados em condições mais severas tendiam a sofrer maior deterioração em sua função pulmonar e anormalidades nos exames de imagem do tórax seis meses depois, o que poderia indicar danos persistentes em alguns órgãos. O nível de anticorpos foi reduzido em mais da metade (52,5%) em uma centena de pacientes cujo sistema imunológico foi avaliado durante a doença, um fato que lança luz sobre o risco de reinfecção, mas deve ser interpretado com cautela em vista da necessidade de expandir a amostra em estudos futuros, de acordo com especialistas. A pesquisa, uma das poucas até o momento sobre os efeitos a longo prazo da Covid-19, acompanhou os pacientes por uma média de 186 dias após terem ficado doentes.

Os estudos divulgados nos últimos meses e a observação clínica dos profissionais indicam possíveis sequelas que a doença pode deixar, apesar de ainda não ser possível assegurar se elas são temporárias ou permanentes. Até agora, o que se sabe é que pacientes que tiveram casos mais graves da doença, além de danos nos pulmões, podem ter alterações no coração, rins, intestino, sistema vascular e cérebro.

Dor, depressão e ansiedade podem estar entre as sequelas da covid-19. A batalha contra o novo coronavírus pode não estar completamente vencida após a alta hospitalar. Isso porque alguns sintomas podem persistir por meses e até anos, comprometendo a qualidade de vida dos “recuperados” da doença.

Os cientistas acreditam que vários fatores podem ser responsáveis por desencadear esse aumento nos casos de ansiedade. Os pacientes infectados precisaram passar por diferentes mudanças na rotina, como o isolamento social, o medo da contaminação por uma doença ainda pouco desvendada, preocupações sobre o risco de infectar outros indivíduos e, em alguns casos, o estresse durante a internação hospitalar.

Além disso, pessoas saudáveis também foram impactadas pelo crescimento dos episódios de ansiedade. Em uma pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos, o Brasil foi indicado como a nação com o maior número de habitantes que sofrem de ansiedade por causa da pandemia, em comparação com outros 16 países. O uso de máscaras e a higienização correta das mãos e objetos foram as principais causas do transtorno nesse período, segundo o levantamento.

Os sintomas de ansiedade podem se manifestar a nível físico, como a sensação de aperto no peito e tremores ou a nível emocional como a presença de pensamentos negativos, preocupação ou medo, por exemplo e, geralmente, surgem vários sintomas ao mesmo tempo.

Dicas que podem ajudar a controlar a ansiedade e o nervosismo e a ter uma vida melhor e mais plena: mudar de atitude, respeitar as suas limitações, respirar fundo e calmamente, pensar positivo, valorizar o presente, identificar as causas de ansiedade e praticar atividades físicas.

O pensamento positivo também proporciona um grande aumento na autoestima, que é muito importante para manter sua mente sadia e longe de transtornos psicológicos. Além disso, você se sentirá capaz de assumir novas tarefas e desafios fora de sua zona de conforto.

A fé é um dom, que ajuda as pessoas a passarem pelos momentos difíceis e pelas circunstâncias penosas, que sempre ocorrem na vida, quando menos se espera. Para superar essas dificuldades, para ter algum alento ou esperança, é preciso ter fé. Quanto maior a perda, mais necessária é a fé.           

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Uma dieta para fortalecer o sistema imunológico inclui alimentos com alto teor de vitaminas A, B, C, D e E, além dos minerais ferro, zinco e selênio. As vitaminas do complexo B são encontradas em abundância em vegetais verdes, como brócolis e espinafre, e também em feijões, bananas, ovos, aves, peixes e beterrabas.

Além disso, devemos evitar coisas que causam danos ao corpo. Estes bons hábitos saudáveis de vida fazem toda a diferença: não fumar; manter um peso corporal adequado e evitar o consumo de bebidas alcoólicas. Uma dieta balanceada, a prática regular de exercícios, uso de máscara, álcool em gel e sempre lavar as mãos com sabão serão os grandes aliados para que seu corpo esteja melhor preparado para combater a COVID-19.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SENHORAS, E. M. Coronavírus e o papel das pandemias na história humana. Boletim de Conjuntura (BOCA), v. 1, n. 1, p. 31-34, 2020.

Wu, Z. e McGoogan, J. M. Características e lições importantes do surto de doença por coronavírus 2019 (COVID-19) na China: resumo de um relatório de 72 314 casos do Centro Chinês de Controle e Prevenção de Doenças. Jama2020.

ZHU, N., ZHANG, D., WANG, W., LI, X., YANG, B., SONG, J., … E NIU, P. (2020). Um novo coronavírus de pacientes com pneumonia na China, 2019New England Journal of Medicine, 2020.

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https://www.thelancet.com/

 https://news.un.org/pt/tags/organização-mundial-da-saúde

 http://portalms.saúde.gov.br/



[1] Doutor em direito internacional pela Universidad Autónoma de Asunción. E-mail:  benignonovo@hotmail.com

Como citar e referenciar este artigo:
NOVO, Benigno Núñez. As sequelas da COVID-19. Florianópolis: Portal Jurídico Investidura, 2021. Disponível em: https://investidura.com.br/artigos/sociedade/as-sequelas-da-covid-19/ Acesso em: 19 abr. 2024